quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Salvador Dalí e a "Saudade húmida" de Velásquez

Em 1979 o jornalista Joaquim Letria teve a oportunidade de deslocar-se ao Teatro-Museu Dalí, em Figueres, na província de Girona, para entrevistar Salvador Dalí. Um dos momentos mais interessantes deste encontro acorreu já no final, enquanto o mestre surrealista espanhol se despedia de Joaquim Letria. Saudando o povo português, Dalí evocou as raízes portuguesas de Velásquez, explicando de que forma a pintura daquele artista do século XVII foi influenciada por uma "Saudade húmida" e atlântica, proveniente dessas origens lusas. Um aspecto que, segundo Dalí, conferiu ao realismo que caracteriza a obra de Velásquez uma suavidade etérea sem a qual a pintura espanhola teria secado.
Decididamente, temos tudo quando temos Portugal!

Salvador Dalí fala sobre as raízes portuguesas de Velásquez e da importância da 
Saudade na pintura do mestre do século XVII.

sábado, 22 de agosto de 2020

Nuno Álvares Pereira: Homem, Herói e Santo

Na edição da passada Sexta-Feira do semanário O Diabo, ainda no rescaldo do 635.º aniversário da Batalha de Aljubarrota, celebrado a 14 de Agosto, foi publicado um artigo-recensão de José Almeida sobre o mais recente livro do historiador José de Carvalho. D. Nuno Álvares Pereira: o Homem, o Herói, o Santo, publicado pela Scribe, não só nos relata as diversas facetas do nosso Santo Condestável, como aponta para um itinerário condestabrino, ideal para inspirar e animar os passeios de família. A Nova Casa Portuguesa convida-o a conhecer este livros através deste artigo, evocativo de D. Nuno de Santa Maria, o Galaaz de Portugal.    

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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Aljubarrota

Batalha de Aljubarrota representada numa iluminura do séc. XV.

Aljubarrota

I

Vivo perfil da Pátria, na beleza
Da tua austera e cândida expressão,
Vinca-te um jeito amargo de tristeza,
Perturba-te uma estéril comoção…

D'antes, uma alegria andava presa
Ao resplendor da tua perfeição,
E até na hora longa da incerteza
Tinhas a luz do sonho e da ambição!

Via-te o mundo ― sobr'o mundo inteiro...
E a bruma do horizonte se alongava
A inquieta limpidez do teu olhar.

Perfil d`águia num píncaro altaneiro!
― Um rumor de asas fortes perpassava,
De polo a polo, irmão da voz do Mar…

II

Amanheceu a tua eternidade
Na batalha que a história não olvida ―
― Como do fogo surge a majestade
Dum bronze eterno em que se esculpe a vida!

Lágrimas, sangue, dor, gritos, saudade,
― A terra ainda as relembro, comovida!...
Mas rompia mais clara a claridade
Da tua graça heróica ou insofrida!...

― Viessem horas como aquelas horas
Em que o ingénuo sangue nas auroras
de perdida no sangue das acções!

E em que, no beijo que de ti baixava,
O desejo da Pátria exasperava
O puro ardor de nobres corações…

João de Barros

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Mural de Manuel Lapa restaurado no Tribunal de Torres Novas

Manuel Lapa foi um dos artistas mais conhecidos da chamada segunda geração de artistas modernistas portugueses. Nascido no seio de famílias nobres, não precisou de títulos para se afirmar no seu tempo. Artista e intelectual, destacou-se sobretudo na ilustração e na pintura, tendo-lhe recebido várias encomendadas de parte do Estado Português. Sobretudo murais com motivos históricos e simbólicos, como aquele localizado no Palácio de Justiça de Torres Novas e que está agora em fase de recuperação e restauro. 
O artigo de Cristina Faria Moreira, ilustrado com fotografias de Diogo Ventura, publicado na edição de ontem do Público, dá-nos a conhecer um pouco melhor essa obra, a sua "redescoberta" e os presentes trabalhos de restauro. Vale a pena ler. 

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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Fado: uma retrospectiva histórica

Muito discutirão que o Fado não é fenómeno representativo de todo o Portugal, porém a verdade e o coração dizem-nos precisamente o contrário. Para além de um género musical, o Fado é também comunidade, identidade, cultura, literatura e poesia. É a nossa língua em contacto profundo com as nossas esperanças e desesperanças, com os amores e desamores de indivíduos e comunidades que compõem a realidade material do nosso corpo pátrio. Mas, mais do que tudo isso, o Fado é uma «estranha forma de vida», uma evocação da alma colectiva portuguesa. É um mistério que nos acompanha e para o qual muitos procuraram encontrar respostas. 
Este curto vídeo que hoje aqui apresentamos coloca em retrospectiva os últimos 200 anos do Fado. Um exercício de divulgação e sistematização histórica que, por certo, ajudará muitos a descobrir a História do Fado.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Nacionalismo e Populismo em Portugal

«...o nacionalismo é a ética para a qual cada nação, enquanto nação, constitui um valor supremo. Volto a expô-lo agora visto que, sem um entendimento mínimo sobre o conceito de nacionalismo, corremos o risco de o aceitar acriticamente nos termos mesmos em que o entendem os seus inimigos.»
Bruno Oliveira Santos em Nova Frente
 
Na próxima Segunda-Feira, 10 de Agosto, às 21:15, o Grupo Viriatos promove uma palestra subordinada ao tema Nacionalismo e Populismo em Portugal. O orador convidado é Bruno Oliveira Santos, autor de obras como Nova Frente e Histórias Secretas da PIDE/DGS. Esta apresentação será feita através da plataforma digital “Zoom”, pelo que os interessados deverão efectuar a sua inscrição prévia. 
Para o fazer, basta escrever para g.viriatos@gmail.com, enviando o nome e endereço de correio electrónico. Posteriormente, durante a tarde de Segunda-Feira, será enviada uma mensagem a todos os inscritos com a ligação através da qual poderão aceder a esta apresentação. 
A inscrição e participação são gratuitas, mas a sessão tem um limite máximo de apenas 100 pessoas. Garanta já o seu lugar e participe.

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