quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Antes um todavia nunca que um jamais talvez...

Poucas terão sido as pessoas a aperceber-se das mordazes crónicas que Amado Estriga, religiosamente, publica no semanário Dica. Uma publicação semi-publicitária que todas as semanas invade as caixas de correio de milhares de portugueses. Semana após semana, o ilustre cronista vai levantando celeuma atrás de celeuma, escarafunchando as feridas do sistema com mãos carregadas de sal. 
Recentemente, graças à fina gentileza de um amigo e leitor, ficamos a saber que o cronista Amado Estriga estende as suas viperinas farpas à blogosfera num espaço denominado Antes um todavia nunca que um jamais talvez... Vale a pena ler e adicionar aos favoritos! 

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domingo, 26 de outubro de 2014

As Biografias no Pensamento Português dos séculos XIX e XX

«As cousas da Natureza tiveram, para mim, um grande encanto. Vivi-as, como se vive a dor ou o amor. Agora, só me interessam as almas: daquele campónio, a daquele mendigo, ou Napoleão em Santa Helena, Hamlet, diante de uma caveira, parodiando filosoficamente a atitude religiosa de S. Jerónimo; Lucrécio, primeiro poeta da morte, ou Paulo de Tarso, o maior poeta da vida e da loucura, faminto de Deus, emagrecido até ao esqueleto – esse fantasma que se apoderou da Humanidade.»
Teixeira de Pascoaes em S. Paulo

No corrente ano de 2014 celebram-se os primeiros 80 anos desde a publicação de S. Paulo, um livro que marcou toda uma transformação na obra do poeta amarantino Teixeira de Pascoaes. O seu abandono da poesia, trocado-a pelo texto biográfico e ensaístico, marcou a cultura portuguesa do século XX. Se as suas biografias não obtiveram grande acolhimento junto do público português, o mesmo não poderá ser afirmado em relação à sua aclamação além-fronteiras. De resto, foram as edições estrangeiras de obras como S. Paulo ou S. Jerónimo que levaram o autor português a ser proposto por duas vezes a Prémio Nobel da Literatura. 
Assim, partindo desta efeméride, o Instituto de Ciências da Cultura Pe. Manuel Antunes, em parceria com o CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), a Câmara Municipal de Amarante e a BNP (Biblioteca Nacional de Portugal), organiza entre 29 e 31 de Outubro o Congresso Internacional As Biografias do Pensamento Português dos Séculos XIX - XX (por ocasião dos 80 anos da publicação de S. Paulo). A abertura deste encontro terá lugar na Academia das Ciências de Lisboa, sendo que os trabalhos decorrerão na BNP.
Este congresso marca ainda o início das celebrações do triénio pascoalino. Em 2014, celebrando os 80 anos de S. Paulo; em 2015 os 100 anos da obra Arte de Ser Português; e em 2017, aproveitando-se os 140 anos do seu nascimento e os 65 anos da sua exaltação, o pensamento e a missão de Teixeira Pascoaes.    
Para mais informações, ou consultar o programa deste congresso, visite-se a página oficial deste encontro em http://congressobiografias-trieniopascoalino.blogspot.pt. A entrada será livre e aberta a toda a comunidade.

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Nova Águia n.º 14 apresentada no Ateneu Comercial do Porto

Depois das apresentações de Lisboa e Sesimbra, chegou a altura da cidade do Porto acolher mais um lançamento da revista Nova Águia. Conforme tivemos já possibilidade de referir, o 14.º número desta publicação celebra os 80 anos da obra Mensagem de Fernando Pessoa, bem como os primeiros 8 séculos de Língua Portuguesa. Uma vez mais, a apresentação da revista ficará a cargo de Renato Epifânio, membro fundador e parte integrante da direcção da Nova Águia. 
Organizado pela Delegação Norte do MIL (Movimento Internacional Lusófono), este encontro contará ainda com a intervenção de Pedro Sinde, numa conferência intiltulada Uma mensagem da Mensagem.
O encontro está marcado para a próxima Quarta-Feira, dia 22 de Outubro, pelas 21:00, no Ateneu Comercial do Porto. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. Não percam!

