quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Livraria Portugal: 70 anos depois, o fim.

«A Livraria Portugal nasceu, decorria o 2.º ano da guerra que devastou grande parte do mundo, quando 3 homens que cedo tinham escolhido a profissão de livreiros, puderam confirmar o papel fundamental que o livro desempenhava na preservação da cultura, sobretudo nas grandes crises da civilização.»
A gerência da Livraria Portugal  aquando das comemorações 
do 40.º aniversário daquele estabelecimento em 1981. 

Quando um espaço de cultura encerra definitivamente as suas portas sente-se, geralmente, o imediato instalar de um misto entre tristeza e nostalgia. Quando esse espaço é uma livraria, sobretudo se a sua história é tão rica e preenchida como a da Livraria Portugal, esse sentimento torna-se ainda mais profundo e doloroso. Toda a sociedade acaba por sair prejudicada. Todos perdemos algo nessas funestas ocasiões, pelos mais variados motivos. 
Não é apenas uma mera questão económica que fica em jogo. Para além desse empobrecimento, assiste-se a um outro, porventura pior e que de modo algum podemos ignorar. São os elos do relacionamento humano que se quebram, é a ruptura do diálogo e partilha cultural que se suspende através da porta de um templo do saber que se fecha. São os amigos que se perdem, entre homens, mulheres, crianças e os próprios livros, esses objectos que apesar de físicos nos moldam a alma e ajudam a aprumar o espírito.
A cidade de Lisboa perdeu hoje um desses espaços. A Livraria Portugal encerrou definitivamente as suas portas e a nossa capital acordará amanhã mais triste neste anómalo Inverno de seca. Este é mais um rude golpe contra comércio tradicional, uma das principais fontes de (re)animação da mais autêntica alma das nossas cidades.
Fundada em 1941 na Rua do Carmo, a Livraria Portugal foi durante 7 décadas um ponto de passagem e de encontro entre diversas personalidades marcantes da cultura portuguesa. Ali compravam-se livros, mas também se discutiam os seus conteúdos, organizavam-se encontros, palestras e conferências. Era acima de tudo, como qualquer outra livraria, um local de partilha e de enriquecimento interior.
Amanhã, deste espaço, restarão apenas as memórias e um profundo sentimento de saudade. Mais um triste sinal dos tempos.

Quatro perspectivas sobre a histórica Livraria Portugal, localizada na
Rua do Carmo, em plena baixa de Lisboa.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

À Minha Musa

Anjo da autoria de Teixeira de Pascoaes.

À Minha Musa

Senhora da manhã vitoriosa 
E também do crepúsculo vencido. 
Ó senhora da noite misteriosa, 
 Por quem ando, nas trevas, confundido. 

 Perfil de luz! Imagem religiosa! 
 Ó dor e amor! Ó sol e luar dorido! 
 Corpo, que é alma escrava e dolorosa, 
 Alma, que é corpo livre e redimido. 

 Mulher perfeita em sonho e realidade. 
 Aparição Divina da Saudade... 
 Ó Eva, toda em flor e deslumbrada! 

 Casamento da lágrima e do riso; 
 O céu e a terra, o inferno e o paraíso, 
 Beijo rezado e oração beijada. 

 Teixeira de Pascoaes em Senhora da Noite.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Balanços e Prospectivas sobre o estudo da Filosofia e Cultura Portuguesa

O Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal, do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), realiza hoje, dia 22 de Fevereiro, um encontro de colaboradores que visa a discussão pública dos seus últimos trabalhos e actividades realizadas, assim como a apresentação de algumas orientações e projectos para o futuro. 
Este encontro terá lugar pelas 14:30 na sala 203 das instalações da FLUP, sendo a entrada livre e aberta a toda a comunidade.
No final da sessão haverá ainda tempo para a apresentação do mais recente número da revista Nova Águia, subordinado ao tema Nos 100 anos da Renascença Portuguesa: como será Portugal daqui a 100 anos? 
A não perder!

