sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cronologia da Monarquia Portuguesa

«A cronologia é uma das bases essenciais da História. Sendo esta a ciência que busca o conhecimento e a compreensão do Passado, a História constrói os modelos interpretativos sobre as dinâmicas do Tempo. Ontem, como hoje, é na sucessão dos acontecimentos que buscamos os factos que marcaram a vida dos indivíduos e das sociedades que estudamos. Identificamo-los, isolamo-los, e logo os relacionamos com outros, buscando semelhanças e originalidades que nos possibilitem distinguir continuidades e mudanças, compreender a vontade de personalidades ou os comportamentos colectivos.»
Excerto da introdução da obra Cronologia da Monarquia Portuguesa.
  
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Algumas das mais importantes obras da historiografia contemporânea portuguesa têm vindo a lume graças ao projecto editorial do Círculo de Leitores. Desde a História de Portugal organizada por José Mattoso, passando pela História da Expansão Portuguesa dirigida por Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhuri, até às recentes biografias dos reis e rainhas de Portugal, devemos àquele grupo a publicação de dezenas de títulos dedicados à nossa História. A Cronologia da Monarquia Portuguesa é o mais recente desses volumes.
Articulando-se com as duas monumentais colecções subordinadas aos reis e rainhas de Portugal, responsáveis pelo impulsionar de um importante surto de estudos biográficos na historiografia nacional, esta cronologia promove uma dinâmica em torno da leitura e interpretação dessas recentes monografias. A Cronologia da Monarquia Portuguesa, da autoria de Artur Teodoro de Matos, João Paulo Oliveira e Costa e Roberto Carneiro, acompanha todas as nossas dinastias desde o nascimento de D. Afonso Henriques até à proclamação da República em 1910, durante o reinado de D. Manuel II. Organizado a partir das biografias dos nossos monarcas e rainhas, este livro parte essencialmente dos episódios que mais marcaram a nossa monarquia, destacando-se as vivências familiares juntamente com os seus nascimentos, casamentos, mortes, alianças, batalhas, feitos e desventuras.
Correspondendo cada capítulo a um reinado, este trabalho procura destacar não só os principais factos e episódios da monarquia portuguesa, como também outros importantes acontecimentos ocorridos a nível internacional. Esta análise transversal, feita essencialmente com a história da velha Europa, permite aos investigadores, ou meros leitores, uma rápida contextualização da mundividência de cada um dos períodos tratados, proporcionando deste modo uma melhor e mais clara interpretação dos factos.
Relativamente à sua leitura, esta obra reúne a particularidade de poder ser utilizada de modo ambivalente, seja como livro de consulta, resultando numa útil ferramenta para qualquer estudante ou investigador debruçado sobre a temática da História de Portugal, ou como um livro de leitura perfeitamente convencional. Nesse domínio, a simples leitura da Cronologia da Monarquia Portuguesa permite, até aos leitores mais eruditos, aceder a algumas enriquecedoras curiosidades históricas.
Recomendada a todos os apaixonados e interessados na nossa história, esta obra tem como principal ponto negativo a ortografia adoptada, estado publicada segundo o novo acordo ortográfico. Uma opção editorial que esperamos possa vir a ser reequacionada num futuro próximo por parte da direcção do Círculo de Leitores.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Grandes Chefes da História de Portugal apresentados no Porto pelo Bispo do Porto, Dom Manuel Clemente

Depois de um lançamento em Lisboa que contou com a intervenção de Jaime Nogueira Pinto, o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal do Instituto de Filosofia da FLUP (Faculdade de Letras das Universidade do Porto), em conjunto com a Texto Editores, organizam uma segunda sessão de apresentação da obra Grandes Chefes da História de Portugal.
Contando com a presença de Maria de Fátima Marinho, Directora da Faculdade de Letras, bem como de Ernesto Castro Leal e José Pedro Zúquete, coordenadores desta obra, a apresentação ficará a cargo de Dom Manuel Clemente, Bispo do Porto e Prémio Pessoa em 2009.
Esta sessão realizar-se-á Quarta-Feira, dia 17 de Abril, pelas 17h30, na Sala de Reuniões da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A entrada é livre, sendo no final servido um Porto de Honra a todos os presentes.

