quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Preparar 2015 entre Évora e o Tarrafal!

O final do ano constitui sempre um momento de pausa e reflexão. Entre as resoluções a que nos propusemos há cerca de um ano atrás temos aquelas que cumprimos e outras que ficaram por cumprir, não se podendo negligenciar também os acontecimentos externos que de alguma forma nos surpreenderam de um modo parcial ou completo. 
Como é óbvio, não nos referimos aos resultados desportivos ou outras sortes do género. Falamos antes de acontecimentos que de alguma maneira alteraram ou marcaram, profundamente, o decurso da nossa História recente. Como tal, não podíamos deixar de eleger como caso do ano a prisão do ex-primeiro ministro socialista José Sócrates. Seja a sua prisão uma mera acção de diversão ou o simples fruto de discordâncias no seio da máfia maçónica, acreditamos tratar-se de um importante passo dado em direcção ao fim da impunidade reinante entre a nossa corrupta classe política. Importa por isso que esta acção se alargue à totalidade do chamado espectro político, declarando-se uma guerra sem quartel à actividade criminosa institucionalizada por esta pérfida III República. Importa pois julgar e condenar todos os responsáveis pelo saque e destruição de que Portugal tem vindo a ser vítima desde 1974.  
Nesse sentido, com saudade, mas sem nostalgia, não poderíamos deixar de recuperar um símbolo de um Portugal justo, livre e soberano. Um Portugal que existia há 40 anos atrás antes de uma vil traição que, de forma muito pouco "democrática", para utilizarmos a linguagem inimiga, nos amordaçou e tem vindo a sufocar. Tanto pelas traições internas, como pelos assédios externos. 
Assim, o símbolo a que nos referimos é o próprio Tarrafal. Mais do que um presídio para traidores, aquela importante instituição representava uma espécie de "martelo contra a anti-portugalidade". Hoje, mais do que nunca, é necessário recuperar certos valores intemporais que moldaram o carácter e a fé dos nossos antepassados. Façamos dessa demanda uma das conquistas de 2015, pois acima de Portugal, só Deus!
Temos tudo quando temos Portugal! 

Tarrafal, um símbolo do combate contra a anti-portugalidade.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Biografia de Fernando Pessoa em destaque nas sugestões de livros para 2015 do jornal italiano Il Manifesto

Quando em 1988 Ángel Crespo publicou a sua obra La vida plural de Fernando Pessoa estava longe de adivinhar o sucesso e a importância que a mesma acabaria por alcançar. Para além da versão original, publicada em castelhano, este livro recebeu várias edições em português, alemão, neerlandês, entre outras línguas, revelando-se um marco importante no âmbito dos estudos pessoanos. 
Em Itália, esta biografia de Fernando Pessoa, cujo título foi traduzido como La vita plurale di Fernando Pessoa, foi publicada pela primeira vez em 1997, pela Antonio Pellicani Editore, tendo sido recentemente reeditada pela Bietti, na sua colecção l'Archeometro, dirigida por Andrea Scarabelli. Esta nova edição, uma vez mais organizada pelo conceituado lusitanista e investigador pessoano Brunello Natale De Cusatis, foi revista e aumentada com inúmeras notas que actualizaram e enriqueceram o seminal estudo do autor espanhol.
Depois dos lançamentos no Brasil e em Itália, aguarda-se também por uma apresentação desta edição em Portugal. A temática e a própria personalidade do biografado constituem factores de sucesso que levam, por exemplo, La vita plurale di Fernando Pessoa a ser considerado pelo jornal Il Manifesto como um dos 24 livros de leitura obrigatória em 2015. É exactamente essa nota publicada ontem pelo jornal italiano que hoje aqui partilhamos.  

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cantilena para o Deus Menino

Pormenor de um Presépio artesanal português.

Cantilena da Lua Nova


Meia-noite dada, meia-noite em pino
O galo cantando, chorou o menino
Ai senhor do mundo, tão pobre que estais
Deitado no feno, e entre animais

Lua nova benza-a Deus
Minha madrinha é mãe de Deus
Que me fez a cruz na testa
Que o demónio não me impeça
Nem de noite nem de dia
Nem à hora do meio dia
Lua nova benza-a Deus
Minha madrinha é mãe de Deus
Já os galos cantam cantam
Já os anjos se alevantam
Já o senhor subiu à cruz
Para sempre amén Jesus

Os filhos dos homens em berço doirado
E tu meu menino em palhas deitado
Em palhas deitado em palhas esquecido
Filho duma rosa dum cravo nascido

Os filhos dos homens em berço de flores
E tu meu menino gemendo com dores
Os filhos dos homens em berço doirado
E tu meu menino em palhas deitado

Oração popular portuguesa adaptada a fado por Frei Hermano da Câmara.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Poema para o Natal

Porque a poesia também é oração, sobretudo quando a mão do poeta é guiada por divina inspiração, este ano, contrariamente aos anteriores, sugerimos um poema para a celebração da chegada do Deus Menino.
A Nova Casa Portuguesa deseja a todos os seus amigos e leitores um Santo e Feliz Natal, repleto de amor e muita esperança. 