(Clicar na imagem para ampliar o cartaz.)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Filipe Cerqueira e Rita Azevedo em concerto para piano e flauta no Clube Literário do Porto

Filipe Cerqueira é um jovem talentoso pianista, professor e musicólogo do Norte do país que, presentemente, tem vindo a dedicar-se ao estudo da vida e obra do compositor português Joaquim dos Santos. Colaborador d'O Espectador Portuguez e do jornal A Voz de Ermesinde, realizou os seus estudos entre Portugal e a Hungria, tendo vindo a actuar um pouco por todo o país. Crítico rebelde e perfeccionista de fino recorte, Filipe Cerqueira enquadra-se musicalmente em correntes como o classicismo ou romantismo, não negligenciando outros períodos, anteriores e posteriores, dotando-o assim de uma rara agilidade, polivalência e sensibilidade musical. 
Actuará no próximo dia 26 de Fevereiro, pelas 16:00, juntamente com a flautista Rita Azevedo, no Clube Literário do Porto. O concerto, com entrada livre, contará com o seguinte programa:

J. S. BachSonata em Si m
Claude DebussySyrinx
Francis PoulencSonata para flauta e Piano
Artur HoneggerDanse de la Chèvre
A. F. DopplerFantasia Pastoral Húngara

Filipe Cerqueira.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Louça das Caldas representa cultura popular portuguesa no Musée de l'érotisme de Paris

Um dos mais curiosos espaços museológicos da capital francesa é o Musée de l'érotisme de Paris. Longe de ocupar um lugar de destaque nos roteiros turísticos mais tradicionais e convencionais, este museu alberga os espólios do antiquário Alain Plumey e do professor Jo Khalifa. Situado na zona de Pigalle, a poucos metros do famoso Moulin Rouge, este museu, fundado em 1997, permite aos seus visitantes fazerem uma retrospectiva antropológica, religiosa, artística, sociológica e histórica do sexo, através de uma colecção que vai das antigas culturas e religiões da Índia, Japão e África, passando pela civilização ocidental, até à arte contemporânea associada ao sexo e erotismo.
Num dos pisos, como não poderia deixar de ser, podem ser vistas algumas das famosas peças de olaria das Caldas da Rainha, caracterizadas pela dualidade da sua natureza humorística e satírica. Entre essas peças encontram-se o tradicional Zé Povinho, os típicos jogadores de futebol com os galhardetes que lhes ocultam o sexo, entre outros objectos de gosto e natureza popular.

Vitrina contendo algumas das peças de olaria oriundas das Caldas da Rainha,
com destaque para o Zé Povinho, os jogadores de futebol e o cozinheiro. 

Pormenor de algumas das peças de origem portuguesa expostas no
Musée de l'érotisme de Paris

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Concerto de apresentação do novo álbum de Sektor 304

Nascidos das ruínas de um antigo projecto denominado Kult, os portuenses Sektor 304 têm vindo a revelar-se ao longo dos últimos anos um interessante colectivo dedicado à música industrial, numa vertente mais primitiva, próxima das origens desse género musical. Oriundos da zona do Grande Porto, apresentam agora uma formação constituída por André Coelho, João Filipe, Gustavo Costa e Henrique Fernandes, cruzando nas suas composições e actuações uma amálgama de técnicas, instrumentos e utensílios de diferentes naturezas que se repercute na exploração de violentas paisagens sonoras.  
Com um novo trabalho intitulado Subliminal Actions, editado no final de Dezembro passado pela editora norte-americana Malignant Records, os Sektor 304 apresentam-se no próximo dia 18 de Fevereiro, pelas 22:30, no Passos Manuel, na cidade do Porto, num concerto único de apresentação. Este espectáculo contará com uma primeira parte a cargo de HHY, projecto e alter ego criativo do músico e produtor Jonathan Uliel Saldanha.
Esta será uma excelente oportunidade para ouvir e ficar a conhecer um outro lado no panorama musical nacional. A não perder! 

(Clicar na imagem para ampliar.)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Finis Mundi n.º 4

«Dirigida pelo Flávio Gonçalves, a “Finis Mundi – A Última Cultura” é a concretização de um projecto do qual muitos duvidaram, considerando não haver espaço para uma revista de cultura alternativa em Portugal. Agora, já com quatro números publicados e um ano de existência (talvez devêssemos dizer persistência), não só desmentiu os cépticos e pessimistas, como se foi melhorando substancialmente, numa evolução natural, para uma publicação que se quer de referência.»
Duarte Branquinho na edição de Janeiro do semanário O Diabo. 

Já se encontra disponível através da editora Antagonista o quarto número da revista de cultura e pensamento Finis Mundi. Cumprindo o seu primeiro aniversário, esta publicação tem vindo a marcar a diferença no âmbito das revistas culturais, ocupando com firmeza e seriedade um lugar de destaque dentro de um nicho outrora votado à vacuidade de um enorme deserto intelectual.
Neste número destacam-se as participações de António Marques Bessa, Alan Benoist, Alberto Buela, Riccardo Marchi, Claudio Mutti, Adriano Scianca, Kerry Bolton, Tomislav Sunic, Sónia Pedro Sebastião, Rainer Daehnhardt, Luís Couto, Sandra Balão, Renato Epifânio, Luiz Pontual, João Filipe Pereira, entre outros.
Distribuída em Portugal pela própria editora, esta revista encontra-se igualmente disponível além fronteiras através da Amazon.com.

