quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Identidade

A. M. Couto Viana (24/01/1923 - 08/06/2010).

Identidade

O que diz Pátria mas não diz glória
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas, chamou vitória,
Ao medo e à morte daquele dia

A esse eu quero negar-lhe a mão,
Negar-lhe o sangue da minha voz,
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós

O que diz Pátria sem ter vergonha
E faz a guerra pela verdade
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade

A esse eu quero chamar irmão
Sentir-lhe o ombro junto do meu
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu

António Manuel Couto Viana


Interpretação de José Campos e Sousa do poema Identidade da autoria de Couto Viana.  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Homenagem a Couto Viana

Passados aproximadamente três anos sobre a morte de Couto Viana, a Câmara Municipal de Viana do Castelo, cidade de onde era natural, prestará uma justa homenagem a um dos principais homens de cultura do nosso século XX. Comemorando-se o nonagésimo aniversário do nascimento do poeta, será organizado um encontro poético-musical, assim como uma exposição dedicada à sua vida e obra.
A ligação de Couto Viana às artes e à cultura é hoje unanimemente reconhecida, tal como a sua importância e influência para as sucessivas gerações de portugueses que, com ele, despertaram para a magia da lírica, teatro e literatura. Influenciado pelas estéticas de vanguarda, procurou sempre romper com um certo marasmo que caracterizava grande parte da cena cultural do Portugal do século transacto. Conhecidas as suas simpatias políticas, chegando a fazer parte do conselho de redacção da revista “Tempo Presente” entre 1959 e 1961, nunca deixou que estas se impusessem sobre as suas amizades, ou ao seu amor pela cultura e criação artística. Amigo de David Mourão-Ferreira, iniciou-se com este, no ano de 1946, nas actividades do Teatro Estúdio do Salitre, em Lisboa. Fez parte da direcção do Teatro da Mocidade e esteve igualmente à frente do Teatro do Gerifalto e da Companhia Nacional de Teatro. No seu percurso conta-se ainda a importante passagem pela célebre Oficina de Teatro da Universidade de Coimbra, onde foi orientador artístico, sendo posteriormente substituído por Goulart Nogueira devido a outros compromissos profissionais, bem como pelo Teatro Nacional de São Carlos, Círculo Portuense de Ópera e a Companhia Portuguesa de Ópera.
Autor de uma vasta bibliografia dedicada à poesia, prosa e a ensaio dirigiu, entre as décadas de 1950 e 1960, várias publicações literárias e culturais, destacando-se os cadernos de poesia “Graal” e a revista “Távola Redonda”.
Falecido a 8 de Junho de 2010, a Câmara Municipal de Viana de Castelo resolveu agora homenagear Couto Viana através da organização de uma exposição retrospectiva da sua vida e obra, colocando a principal ênfase no seu contributo para o teatro e a poesia. Duas áreas que lhe eram bastante queridas e nas quais muito se destacou, tornando-se numa das principais referências dentro do contexto cultural português contemporâneo. A inauguração desta mostra terá lugar no próximo Sábado, dia 26 de Janeiro, pelas 15h, nos antigos Paços do Concelho.
Paralelamente a este acto, teremos na Quinta-Feira, 24 de Janeiro, dia em que o homenageado completaria o seu nonagésimo aniversário, um encontro que visa comemorar esta efeméride. Este evento realizar-se-á pelas 21h30, na sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, contando com as presenças de Eduíno de Jesus, que apresentará uma comunicação intitulada "António Manuel Couto Viana – Na Poesia e no Teatro"; José Campos e Sousa que musicará "Trovas à Mesa do Alto-Minho” e outras poesias de Couto Viana ditas por António Tinoco de Almeida; e ainda Manuel Sobral Torres que também irá musicar e dizer alguns dos poemas do poeta-dramaturgo.
Ambos os eventos são de entrada livre, estando abertos a toda a comunidade.