O Menino Jesus Salvador do Mundo, pintura de Josefa de Óbidos (séc. XVII).

Poema para o Natal

Cria-se mais criança
o dia de antigamente
ao nevar-se o poema
Porque a poesia também é oração,
de versos brancos,
tão brandamente abertos 
ao dia mais claro
de nascer eternamente
ao mais suave fogo aceso:
de não ser chama, somente,
mas verso vivo,
puro fogo preso ao Sol
de ser criança continuamente.

Poema inédito de José Valle de Figueiredo.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Odýsseia

M-PeX, o projecto musical a solo de Marco Miranda, está de regresso às edições com mais um surpreendente trabalho - Odýsseia. Conforme nos diz o próprio título, este álbum duplo inspira-se em duas odisseias, aparentemente distintas: a de Homero e a de Kubrik. Trata-se de um registo que evoca musicalmente a essência de duas idades do Homem, procurando numa primeira parte, mais acústica - Prologus -, encontrar essa matriz mais arcana do nosso fundo civilizacional clássico; seguida de outra parte - Epilogus -, onde a guitarra portuguesa se cruza com a electrónica, numa fusão de inspiração tradicional e futurista.   
Composto e produzido por Marco Miranda, Odýsseia contou na sua gravação com as participações de André Coelho, no baixo, e do DJ X-Acto. O grafismo ficou, uma vez mais, a cargo de Marco Madruga. De resto, assistimos neste registo à repetição de um elenco que já anteriormente havia colaborado em conjunto nas gravações de M-PeX, conseguido excelentes resultados.  
Apresentada ao público em plena época natalícia, esta edição poderá ser descarregada gratuitamente através da página oficial da editora digital Enough Records. Um presente a não perder, dedicado a todos os que se interessam pela nova música portuguesa!

Odýsseia é o tema homónimo do último álbum de M-PeX.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O regresso das tertúlias do Café Odisseia

A próxima Sexta-Feira, dia 19 de Dezembro, ficará marcada pelo regresso dos encontros tertulianos do Café Odisseia. Manuel Rezende e Pedro Jacob Morais animarão um encontro subordinado ao tema A Identidade Perante o Inimigo. Um assunto cuja importância e actualidade impõe uma reflexão urgente e imperativa. 
Buscando uma segunda vida do projecto Café Odisseia, esta reunião propõe o reinício dos encontros culturais incómodos e politicamente incorrectos começados anos antes na FDUP (Faculdade de Direito da Universidade do Porto). Direito, História, Política, Cultura, Arte, serão apenas algumas das áreas abrangidas naquilo que se espera ser um banquete platónico entre ávidos apreciadores de momentos de grande intensidade e profundidade intelectual. 
Este encontro terá lugar na FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), sala 102, estando o início da sessão marcado para as 17:30. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.  

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Ensaio Sobre o Fim da Nossa Idade

«É importante notar que a decadência e a crise são sempre consequências da resistência à nova modernidade, formas de choque com a nova Era. Vemos as consequências de vivermos num tempo de charneira, mas poucos se dão conta das causas, a não ser nas formas de uma decadência mais acelerada e de dificuldades em lidar com a vida que corre como um fio de água por entre os dedos secos.»
António Marques Bessa em Ensaio Sobre o Fim da Nossa Idade

(Clicar na imagem para aceder à página oficial do evento.)

Inicialmente publicado em finais dos anos 1970, pela saudosa editora Edições do Templo, o Ensaio Sobre o Fim da Nossa Idade marca, não só uma época de profundas transformações históricas, políticas e sociais em Portugal e no mundo, como o próprio início de carreira do seu autor, o incontornável António Marques Bessa. Ilustre ensaísta e Professor Catedrático, teve uma importância decisiva na introdução e adaptação da Nova Direita em Portugal. Incansável director e colaborador de algumas das mais interessantes publicações periódicas portuguesas dos últimos 40 anos, especializou-se em Ciência Política, tendo aprofundado o seu estudo no âmbito das elites e das utopias. 
Após décadas de indisponibilidade, o livro Ensaio Sobre o Fim da Nossa Idade é agora reeditado pela editora e associação cultural A Causa das Regras, numa edição devidamente revista pelo autor. A apresentação desta obra terá lugar no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 19:00, no Hotel ibis Lisboa Saldanha.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Os Bonecos contra o (des)acordo ortográfico

A produtora Mandala, que durante mais de 15 anos animou os serões da RTP 1 com programas de entretenimento como o Contra-Informação, chegou agora à internet e à televisão digital com novos conteúdos. Como não poderia deixar de ser, um dos seus últimos vídeos denuncia, com o humor que lhe é característico, o (des)acordo ortográfico de 1990, expondo a asneira que o constitui e o ridículo de quem o defende. Vale a pena ver e partilhar! 