Capa do quarto número da revista Finis Mundi.

Lista de conteúdos e colaboradores

A ÚLTIMA CULTURA
Editorial 
- Flávio Gonçalves
A Balcanização do Sistema, Ernst Jünger e Os Dias do Fim 
- Tomislav Sunic
O Fim de Portugal e o Seu Futuro 
- Renato Epifânio
Sociopatologia, o ónus da Inversão social e subsequente Involução civilizacional e da Pessoa Humana
- João Lino Santos

ACTUALIDADE
Não Derretam os Escudos! 
- Rainer Daehnhardt
Bem-vindos à Europa do Capital 
- Basílio Martins
Carpe Diem, Ou Dos Princípios e da Sua Falta 
- Henrique Salles da Fonseca
"Geração Erraste"
- João Filipe Pereira
Prossegue o Rapto de Europa
- João Franco
O Mil Novecentos e Oitenta e Quatro chegou em 2011... 
- Roberto Bilro Mendes
A imigração, exército de reserva do capital 
- Alain de Benoist

RESENHA 
"A Ascensão de Salazar" de Ivens Ferraz 
- Daniel Nunes Mateus
Lifeforce (1985) 
- Rui Baptista

HISTÓRIA
A Inovação Pedagógica da Companhia de Jesus na Modernidade 
- Fernanda Santos
Bandeirantes: A Canoa Contra o Cavalo 
- Alberto Buela 
A descoberta portuguesa da “Grande Terra do Sul” e da Nova Zelândia
- Kerry Bolton
Portugal do Integracionismo Imperial ao Etno-nacionalismo - Pistas de investigação
- Riccardo Marchi
Dos Barbosas e Silvas, Que Vieram do reino de Portugal a Esta Ilha de São Miguel
- Carlos Melo Bento
O Integralismo Lusitano
- Vítor Figueira Martins
O Que é História das Religiões 
- Leonardo Arantes Marques
Reflexões Sobre História de Arte - O problema dos Estilos 
Alexandre Ribeiro dos Santos

CULTURA
A Chegada de Corto Maltese a Portugal 
- Mário Casa Nova Martins
Expressionismo no Brasil 
- Jefferson Carvalho Jr.
Reconquistar Tudo: Identidade 
- Adriano Scianca

TRADIÇÃO
Occultus Rex
- Júlio Mendes Rodrigo
As Festividades de Solstício de Inverno nos Açores 
- Luís Couto
E Assim Nasce o Candomblé: Deuses na Diáspora ou a Reinvenção de uma Religião
- João Ferreira Dias
A Doutrina da União Divina na Tradição Helénica 
- Claudio Mutti
Lar: O Fogo Central 
- Luiz Pontual
Medjugorje: o Culto de Nossa Senhora da Paz no século XXI 
- Sónia Pedro Sebastião

MUNDO 
Geopolítica da Luso-Brasilidade no pós-11 de Setembro de 2001
- Sandra Maria Rodrigues Balão
Império ou República: de Joplin, no Missouri, a Cabul, no Afeganistão
- James Petras
As Visões Perigosas: Portugal-Brasil 
- António Marques Bessa
Relatório Sobre a Reunião do Clube Bilderberg de 2011
- Daniel Estulin

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ainda sobre Vasco Graça Moura e sua recusa da recusa à desobediência!