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Paula Rego, a Dama Pé-de-Cabra e outras histórias

«Apesar da base infantil, nada nos remete para um universo inocente; antes para uma encenação na qual reconhecemos facilmente as nossas tentações e os nossos medos e ressentimentos.»
Emília Ferreira em Paula Rego

Radicada em Inglaterra desde os anos 1970, Paula Rego representa um dos principais nomes vivos da pintura contemporânea portuguesa. A força e personalidade da sua obra não deixa ninguém indiferente. Aprecie-se ou não o seu trabalho, o traço desta artista nacional marca todos aqueles que o observam. A transposição para o universo criado pela sua criadora, ao longo de uma extensa e profícua carreira, torna-se inevitável, assim como a transformadora experiência sensitiva de num único olhar vivenciarmos a doçura e candidez sugerida pelo seu traço, cores e temáticas escolhidas, até àquele momento de viragem marcado por um profundo horror após o nosso subconsciente finalmente assimilar e processar a mensagem transmitida pela pintora, caracterizada grosso modo por visões nas quais os sonhos e utopias do Homem se transformam grotescamente nos seus piores pesadelos. Uma inquietude nascida da síntese simbiótica entre o sonho e o pesadelo. 
A partir do próximo dia 24 de Janeiro, a galeria londrina Marlborough Fine Art receberá uma exposição da artista portuguesa intitulada Dame with the goat's foot and other stories. Constituída por um núcleo central de seis trabalhos inspirados na famosa lenda medieval A Dama Pé-de-Cabra, história imortalizada por Alexandre Herculano durante o século XIX na obra Lendas e Narrativas, esta mostra poderá ser visitada até dia 4 de Março, contando ainda com a exibição de outras obras de Paula Rego, nomeadamente o quadro Do you remember an Inn, Miranda?, inspirado pelo poema homónimo de Hilaire Belloc. 
As imagens que se seguem constituem a série de seis pinturas inspiradas na lenda d'A Dama Pé-de-Cabra expostas brevemente em Londres.

A Dama Pé-de- Cabra I.

A Dama Pé-de- Cabra II.

A Dama Pé-de- Cabra III.

A Dama Pé-de- Cabra IV.

A Dama Pé-de- Cabra V.

A Dama Pé-de- Cabra VI.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Vasco Graça Moura à conversa sobre Nuno Gonçalves

O pintor Nuno Gonçalves é indiscutivelmente um dos grandes génios da pintura portuguesa. Autor dos famosos Painéis de S. Vicente, misteriosa e enigmática obra-prima da nossa pintura do séc. XV, este artista manteve-se sobretudo activo durante a segunda metade daquela centúria. Por todos estes motivos, Vasco Graça Moura foi convidado para falar acerca de Nuno Gonçalves e do seu legado histórico-patrimonial. Esta abordagem será feita segundo a perspectiva do poeta e tradutor, nada tendo a ver com uma análise especialista levada a cabo por técnicos de conservação artística, ou historiadores de arte.     
Esta comunicação integra-se no ciclo de conferências comemorativas do centenário do G.A.M.N.A.A. (Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga), realizando-se nas instalações do próprio Museu Nacional de Arte Antiga no próximo dia 23 de Janeiro, pelas 18:30.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. 

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sábado, 12 de janeiro de 2013

O Castêlo de Guifões: um porto comercial há 2000 anos

«Entre a foz do Leça e um outeiro, chamado Câstelo, próximo da pequena povoação de Guifões, na margem esquerda do rio, podem observar-se evidentes ruínas de edificações antigas, dum castro onde o aparecimento de telhas de rebordo, de cerâmica marcada, de um ladrilho (later), de ânforas (uma delas com ossos incinerados), e de um pequeno peso de barro, perfurado, de tear (pondus), e outros documentos, provam bem que a influência dos romanos ali se fez sentir, muito embora a origem da povoação seja muito anterior à denominação romana, conforme os autorizados depoimentos de F. Martins Sarmento, e J. Leite de Vasconcelos.»
Guilherme Felgueiras em Monografia de Matosinhos

