Ao lermos a rubrica Le dernier mot, assinada por Alain Rey, na edição deste mês da revista francesa Le Magazine Littéraire, somos de imediato atingidos pelo impacto do título da sua crónica, Refus d'obéissance, bem como pelo destaque colocado em caixa, onde podemos ler:
«Le mot désobéissance a perdu de sa force et a aujourd'hui un parfum enfantin: rien de bien méchant, un peu de dérision dans l'évocation d'un entêtement, d'un caprice.»
Efectivamente, a Europa do pós-Guerra e o Portugal pós-Abril mergulharam numa passividade induzida, próxima da morte cerebral. As massas, completamente manipuladas por uma sinistra mas hábil máquina propagandista deixaram-se afectar por uma miopia que não lhe permite discernir ou sequer conjecturar a existência de outros caminhos ou soluções, alternativas às imposições feitas pela já não tão Nova Ordem.
Se repararmos, mesmo que conscientes da podridão do actual estado das "coisas", e dizemos "coisas" porque o estado de putrefacção é geral e transversal a praticamente tudo, as pessoas parecem acomodar-se, alienando-se da própria vida, identidade e até felicidade. Como dependentes de uma qualquer substância, acenam com a cabeça, conformadas com a ideia de que "é o que temos", ou então de que "isto é mau, mas é o melhor possível". O mundo moderno e em particular esta sociedade pós-moderna caminha deste modo para um pós-humanismo desenraizado e desenraizador, caracterizado pela subjugação do Homem, pelo Homem, através de um upgrade sócio-ontológico, transformador do Homem em Homem-Máquina, produtivo, mas privado de alma e intelecto. Em resumo, um escravo dos tempos modernos.
Em Portugal, a análise da questão do (des)acordo ortográfico, já para não falar em toda a actividade política da nossa III República, sem qualquer excepção, representam inequívocas provas materiais desta sórdida e perversa realidade. A desobediência patriótica ao (des)acordo ortográfico, levada a cabo pelo golpe de Estado institucional de Vasco Graça Moura que, na qualidade de presidente do Centro Cultural de Belém (CCB) suprimiu naquele organismo aquele que será provavelmente o pior atentado de sempre levado a cabo contra a língua portuguesa, ou seja, o aborto ortográfico, levantou uma série de problemas formais ou pseudo-formais, mesmo junto dos que supostamente se dizem contra o já referido (des)acordo.
Temos então uma curiosa situação em que um conjunto de pessoas se encontram de acordo perante um problema que atinge todos nós, mas cujas divergências pessoais ou político-ideológicas, aliadas à lavagem cerebral protagonizada por uma ditadura do "rouba quanto podes", encapotada com o nome de democracia liberal-esquerdista dotada de uma matriz anti-portugalidade, as impedem de colaborar, numa libertação cultural e patriótica.
No caso de Joana Amaral Dias que, na edição de hoje do Correio da Manhã, se assume contrária ao (des)acordo ortográfico, apesar de criticar o acto patriótico de Vasco Graça Moura, sendo ela "uma pessoa de esquerda", apenas poderemos concluir que às pessoas daquele quadrante político, as leis orientadoras do regime pós-Abril que nos impuseram se sobrepõe a tudo, até aos mais altos interesses de Portugal e dos portugueses. A negação da desobediência é neste caso uma clara renúncia ao que chamamos de humanismo, enquanto característica ou propriedade indispensável à existência da própria humanidade, sendo no caso das pessoas da esquerda, supostamente mais revolucionárias e não conformistas, um verdadeiro acto de suicídio, uma renúncia interior, ontológica-ideológica.
No interlúdio deste combate, o líder socialista António José Seguro desafia um Primeiro-Ministro laranjinha, profundo desconhecedor desta profunda problemática que envolve a Língua Portuguesa, a desautorizar Vasco Graça Moura. Assim se joga "democraticamente" com os mais altos interesses nacionais.
Será importante perceber que Vasco Graça Moura devolveu o significado à palavra "desobedecer", até aqui usurpada por marchas pró-aborto, pró-matrimónio e adopção gay, encontros de indignados e enrascados sem qualquer tipo de soluções para além dos múltiplos talentos circenses de gosto duvidoso, manifestações sindicais colaboracionistas do sistema, entre outras variedades e fait divers infantis.
É altura de despertar e dizer basta! Os verdadeiros Portugueses estão assim juntos com Vasco Graça Moura na luta contra o (des)acordo ortográfico, preparados para lutar pela nossa Língua e pela nossa Cultura! Independentemente de tudo esta luta é una, sacra e nacional!
Temos então uma curiosa situação em que um conjunto de pessoas se encontram de acordo perante um problema que atinge todos nós, mas cujas divergências pessoais ou político-ideológicas, aliadas à lavagem cerebral protagonizada por uma ditadura do "rouba quanto podes", encapotada com o nome de democracia liberal-esquerdista dotada de uma matriz anti-portugalidade, as impedem de colaborar, numa libertação cultural e patriótica.
No caso de Joana Amaral Dias que, na edição de hoje do Correio da Manhã, se assume contrária ao (des)acordo ortográfico, apesar de criticar o acto patriótico de Vasco Graça Moura, sendo ela "uma pessoa de esquerda", apenas poderemos concluir que às pessoas daquele quadrante político, as leis orientadoras do regime pós-Abril que nos impuseram se sobrepõe a tudo, até aos mais altos interesses de Portugal e dos portugueses. A negação da desobediência é neste caso uma clara renúncia ao que chamamos de humanismo, enquanto característica ou propriedade indispensável à existência da própria humanidade, sendo no caso das pessoas da esquerda, supostamente mais revolucionárias e não conformistas, um verdadeiro acto de suicídio, uma renúncia interior, ontológica-ideológica.
No interlúdio deste combate, o líder socialista António José Seguro desafia um Primeiro-Ministro laranjinha, profundo desconhecedor desta profunda problemática que envolve a Língua Portuguesa, a desautorizar Vasco Graça Moura. Assim se joga "democraticamente" com os mais altos interesses nacionais.
Será importante perceber que Vasco Graça Moura devolveu o significado à palavra "desobedecer", até aqui usurpada por marchas pró-aborto, pró-matrimónio e adopção gay, encontros de indignados e enrascados sem qualquer tipo de soluções para além dos múltiplos talentos circenses de gosto duvidoso, manifestações sindicais colaboracionistas do sistema, entre outras variedades e fait divers infantis.
É altura de despertar e dizer basta! Os verdadeiros Portugueses estão assim juntos com Vasco Graça Moura na luta contra o (des)acordo ortográfico, preparados para lutar pela nossa Língua e pela nossa Cultura! Independentemente de tudo esta luta é una, sacra e nacional!
Clicar na imagem para aceder à página da Iniciativa Legislativa de de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico.) |
Excelente texto!
ResponderEliminarTenho a certeza que Thoreau, Kant, Hobbes e todos esses teorizadores da legitimidade e necessidade da Desobediência estarão muito satisfeitos com o Vasco Graça Moura, quase num acto paternalista de: "Well done, my son, you actually read and understood what we meant".
ResponderEliminarVeremos agora o desfecho deste episódio. Espero que não seja esquecido e "arquivado".