Ao lermos a rubrica Le dernier mot, assinada por Alain Rey, na edição deste mês da revista francesa Le Magazine Littéraire, somos de imediato atingidos pelo impacto do título da sua crónica, Refus d'obéissance, bem como pelo destaque colocado em caixa, onde podemos ler:
«Le mot désobéissance a perdu de sa force et a aujourd'hui un parfum enfantin: rien de bien méchant, un peu de dérision dans l'évocation d'un entêtement, d'un caprice.»
Efectivamente, a Europa do pós-Guerra e o Portugal pós-Abril mergulharam numa passividade induzida, próxima da morte cerebral. As massas, completamente manipuladas por uma sinistra mas hábil máquina propagandista deixaram-se afectar por uma miopia que não lhe permite discernir ou sequer conjecturar a existência de outros caminhos ou soluções, alternativas às imposições feitas pela já não tão Nova Ordem.
Se repararmos, mesmo que conscientes da podridão do actual estado das "coisas", e dizemos "coisas" porque o estado de putrefacção é geral e transversal a praticamente tudo, as pessoas parecem acomodar-se, alienando-se da própria vida, identidade e até felicidade. Como dependentes de uma qualquer substância, acenam com a cabeça, conformadas com a ideia de que "é o que temos", ou então de que "isto é mau, mas é o melhor possível". O mundo moderno e em particular esta sociedade pós-moderna caminha deste modo para um pós-humanismo desenraizado e desenraizador, caracterizado pela subjugação do Homem, pelo Homem, através de um upgrade sócio-ontológico, transformador do Homem em Homem-Máquina, produtivo, mas privado de alma e intelecto. Em resumo, um escravo dos tempos modernos.
Em Portugal, a análise da questão do (des)acordo ortográfico, já para não falar em toda a actividade política da nossa III República, sem qualquer excepção, representam inequívocas provas materiais desta sórdida e perversa realidade. A desobediência patriótica ao (des)acordo ortográfico, levada a cabo pelo golpe de Estado institucional de Vasco Graça Moura que, na qualidade de presidente do Centro Cultural de Belém (CCB) suprimiu naquele organismo aquele que será provavelmente o pior atentado de sempre levado a cabo contra a língua portuguesa, ou seja, o aborto ortográfico, levantou uma série de problemas formais ou pseudo-formais, mesmo junto dos que supostamente se dizem contra o já referido (des)acordo.
Temos então uma curiosa situação em que um conjunto de pessoas se encontram de acordo perante um problema que atinge todos nós, mas cujas divergências pessoais ou político-ideológicas, aliadas à lavagem cerebral protagonizada por uma ditadura do "rouba quanto podes", encapotada com o nome de democracia liberal-esquerdista dotada de uma matriz anti-portugalidade, as impedem de colaborar, numa libertação cultural e patriótica.
No caso de Joana Amaral Dias que, na edição de hoje do Correio da Manhã, se assume contrária ao (des)acordo ortográfico, apesar de criticar o acto patriótico de Vasco Graça Moura, sendo ela "uma pessoa de esquerda", apenas poderemos concluir que às pessoas daquele quadrante político, as leis orientadoras do regime pós-Abril que nos impuseram se sobrepõe a tudo, até aos mais altos interesses de Portugal e dos portugueses. A negação da desobediência é neste caso uma clara renúncia ao que chamamos de humanismo, enquanto característica ou propriedade indispensável à existência da própria humanidade, sendo no caso das pessoas da esquerda, supostamente mais revolucionárias e não conformistas, um verdadeiro acto de suicídio, uma renúncia interior, ontológica-ideológica.
No interlúdio deste combate, o líder socialista António José Seguro desafia um Primeiro-Ministro laranjinha, profundo desconhecedor desta profunda problemática que envolve a Língua Portuguesa, a desautorizar Vasco Graça Moura. Assim se joga "democraticamente" com os mais altos interesses nacionais.
Será importante perceber que Vasco Graça Moura devolveu o significado à palavra "desobedecer", até aqui usurpada por marchas pró-aborto, pró-matrimónio e adopção gay, encontros de indignados e enrascados sem qualquer tipo de soluções para além dos múltiplos talentos circenses de gosto duvidoso, manifestações sindicais colaboracionistas do sistema, entre outras variedades e fait divers infantis.      
É altura de despertar e dizer basta! Os verdadeiros Portugueses estão assim juntos com Vasco Graça Moura na luta contra o (des)acordo ortográfico, preparados para lutar pela nossa Língua e pela nossa Cultura! Independentemente de tudo esta luta é una, sacra e nacional!

Clicar na imagem para aceder à página da Iniciativa Legislativa de
de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico.)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Concertos Íntimos no Feminino

A Câmara Municipal de V.N. Gaia organiza, através do seu Pelouro da Cultura, um ciclo de 4 concertos com algumas das mais reconhecidas vozes femininas portuguesas. Com o objectivo de promover a música nacional em algumas das suas vertentes, o palco do Cine-Teatro Eduardo Brazão em Valadares receberá, entre os meses de Fevereiro e Maio deste ano, Rita Guerra, MísiaTeresa Salgueiro e Né Ladeiras.  
Este ciclo, intitulado Concertos Íntimos no Feminino, terá uma calendarização mensal que se iniciará no próximo dia 16 de Fevereiro, com um concerto de Rita Guerra, seguindo-se o espectáculo de Mísia no dia 8 de Março, Teresa Salgueiro a 12 de Abril, encerrando a 10 de Maio com a actuação de Né Ladeiras. 
Todos os concertos terão início às 22:00, sendo o preço dos bilhetes de 15 euros para o público geral e de 10 euros para os portadores do Passaporte Cultural de Gaia. 