Os Bonecos que animaram várias séries humorísticas como
o Contra-Informação também se opõem ao AO90.

sábado, 6 de dezembro de 2014

A Força dos Dias: Redescobrir as Virtudes

Realiza-se no próximo dia 9 de Dezembro, pelas 19:45, no CREU-IL (Centro de Reflexão e Encontro para Universitários - Inácio de Loyola), no Porto, a apresentação do livro A Força dos Dias: Redescobrir as Virtudes, da autoria de Vasco Pinto de Magalhães e Henrique Manuel Pereira. Editada pela Tanacitas, esta obra recolhe algumas das conversas de um programa de grande êxito da Rádio Renascença - Com Princípio, Meio e Fim -, realizado e apresentado por Henrique Manuel Pereira. A apresentação desta obra ficará a cargo de Sofia Salgado Pinto, Directora da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica do Porto.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

(Clicar na imagem para ampliar.)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Lição sobre o conceito de monarquia

«Embora nem sempre assim se proceda, devemos empregar a expressão monarquia como a firme antítese da mitologia democrática. (...) A monarquia não pode ser senão anti-democrática se for a monarquia a valer e não a pseudo-monarquia.»

Publicado em 1996 pela extinta editora Hugin, esta obra
compila uma série de reflexões sobre o pensamento
contra-revolucionário, entre as quais a famosa Carta
Aberta ao Príncipe da Beira
.

Há 40 anos atrás, António José de Brito dirigiu a D. Duarte Pio, herdeiro da Casa Real Portuguesa, a célebre Carta Aberta ao Príncipe da Beira. Documento riquíssimo do ponto de vista doutrinal, mas com o qual D. Duarte e os monárquicos "democratas", infelizmente, nada aprenderam.
Hoje, tão actual como quando foi redigida em Agosto de 1974, importa que esta carta seja lembrada, lida e compreendida. Os monárquicos da "pluralidade partidária", bem como os pobres tolos que abundam entre nós julgando-se monárquicos, deveriam retirar desta leitura a melhor lição e os mais altos ensinamentos acerca do sentido autêntico da monarquia.
Este texto encontra-se publicado na íntegra no blogue Prometheo Liberto. Por este motivo, a partir de agora, não existe desculpa para o seu desconhecimento, nem para a ignorância doutrinal relativa ao conceito de monarquia.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Agostinho da Silva, o capitalismo e o Estado Novo

Certa ocasião, no programa de televisão Conversas Vadias, ao perguntarem a Agostinho da Silva se o capitalismo seria a exploração do Homem pelo homem, a resposta do filósofo português foi tão célere quanto categórica: «É a guerra do Homem contra o Homem.»
Curiosamente, nessa mesma entrevista, conduzida pelo comunista Baptista Bastos, Agostinho da Silva acabou por ser acusado de fazer apologia ao "fascismo", após afirmar que, àquela data, transpostos vários anos desde o 25 de Abril, ele percebia, finalmente, a política do Estado Novo e de Salazar. Era a sua famosa "teoria do gesso", segundo a qual Portugal teria saído cedo demais da ditadura. Não se enganava...

Fotograma extraído da entrevista feita por Baptista Bastos a Agostinho da Silva,
integrada nas doze emissões do programa Conversas Vadias.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nova Casa Portuguesa no Go Discover Portugal

Com o aproximar da época natalícia são muitos os portugueses que iniciam a demanda pelo melhor bacalhau para a ceia de Natal. Nessa noite, apesar das várias tradições gastronómicas existentes entre nós durante este período, o bacalhau cozido assume-se como a principal escolha das famílias portuguesas. Por isso, dado que a Nova Casa Portuguesa valoriza de forma incondicional os nossos costumes e tradições, publicamos, há quatro anos atrás, uma receita de bacalhau cozido com legumes. Essa mesma receita acabou por ser referenciada na página oficial da Go Discover Portugal como uma das mais autênticas, deixando-nos, obviamente, bastante satisfeitos.

(Clicar na imagem para aceder ao artigo publicado pela Go Discover Portugal.)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Exortação a uma nova Restauração

Dois anos após a traidora supressão do feriado nacional de 1 de Dezembro, data em que se comemora a Restauração de 1640, o Hino da Restauração renova a sua força e o seu significado. Mais do que tornar-se numa música de intervenção, este hino impõe-se hoje como um grito colectivo de um povo que procura celebrar a sua Raça e a sua Identidade, contra todos os seus inimigos - tanto os internos, como os externos. 
Neste apelo à união dos portugueses em torno do que neste mundo mais nos importa - Portugal -, deixamos uma nota especial dirigida aos jovens, pois só com o seu sangue quente será possível a construção do amanhã. A mocidade, apoiada pela sabedoria dos anciãos, é o motor de toda a vitalidade de um povo. Urge por isso despertá-la para a sua sacra missão de, uma vez mais, devolver o esplendor à nossa Pátria. Recupere-se o espírito do 1.º de Dezembro de 1640. Sejamos nós os conjurados do século XXI.

Hino da Restauração

Portugueses celebremos
O dia da redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A fé dos campos de Ourique,
Coragem deu e valor,
Aos famosos de quarenta,
Que lutaram com ardor.

P'rá Frente! P'rá Frente!
Repetir saberemos as proezas Portuguesas
Avante, Avante,
É voz que soará triunfal,
Vá avante mocidade de Portugal,
Vá avante mocidade de Portugal.

Hino da Restauração.