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Pouco conhecido do grande público e ainda com muita coisa a dizer acerca dos seus mais de 2000 anos, o castro de Guifões encerra nas suas pedras importantes aspectos, mistérios e curiosidades históricas do Ocidente peninsular. Porto de entrada das mercadorias "exóticas" oriundas da bacia do Mediterrâneo nos domínios castrejos, este antigo povoado localiza-se na encosta do Monte Câstelo, em Guifões, concelho de Matosinhos, junto à foz do Rio Leça. O seu estudo ao longo do século XX por alguns dos nossos mais proeminentes arqueólogos deixou a descoberto a sua importância nas rotas comerciais de outrora, havendo ainda bastante por estudar, restaurar e preservar.
A exposição O Castêlo de Guifões: um porto comercial há 2000 anos, patente ao público no Museu da Quinta de Santiago (Leça da Palmeira) desde 24 de Novembro do ano passado, continua em exibição até ao próximo dia 17 de Fevereiro. Inaugurada pela altura da apresentação da obra O Rio da Memória - Arqueologia no Território do Leça publicada pela Câmara Municipal de Matosinhos, esta mostra apresenta um conjunto de materiais arqueológicos provenientes daquele castro romanizado. As peças em exibição documentam a sua longa diacronia de ocupação do sítio, assim como a forte ligação que este local teve com o comércio marítimo e o mundo mediterrânico durante o período do Império Romano.
Visitável todos os dias da semana, com excepção da Segunda-Feira, esta mostra tem um custo de entrada de apenas 1€. A não perder!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Parque Nacional da Gorongosa nos anos 1960

Parque Nacional da Gorongosa, localizado na antiga província ultramarina de Moçambique, conserva no seu território inúmeras espécies animais e vegetais sendo uma das mais importantes reservas naturais africanas. A extraordinária beleza e singularidade deste parque atrai todos os anos inúmeros turistas, oriundos das mais diversas proveniências. A possibilidade de conhecer e contactar com algumas espécies raras e exclusivas daquela zona do mundo aguçam a curiosidade de todos os amantes da natureza para a sua respectiva observação e contemplação. Após ter sido uma reserva de caça entre 1929 e 1959, o Governo Português decidiu em 1960 criar o parque, beneficiando-o com a construção de estradas e outras infra-estruturas, tendo em vista a potencialização do turismo e a preservação animal e vegetal daquele vasto espaço.    
Hoje, graças à Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema podemos olhar para a nossa história recente e admirar o magnífico Parque Nacional da Gorongosa através de um curioso documentário, apresentado pela inesquecível voz de Fernando Pessa. Realizado em 1961 por Miguel Spiegel, este filme representa os primórdios da produção nacional de documentários subordinados à vida selvagem. A preservação deste importante documento histórico é assim duplamente inquestionável, seja pelo seu pioneirismo, ou pela forma como nos permite conhecer o Parque Nacional de Gorongosa, tal e qual como ele era em inícios dos anos 1960.


Filme promocional do histórico Parque Nacional da Gorongosa (1961).

domingo, 6 de janeiro de 2013

Quando a democracia deles deixa azedar o nosso vinho

Ainda acerca do chumbo à marca Salazar, foi publicado numa das últimas edições de 2012 do semanário O Diabo um interessante artigo de opinião de Alberto Araújo Lima, autor do blogue Nonas. Acutilante no seu ataque a esta polémica, o seu autor não deixou de enfatizar com algum humor mais um atentado ao desenvolvimento da nossa economia.  
Convém não esquecer o que estava aqui em questão, ou seja, o uso do nome do antigo Presidente do Conselho, Dr. António de Oliveira Salazar, ilustre cidadão de Santa Comba Dão e personalidade que, queiramos ou não, coloca aquele concelho no mapa de Portugal, enquanto marca comercial. A associação do seu nome ao comércio de produtos locais, entre os quais o vinho, torna-se nesta medida uma importante aposta no sentido de afirmação do concelho e de toda a região. Em suma, uma oportunidade de negócio e de desenvolvimento económico numa região fortemente afectada pela crise que se faz sentir. Fechar a porta à oportunidade num momento como este devido a 'politiquices' e outros medos dos mercenários vendilhões do costume apenas vem reforçar a ideia, já generalizada, de que vivemos uma falsa paz, irmã bastarda da falsa liberdade.
Vale a pena ler!  