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sábado, 18 de outubro de 2014

A Nova Casa Portuguesa faz anos!

Foi há quatro anos que a Nova Casa Portuguesa abriu as suas portas na blogosfera. Nascido da necessidade de preservar e divulgar Portugal e a Cultura Portuguesa em todas as suas manifestações, este projecto procurou sempre estar à atura da missão que abraçou. O móbil foi e é apenas um: o sacro-amor a Portugal!
Para nós, o Amor, a Paixão e a Saudade constituem a Santíssima Trindade terrena de qualquer bom português. São os princípios basilares que regem a nossa vida espiritual. Deus no Céu, Portugal na Terra! 
Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que se mantiveram sempre fiéis, não só a nós, mas sobretudo a esta heróica missão. Combatamos juntos nestes tempos de dissolução.
Temos tudo quando temos Portugal! 

Vídeo comemorativo do IV aniversário da Nova Casa Portuguesa.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Entrepoemas

«Entrepoemas é um estado afectivo.
Uma sobreimpressão de imagens, lembranças e pensamentos.
Talvez seja apenas um lugar do devir.
Uma espécie de tela onde figuram os luxos da alma.
Um dia chamar-lhe-ei amoris causa.
»
J. Alberto de Oliveira na apresentação de Entrepoemas

Muitos conhecerão, certamente, J. Alberto de Oliveira como padre franciscano, ou enquanto a alma responsável pelo curiosíssimo Almanaque de Santo António que, à maneira dos velhos almanaques do século XIX e da primeira metade do século XX, continua hoje a informar-nos dos usos e costumes agrícolas, das marés, da passagem das estações, narrando-nos histórias, desafiando-nos para charadas, ou contanto anedotas de sabor popular. Porém, a sua sensibilidade poética e o amor pela Língua Portuguesa são qualidades que vêm de igual modo ao de cima quando com ele conseguimos travar amizade, descobrindo-o com mais cuidado em todo o seu perfil e ser.
Autor de uma vasta obra literária e poética, J. Alberto de Oliveira tem agora em mãos o seu último livro de poesia, intitulado Entrepoemas, publicado pelas Edições Afrontamento. A sessão de lançamento deste livro terá lugar no próximo dia 23 de Outubro, pelas 21:30, no auditório da FNAC do MAR Shopping, em Leça da Palmeira. A apresentação da obra ficará ao cargo de Maria Bochichio, Professora da Universidade de Coimbra e da Universidade de Genebra. Como não poderia deixar de ser, esta sessão terminará com a leitura de alguns poemas.
A entrada é livre.

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sábado, 11 de outubro de 2014

Longa vai a espera!

Pedro Homem de Mello (1904 -1984).

Canção à Ausente

Para te amar ensaiei os meus lábios...
Deixei de pronunciar palavras duras.
Para te amar ensaiei os meus lábios!

Para tocar-te ensaiei os meus dedos...
Banhei-os na água límpida das fontes.
Para tocar-te ensaiei os meus dedos!

Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!

E a vida foi passando, foi passando...
E, à força de esperar a tua vinda,
De cada braço fiz mudo cipreste.

A vida foi passando, foi passando...
E nunca mais vieste!

Pedro Homem de Mello em Segredo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sessão dupla na sede do Círculo António Telmo