(Clicar para ampliar.)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nova vitória de Telma Monteiro em provas do Grand Slam

Nove segundos foram mais do que suficientes para a judoca portuguesa Telma Monteiro vencer por ippon a japonesa Aiko Sako, actual detentora do título mundial de judo na categoria de -57 kg. A atleta voltou assim a conquistar mais uma medalha de ouro para Portugal, numa das mais prestigiadas provas de judo a nível mundial. Antes de derrotar a japonesa, a atleta do Sport Lisboa e Benfica venceu ainda uma adversária espanhola, mongol, francesa e norte-americana, mostrando uma vez mais todo o seu valor.
A importância desta prova foi sublinhada pela própria atleta numa entrevista a um canal televisivo, afirmando:
«Vencer em Paris-Bercy é algo muito importante, pois é a competição mais prestigiante logo a seguir aos Jogos Olímpicos, ao Campeonato do Mundo e ao Masters.»
A Nova Casa Portuguesa aproveita a ocasião para saudar e felicitar uma vez mais a atleta pelo importante feito alcançado que em muito enobrece e dignifica o desporto português.

Bastaram apenas nove segundos para Telma Monteiro derrotar a japonesa
Aiko Sako, actual detentora do título mundial.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Afinal as boas notícias também podem chegar de Belém...

«O recém-empossado presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores – ferramenta informática que adapta os textos ao AO – sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.»
Luís Miguel Queirós na edição de 3 de Fevereiro de 2012 do jornal Público.

Nem só de velhos do Restelo ou da incompetência e impotência republicana vive Belém. Habituados às más notícias que dali têm sido consequentemente ecoadas para todo o Portugal, eis que finalmente uma contraria a negativa tendência.  
Essa notícia fez hoje manchete no Público, dando conta da ordem de Vasco Graça Moura dirigida aos serviços do CCB para que estes suprimissem de imediato a aplicação do (des)acordo ortográfico. Depois da polémica que envolveu a sua recente nomeação como presidente daquela instituição, Vasco Graça Moura, uma das principais vozes discordantes face à imposição acéfala de um (des)acordo que ninguém quer e ninguém precisa, deu provas do seu peso e real importância dentro do panorama cultural nacional, mostrando que o CCB está finalmente entregue a boas mãos.
O apoio da Nova Casa Portuguesa é incondicional à luta anti-aborto ortográfico, pelo que desde já louvámos a coragem, o alto sentido patriótico, o discernimento, clareza e nobreza de espírito revelado ao longo destes anos por Vasco Graça Moura. Esperamos apenas que este acto abale definitivamente as consciências entorpecidas, despertando nos portugueses aquele sentimento de vigília e protecção pelo que é nosso e nos caracteriza.
Ânimo! Ainda há Portugueses!

Vasco Graça Moura revela a sua integridade e verticalidade dando ordens aos
serviços do CCB para não aplicarem o (des)acordo ortográfico.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Exposição: Fernando Pessoa plural como o Universo

«Sou, de facto, um nacionalista místico, um sebastianista racional. Mas sou, à parte isso, e até em contradição com isso, muitas outras coisas.»
Fernando Pessoa numa carta a Adolfo Casais Monteiro, 
datada de 13 de Janeiro de 1935.

Depois de ter passado por São Paulo em 2010 e pelo Rio de Janeiro em 2011, a exposição Fernando Pessoa plural como o Universo chega agora a Lisboa, onde estará patente ao público na Fundação Calouste Gulbenkian, entre os dias 8 de Fevereiro e 30 de Abril próximos, assinalando o Ano do Brasil em Portugal.
Esta mostra visa revisitar a vida e obra do poeta e pensador português, percorrendo as várias fases e domínios dos seus sinuosos e misteriosos percursos. Trata-se de uma exposição caracterizada pela sua dinâmica e envolvência, roçando a artisticidade de uma instalação artística. Nela poderão ser encontradas algumas peças nunca anteriormente expostas ao público em Portugal, entre vários documentos inéditos, pinturas e alguns objectos. 
Poderão ser encontradas mais informações detalhadas sobre esta exposição na newsletter número 129, de Janeiro de 2012, da Fundação Calouste Gulbenkian. A não perder!  