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sábado, 5 de janeiro de 2013

A Adoração dos Reis Magos em vésperas de Epifania

A Epifania Cristã, mais conhecida por Festa dos Reis, que é hoje em dia celebrada na noite 5 de Janeiro de cada ano, tem um forte enraizamento entre as nossas famílias. Parte constituinte do património cultural português, esta celebração perde-se nos anais da história, podendo buscar-se a sua obscura génese nos trilhos da nossa tradição cristã.
Etimologicamente, a palavra “epifania” provém do grego significando literalmente revelação, aparição, ou ainda fenómeno religioso. Utilizada para definir um momento particularmente importante da vida de uma personalidade, esta expressão é utilizada pelos cristãos, aludindo ao nascimento do Menino Jesus e seu respectivo reconhecimento enquanto filho de Deus por parte dos Reis Magos – Baltazar, Belchior e Gaspar.
Assim, durante Noite de Epifania, ou Noite de Reis, celebra-se a chegada dos três Reis Magos ao estábulo onde o Deus Menino, deitado sobre a manjedoura e aquecido pelos santos bafos dos animais, era já adorado pela sua Sagrada Família e alguns pastores que, avistando a famigerada estrela sobre os céus de Belém, ali acorreram para reverenciar a vinda do Salvador. Segundo as Sagradas Escrituras, cada um dos três Reis Magos transportava uma oferenda para o Menino Jesus – ouro, incenso e mirra – tendo cada um destes bens um simbolismo e significado particular.
Estas e outras cenas bíblicas foram-se transmitindo de geração em geração, ao longo de séculos, perpetuando-se no nosso imaginário graças ao carácter catequético da iconografia religiosa, plasmada nos vários programas artísticos que podemos encontrar durante o estudo dos vários períodos históricos. No caso particular da arte portuguesa, podemos encontrar inúmeros exemplos pictóricos representando a chamada Adoração dos Reis Magos. A escolha deste ano decaiu sobre uma obra do século XIX do nosso pintor Domingos António de Sequeira. Um mestre cuja obra urge hoje recuperar do esquecimento das massas.  

Adoração dos Reis Magos a Jesus de Domingos António de Sequeira.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Renascença Portuguesa: Tensões e Divergências

«A Renascença Portuguesa não é incompatível com as aspirações modernas e de forma alguma também afasta, e, antes, promoverá, no povo português a parte da boa cultura que a Europa lhe possa trazer.»
Jaime Cortesão na revista A Águia, em  Janeiro de 1912. 

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Depois de dois excelentes colóquios integrados nas celebrações do Primeiro Centenário do Movimento da Renascença Portuguesa, realizados no Norte de Portugal em finais de 2012, eis que se encerra na nossa capital o ciclo de comemorações desta efeméride, com um encontro internacional organizado pelo Centro de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) que terá lugar durante os dias 8 e 9 de Janeiro de 2013.
«Neste momento genésico e caótico da nossa pátria, é necessário que todas as forças reconstrutivas se organizem e trabalhem, para que ela atinja rapidamente a sonhada e desejada harmonia.» Assim escrevia Teixeira de Pascoaes no seu manifesto Renascença, publicado em Janeiro de 1912 na revista A Águia, órgão oficial do Movimento da Renascença Portuguesa. Esta reflexão plena de actualidade coloca-nos defronte de duas questões essenciais. Terá a Renascença Portuguesa cumprido os objectivos a que se propôs? Carecerá Portugal de um outro movimento da mesma estirpe? Estas são perguntas complexas, mas não menos pertinentes.
O aparecimento de movimentos como a Renascença Portuguesa e de publicações como A Águia foi, como afirmou recentemente António Braz Teixeira num colóquio no Porto, «fruto de uma geração e de uma época». Uma geração que procurava o seu lugar numa pátria ausente e abandonada durante uma época conturbada e bastante nebulosa da nossa história, quer culturalmente, quer política e economicamente. A Renascença Portuguesa foi desde a sua constituição até à sua extinção um movimento plural, integrando simultaneamente no seu seio diversas personalidades e intelectuais oriundos dos mais variados quadrantes culturais, políticos e estéticos. Sendo um espaço consagrado ao diálogo e à discussão, tendo em vista a criação de um Portugal renascente, saído das cinzas de um século XIX decadente, mergulhado num regime republicano contrário à tradição cultural nacional logo após a viragem para o século XX, é natural que algumas polémicas tenham vindo a lume, destacando-se a célebre questão do saudosimo envolvendo Teixeira de Pascoaes e António Sérgio.
Assim, de modo a celebrar os primeiros 100 anos da Renascença Portuguesa, o Centro de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa resolveu homenagear aquele que se revelou um dos mais importantes movimentos culturais do Portugal da primeira metade do século XX, através da realização do Colóquio Internacional «A Renascença Portuguesa: Tensões e Divergências». Com uma comissão organizadora constituída por Paulo Borges, Bruno Béu de Carvalho, Dirk Hennrich e Rui Lopo, este encontro reunirá investigadores nacionais e estrangeiros, destacando-se as participações de alguns nomes incontornáveis do pensamento filosófico português como António Braz Teixeira, Pinharanda Gomes, Manuel Cândido Pimentel, António Cândido Franco, ou Jorge Croce Rivera. Este colóquio terá lugar no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ao longo dos dias 8 e 9 de Janeiro, entre as 14:30 e as 20:00. A entrada será livre e aberta a toda a comunidade.