De regresso com mais uma actividade, o Círculo António Telmo promove, no próximo dia 18 de Outubro, pelas 18:00, uma sessão dupla com Pedro Sinde e Renato Epifânio. Os oradores propõem-se apresentar, respectivamente, o livro Sete Sábios Portugueses e o 14.º número da revista Nova Águia.
Publicada pela editora Tartaruga, a obra Sete Sábios Portugueses - da autoria de Pedro Sinde -, constitui uma das publicações mais interessantes dos últimos tempos, no âmbito da Filosofia Portuguesa. Centrado nas personalidades de António Telmo, Agostinho da Silva, Álvaro Ribeiro, José Régio, Teixeira de Pascoaes, Guerra Junqueiro e Sampaio Bruno, este livro aborda o coração e a alma da Filosofia Portuguesa na sua maior pureza, longe da corruptibilidade do academismo imposto pela universidade e pelos investigadores que se pautam por um pensamento marcadamente anti-português.
Quanto à Nova Águia, trata-se de uma publicação semestral que dispensa qualquer tipo de apresentações, sendo desde 2008, «a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português.» Neste 14.º número o destaque vai para os 80 anos da Mensagem de Fernando Pessoa, uma das obras mais marcantes do século XX português. 
Este encontro terá lugar na Casa do Bispo, sede do Círculo António Telmo, em Sesimbra, sendo a entrada livre e aberta a toda a comunidade. Não percam!

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Danças portuguesas segundo Mário Costa (1.ª parte)

A riqueza, diversidade e heterogeneidade do folclore português sempre fascinaram os etnógrafos portugueses e estrangeiros. Este facto foi particularmente notório a partir de meados do século XIX, em pleno domínio do "modo de vida" romântico, tendo ganho uma certa consistência já no século XX, com as contribuições ao nível dos estudos etnográficos perpetrados por alguns importantes vultos da cultura portuguesa como José Leite Vasconcelos, Orlando Ribeiro, Mendes Corrêa, ou Jaime Cortesão
As seguintes ilustrações de Mário Costa (1902-1975) fazem parte de um conjunto de doze trabalhos que retratam episódios folclóricos portugueses, realçando as nossas danças face ao movimento, policromia e enraizamento social que as caracteriza. Cada uma delas é bem representativa de uma dada região de Portugal, atestando a orgânica diversidade que constitui o todo da cultura tradicional nacional. Estas são as primeiras seis ilustrações desta série, sendo que as restantes serão também aqui publicadas na Nova Casa Portuguesa.

A Farrapeira - Beira Alta.

Bailarico Saloio - Estremadura.

Bailinho - Madeira.

Chula Rabela - Douro.

Corridinho - Algarve.

Dança das Saias - Alto Alentejo.

sábado, 4 de outubro de 2014

Ainda sobre o desaparecimento de Alpoim Calvão

Foi publicado na edição da revista Sábado de 2 de Outubro um interessante artigo de Rui Hortelão, co-autor do livro Alpoim Calvão: Honra e Dever, a propósito da morte daquele herói da Marinha Portuguesa, falecido no passado dia 30 de Setembro. Para além do texto, gostaríamos ainda destacar a caricatura que ilustra esta notícia, realizada pelo renomado artista espanhol Luis Grañena.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Egas Moniz, realidade e lenda

Portugal é conhecido como uma terra fértil em lendas e mistérios. Não é para menos. Existe apenas uma linha bastante ténue a separar os episódios fantásticos que constituem o fundo colectivo da nossa memória ancestral e a realidade histórica compreendida, exclusivamente, na aridez das perspectivas positivista, materialista e marxista. Neste contexto, os mitos fundacionais assumem uma dupla importância, isto é, mostrando a solidez e antiguidade do nosso fundo identitário, baseado em factores agregadores como o mito, a espiritualidade, a tradição e a História, ou ainda na construção e legitimação do sentido teleológico da Pátria Portuguesa.
Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, é uma dessas personalidades que habitam a nossa memória e o nosso imaginário, lembrando-nos, a cada momento, os valores da Raça, da bravura e da fidelidade. Particularmente ligado às terras do Sousa e do Tâmega, no Norte de Portugal, é hoje evocado na promoção da Rota do Românico. O documentário Egas Moniz, realidade e lenda materializa esse esforço em recordar a memória deste Ínclito Varão, em sintonia com a promoção de uma rota cujos espaços nos transportam para um outro tempo, no qual o nosso primeiro escol batalhou corajosamente em prol do nascimento e edificação de Portugal.
Conheçamos e revivamos as nossas origens, os nossos mitos!

Egas Moniz, realidade e lenda é um curto documentário produzido no âmbito da
promoção e divulgação da Rota do Românico.