Bilhete postal ilustrado representando o assassinato do Presidente Sidónio Pais, em 14 de Dezembro de 1918. |
(...)
Se o amor crê que a Morte mente
Quando a quem quer leva de novo,
Quão mais crê o Rei ainda existe
O amor de um povo!
Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei.
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!
(...)
Até que Deus o laço solte
Que prende à terra a asa que somos,
E a curva novamente volte
Ao que já fomos,
Se o amor crê que a Morte mente
Quando a quem quer leva de novo,
Quão mais crê o Rei ainda existe
O amor de um povo!
Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei.
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!
(...)
Até que Deus o laço solte
Que prende à terra a asa que somos,
E a curva novamente volte
Ao que já fomos,
E no ar de bruma que estremece
(Clarim longínquo matinal!)
O DESEJADO enfim regresse
A Portugal!
(Clarim longínquo matinal!)
O DESEJADO enfim regresse
A Portugal!
Excerto de À memória do Presidente-Rei Sidónio Paes de Fernando Pessoa.
Hoje não se vislumbra o regresso de um presidente-rei, mas cada vez mais se recorre à "sopa do Sidónio".
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