quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Deputados açorianos contra o (des)acordo ortográfico

Na edição do passado dia 22 de Dezembro do Diário dos Açores publicou-se uma notícia dando conta de um grupo de deputados do PSD naturais dos Açores que fizeram chegar um documento a Pedro Passos Coelho - actual Primeiro Ministro de alguns sociais democratas e outros tantos pseudo-portugueses - questionando-o acerca das suas intenções relativas ao recente recuo do Brasil face ao (des)acordo ortográfico. Salientando os malefícios pestilentos deste suicídio cultural, o requerimento enviado à cabeça do nosso (des)governo defende a suspensão imediata desta "mentira de Estado" - conforme foi já chamado este hediondo diploma.   
Não podemos deixar de salutar o facto de se tratarem de deputados do PSD no activo e não um outro caso semelhante ao do ex-Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, inicialmente opositor do (des)acordo ortográfico que, quanto indigitado nas suas funções, podendo fazer algo face a esta situação, acabou por esquivar-se deste urgente problema. Esta iniciativa particular, de importância supra-partidária, constitui uma das principais medidas nascidas no seio dos sociais democratas durante os últimos tempos. Esperemos que o senhor Pedro Passos Coelho, coadjuvado pela restante pandilha de salafrários, possa ao menos uma vez durante a sua legislatura tomar uma decisão acertada, em prol de Portugal e do nosso bem comum. 

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Boas Festas!

A Nova Casa Portuguesa deseja, uma vez mais, a todos os seus amigos e leitores um Santo e Feliz Natal.

A Natividade ou Adoração dos Pastores, painel de azulejos
atribuídos a Marçal de Matos (séc. XVI).

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Oração para a Ceia de Natal

Celebremos o nascimento do Deus-Menino rezando em conjunto para que todos possamos caminhar iluminados pela sua infinita Luz!

Natividade de Josefa de Óbidos (séc. XVII).
Menino Jesus:
És Tu a brilhante Estrela da Manhã,
que Se ergue nesta noite,
para iluminar, na luz do Teu rosto,
os que não têm presente,
ou não vêem o futuro!

Menino Jesus: 
És Tu a Estrela da Manhã, 
que, das alturas, nos visitas, 
como Sol nascente,
e queres nascer nos corações,
que procuram nova luz, 
para um tempo novo de Paz!

Menino Jesus:
És Tu a firme Estrela Polar!
À tua volta, giram e brilham outras estrelas, 
nos olhos de Maria e de José,
dos Pastores e dos Magos
e da multidão e todos os Santos!

Menino Jesus:
Por teus olhos acesos de inocência
guia-nos, sempre que anoitece.
Dá-nos estrelas que Te sigam,
e iluminem, com a própria vida,
quem procura e desconhece, 
que és Tu o Caminho!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Guerrilha Cultural Electrónica

Esta não é a primeira vez que fazemos alusão ao blogue Eternas Saudades do Futuro. Um espaço na blogosfera que faz jus ao seu epíteto: «Um dia em que não se aprende nada é um dia perdido». Ora, não existe nenhuma publicação neste espaço em que possamos acusar o seu mentor de demissão das responsabilidades assumidas enquanto educador. Prestes a fazer seis anos à frente do seu blogue João Marchante continua, publicação após publicação, a dar razões mais do que suficientes aos seus leitores e visitantes para voltarem ao seu reduto virtual. A simplicidade das suas mensagens encerram pensamentos muito mais profundos do que quaisquer pseudo-tratados como os que abundam na blogosfera e redes sociais procurando evidenciar os seus míseros autores. Sucinto e directo, Marchante marca a sua posição e transmite-a de forma tão natural, sendo praticamente impossível não a absorver e assimila-la.
No passado dia 12 de Dezembro de 2012, num texto publicado naquele blogue o seu autor referiu não só a possibilidade, mas também a obrigação, de cada um de nós prestar um serviço cívico militante de defesa da Pátria através da rede electrónica. O exemplo usado não podia ser mais significativo, sublinhando a urgência de lutar-se pela Língua Portuguesa, combatendo-se o (des)acordo ortográfico, seu terrível algoz mutilador, oferecendo-lhe resistência férrea e feroz. Conforme afirmou João Marchante, «a resistência cultural é a primeira forma de identidade nacional dos povos.» Vale a pena ler a sua mensagem...   

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

2012 e o mundo que se vai acabando... lentamente!