(Clicar na imagem para aceder à newsletter de Janeiro
de 2012, da Fundação Calouste Gulbenkian.)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Os assassinos Manuel Buiça e Alfredo Costa!

«Entre a plebe, fanatizada pela propaganda republicana, Buiça e Costa engrandeceram-se em divindades. (...) Por toda a parte, nas alfurjas de Lisboa, se gritava: Viva Buiça! Viva Costa! (...) Dir-se-ia que, de facto, tinham caído sob as balas dos matadores um obeso Tibério e um jovem Nero. (...) Este fetichismo do crime, tão comum na plebe, mesmo quando se trate de criminosos vulgares, logo cantados à guitarra como heróis da perdição e do mal - aplicado à política, desenvolvera-se em proporções de apoteose.»
Carlos Malheiro Dias em Entre Precipícios

Postal alusivo aos dois assassinos, Manuel Buiça e Alfredo Costa, "mártires"
 terroristas da causa republicana, mortos a 1 de Fevereiro de 1908 na
sequência do atentado regicída.

Não deixa de ser curiosa a forma sinistra como a actual classe política e a própria sociedade civil não só deixam passar impunemente os crimes hediondos protagonizados pelos denominados regicídas a 1 de Fevereiro de 1908, como celebram e promovem o seu barbarismo como actos cívicos de coragem e libertação democrática. A raiz deste problema reside essencialmente na deformação de alguns conceitos do âmbito histórico da ciência política, levado a cabo pelas forças antagonistas aos interesses nacionais que, ao longo dos últimos 200 anos, salvo raros períodos de excepção, têm vindo a vingar, ganhando terreno e influência na nossa sociedade, para gravíssimo prejuízo de Portugal. Assim, se olharmos para a maioria dos compêndios historiográficos, reparamos no modo como os conceitos de liberalismo e republicanismo foram transvestidos como sinónimos de democracia, por oposição ao absolutismo e monarquia, duas palavras maliciosamente associadas à ditadura e à opressão tirânica, por meio de um ensaio maquiavélico que logrou o objectivo de manipular e deformar a opinião pública, assim como a própria memória histórica.
É certo que Portugal agonizava penosamente perante os últimos anos da nossa monarquia, contudo não podemos esquecer que a profunda crise que tivemos então de enfrentar teve a sua génese num traumático despertar para a contemporaneidade que, tirando o catastrófico desastre natural de 1755, cujas consequências se haveriam de fazer sentir durante largas décadas, se deveu mormente à ingerência dos interesses obscuros e criminosos de sociedades secretas como a maçonaria, responsável directa e indirecta por episódios como as Invasões Francesas, a perda do monopólio do comércio brasileiro com a abertura dos portos daquela colónia a outras potências, a guerra fratricida que opôs miguelistas a liberais, a extinção das Ordens Religiosas, entre um enorme rol de medidas políticas de âmbito nacional e supranacional que haveriam de condicionar negativamente o nosso predestinado rumo e destino histórico.
A maçonaria criminosa, ávida de poder, tudo fez para desestabilizar Portugal, fomentando a decadência, promovendo a fome e a miséria para então, de um modo mais eficaz, conseguir deformar a opinião pública, conquistando-a, angariando junto das massas o seu braço armado, constituído pelas milícias terroristas da carbonária, à qual pertenciam Manuel Buiça e Alfredo Costa. Estes levaram a cabo o atentado de 1 de Fevereiro de 1908, do qual resultou tristemente a morte de D. Carlos e do seu primogénito D. Luís Filipe, dois anos antes da ambicionada imposição do republicanismo, esse regime responsável pelo actual estado avançado de putrefacção da Pátria Portuguesa.
A monarquia portuguesa poderia de facto, como afirmou por várias vezes D. Carlos, estar vazia de monárquicos. Aliás, ao nosso último monarca, os republicanos apelidaram "carinhosamente" de "Patriota", em virtude deste não ter criado grandes objecções ao advento da República em 5 de Outubro de 1910. Ainda assim, há que perceber que o Poder é uma das manifestações da nossa Sacra-Soberania, não devendo por isso cair nas ruas, abatido conforme os abjectos assassinos e terroristas Manuel Buiça e Alfredo Costa. Esses sim, pelo mal que representam aos desígnios pátrios, tiveram o fim que mereceram...

Manuel Buiça e Alfredo Costa, dois assassinos... já cadáveres!