Programa

8 de Janeiro

14. 30 | Abertura

António Feijó, Director da Faculdade de Letras

15.00 – 16.40 | 1ª Sessão

Paulo Borges
- A ideia de Renascença na Renascença Portuguesa
Duarte Braga
- O Inquérito Literário, termómetro das tensões na Renascença Portuguesa
Miguel Real
- A Pedagogia na Renascença Portuguesa
Rui Lopo
- O Orientalismo na Renascença Portuguesa


16.40 – 17.00 | Debate


17.00 – 18.40 | 2ª Sessão

João Príncipe
- António Sérgio na Renascença Portuguesa (1912-1919)
Romana Valente Pinho
- António Sérgio e Teixeira de Pascoaes: um conflito cultural na Renascença Portuguesa
Samuel Dimas
- O panteísmo de Teixeira de Pascoaes e o teísmo de Leonardo Coimbra
Manuel Cândido Pimentel
- Sant’Anna Dionísio e António Sérgio a propósito de Leonardo Coimbra
José Almeida
- Mito, Educação e Espaço-Público no espírito da Renascença Portuguesa

18.40 – 19.00 | Debate


19.00 – 19.50 | 3ª Sessão

Julia Alonso Dieguez
- Un pensamiento asistemático ibérico
António Braz Teixeira
- A Renascença Portuguesa, movimento plural

19.50 – 20.05 | Debate

9 de Janeiro

14.30 – 16.10 | 4ª Sessão

António Cândido Franco
- Mitopoese e Filomitia em Teixeira de Pascoaes
Jorge Croce Rivera
- Modos éticos do pensar: afinidades e contrastes entre a “ética-política” de Raul Proença e a “ética-metafísica” de José Marinho
Dirk Hennrich
- Kant, Nietzsche e Schumann — e um mundo a haver. Sobre um depoimento, «Da Liberdade Transcendente», de Raul Leal.
Renato Epifânio
- A estética renascente e a ideia de Pátria

16.10 – 16.30 | Debate

16.30 – 18.10 | 5ª Sessão

Bruno Béu de Carvalho
- Pascoaes, Coimbra e Caeiro-Campos-Soares: as estesias aldeã e citadina nas divergências e (im)possibilidades de uma estética da saudade
Raquel Nobre Guerra
- Singularidades da experiência saudosa em Teixeira de Pascoaes e Álvaro de Campos: do bucolismo ao «futurismo»
Daniel Duarte
- O Pessoa de «A Águia», Nietzsche e a Verdade
Pinharanda Gomes
- O criacionismo visto por alguns discípulos de Leonardo Coimbra: Delfim Santos, Sant’Anna Dionísio e José Marinho

18.10 – 18.30 | Debate

18.30 – 18.40 | Encerramento

19.00 | Bar da Biblioteca

Paulo Borges | Manifesto por uma Renascença integral e universal
Nuno Moura | Leitura de poesia

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Chega Janeiro, cantam-se as janeiras!

Conforme tem vindo a ser nosso apanágio, saudámos todos os amigos, fieis seguidores e visitantes ocasionais da Nova Casa Portuguesa, cantando-lhes as tradicionais janeiras, dando assim as boas-vindas ao Novo Ano, na esperança de que este traga grandes e positivas novidades para todos.

Ilustração alusiva às janeiras (autor desconhecido).

Esta casa é bem alta,
Janelas de vidros tem.
Viva o senhor Joaquim
E a sua senhora também.

Nós somos de Alvarenga
Que bela rapaziada.
Não aceitamos dinheiro,
Só provamos a copada.

Boas festas, boas festas
Boas festas vimos dar.
Vimos provar o seu vinho
Salpicão se nos quer dar.

Recolha popular efectuada no concelho de Lousada.