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domingo, 7 de abril de 2013

Ortografia e Aristocracia


Disse-nos Fernando Pessoa acerca das diferenças entre a linguagem falada e a linguagem escrita, num texto inédito publicado por Teresa Rita Lopes na obra Pessoa Inédito de 1993: 
A linguagem falada é popular. A linguagem escrita é aristocrática. Quem aprendeu a ler e a escrever deve conformar-se com as normas aristocráticas que vigoram n'aquele campo aristocrático.
A linguagem falada é nacional e deve ser o mais nacional possível. A linguagem escrita é — ou deve ser — o mais cosmopolita possível. Philosopho deve escrever-se com 2 vezes PH porque tal é a norma da maioria das nações da Europa, cuja ortografia assenta nas bases clássicas ou pseudo-clássicas.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Filosofia e Culturas de Língua Portuguesa III

«Os Descobrimentos que os portugueses fizeram foi para fazer com que o futuro coincidisse com o passado.»

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No próximo dia 10 de Abril, o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal do Instituto de Filosofia da FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto) organiza, pelas 10:30, na sala 202 daquela faculdade, a terceira sessão do Seminário Permanente dedicado à Filosofia e Culturas de Língua Portuguesa.
Este encontro terá como intervenientes dois investigadores brasileiros: Lúcia Helena Alves de Sá, que fará uma comunicação sobre O Pensar Poetizante de Agostinho da Silva; e Loryel Rocha que falará acerca das Facetas Histórico-Culturais da Relação Portugal-Brasil.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Colóquio sobre a Obra e o Pensamento de Pinharanda Gomes

Ao longo de meio século, Pinharanda Gomes produziu uma obra ímpar nos domínios da historiografia do pensamento português. Desde a Introdução à História da Filosofia Portuguesa, dos sete volumes da série Pensamento Português, A teodiceia portuguesa contemporânea, A filosofia tomista em Portugal ou dos três volumes da seminal obra História da filosofia portuguesa – na qual, pela primeira vez, a contribuição hebraica e árabe foram consideradas de um modo global e sistemático na constituição de uma corrente tradicional do pensamento português –, até ao volume sobre Os Conimbricenses, aos estudos dedicados à Escola Portuense, ou à sua valiosa colaboração em diversos volumes da História do Pensamento Filosófico Português, dirigida por Pedro Calafate, a produção do investigador Pinharanda Gomes, possuidor do cartão de leitor número 1 da Biblioteca Nacional de Portugal, tem-se caracterizado pela seriedade intelectual, rigor hermenêutico, lúcida compreensão reflexiva de obras, autores e correntes, clareza expositiva e qualidade literária, que fazem dela um marco incontornável nos estudos contemporâneos da nosso património filosófico.
Pinharanda Gomes legou-nos também uma importante obra de natureza especulativa, através de livros e ensaios como Exercício da morte, Peregrinação do Absoluto, Teoria do pão e da palavra, Pensamento e movimento ou Saudade ou do mesmo e do outro.
São ainda merecedoras de referência a sua contribuição para o estudo da história e etnografia, bem como os importantes trabalhos que produziu no domínio da história da reflexão teológica portuguesa e da história eclesiástica do nosso país.
Com efeito, de forma a homenagear o nosso decano investigador e hermeneuta, o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em parceria com o Instituto de Filosofia Luso-Brasileiro, organiza no próximo dia 9 de Abril, um colóquio subordinado ao tema A Obra e o Pensamento de Pinharanda Gomes. Este encontro terá lugar no Auditório Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a partir das 14:30, sendo a entrada livre e aberta a todos os interessados.
Esta trata-se de uma justa homenagem a um dos mais importantes vultos ainda vivos da cultura nacional que, apesar ter sempre trabalhado à margem das fileiras académicas, há muito merece uma distinção maior por parte da Alma Mater.

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