Enquanto uns preferem dar ouvidos a seitas e histerismos new age, aguardando passivamente por um fim do mundo apocalíptico feito à imagem das fantasias projectadas pela indústria cinematográfica hollywoodesca, outros insistem em procurar despertar o mundo para o gradual, mas evitável, fim da civilização. A sua implosão feita através da generalizada decadência dos valores e crescente desnorte processa-se há já muito tempo, registando-se nas últimas décadas uma notória aceleração neste ciclo degenerativo. Não estamos a ser decadentistas ou pessimistas. Estamos apenas a analisar os factos. O fim do mundo é um processo lento e contínuo, acontecendo dia após dia...     

Sinais do verdadeiro fim do mundo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasil mete o (des)acordo ortográfico na gaveta

Como todos nós sabemos, sem excepção, o (des)acordo ortográfico é antes de tudo um veneno perigosíssimo que tem vindo a corromper e destruir a nossa língua, colocando em risco o mais longo período de estabilidade ortográfica da história da cultura lusíada - tudo em nome dos interesses económicos e pessoais de certas e determinadas criaturinhas da nossa praça. Se por breves momentos conseguiram atirar areia aos olhos dos milhões de pessoas afectadas por esta enorme farsa, hoje a grande maioria dessas pessoas já se apercebeu de mais uma golpada levada a cabo pela corja política e empresarial. Mas como a verdade acaba sempre por vir ao de cima, tal como a força da nossa cultura, as coisas parecem começar a mudar, renovando-se a esperança da salvação da nossa língua.
No passado dia 4 de Dezembro o semanário O Diabo destacou o recuo do Brasil face à aplicação do dito (des)acordo, deixando os (des)governantes portugueses sozinhos na sua idiota e perigosa demanda pela (des)unificação da Língua Portuguesa. Como é sabido, este pseudo-tratado tem vindo a encontrar uma forte oposição por parte dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), em particular de Angola. Resta apenas saber o que farão os mente-captos mercenários políticos que ocuparam o nosso Portugal, tomando pela força as rédeas do poder.  

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Entrevista a Jaime Nogueira Pinto

«Se não acaba o ciclo, acaba o país.»
Jaime Nogueira Pinto em entrevista publicada
na edição de 15 de Dezembro do Jornal i

Jaime Nogueira Pinto, incendiário nas suas verdades e sempre lúcido
nas suas declarações

Nos últimos tempos Jaime Nogueira Pinto tem andado nas bocas do mundo. Contudo, as razões não podiam ser melhores. A recente publicação do seu primeiro romance - Novembro -, tem-se revelado um sucesso, recebendo críticas bastante positivas, ao mesmo tempo que vai agitando as cómodas memórias do período que antecedeu e se seguiu ao golpe de Estado de 25 de Abril de 1974, levantando a poeira há muito entranhada sobre determinados assuntos de natureza política. No passado dia 15 de Dezembro, o Jornal i publicou uma interessantíssima entrevista ao eterno doutrinador político da então chamada "nova direita portuguesa". Fazendo uma análise pouco positiva da presente situação de Portugal, a sua mensagem é no entanto de esperança. Esperança naquela mesma juventude que, no seu tempo, os "donos do poder" não souberam ouvir.

sábado, 15 de dezembro de 2012

O Movimento de Paulo

O Portal do Governo Português promoveu recentemente a realização da segunda edição de O Meu Movimento. Uma iniciativa cujo principal objectivo teórico visa dar a oportunidade a qualquer cidadão português de defender uma causa em que acredite, levando-a ao Primeiro-Ministro, tomando parte activa no debate por um Portugal melhor.
Encabeçado pelo nosso Professor, pensador e activista Paulo Borges, O Movimento de Paulo visa alterar o estatuto jurídico do animal no Código Civil, reconhecendo-o como um ser senciente, capaz de sentir dor e prazer psicofisiológicos. Com o objectivo de proibir e punir legalmente os maus-tratos a que estão sujeitos os animais em  Portugal, esta causa visa humanizar o nosso sistema de justiça à imagem do que tem acontecido noutros países europeus e sul-americanos. 
Para votar neste movimento basta efectuar uma inscrição no Portal do Governo Português e clicar em "Apoiar". Esta é uma oportunidade de discutir-se a personalidade jurídica dos animais, tratados pela lei portuguesa como "coisas".

Apresentação do Movimento de Paulo - Alteração do estatuto jurídico do animal.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Castro Laboreiro, terra com alma

«Uma das aldeias mais emblemáticas do Minho é Castro Laboreiro, onde ainda imperam os costumes castrejos. Situado no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a mais de 900 metros de altitude, é um local pacato e muito conhecido pela raça nativa dos cães Castro Laboreiro.»
Excerto retirado do Atlas de Portugal Vol. 1: Entre Douro e
 Minho, Montes entre Larouco e Marão, Trás-os-Montes.

Encarnando toda a magia do verde Minho, Castro Laboreiro destaca-se pela sua impressionante beleza natural e patrimonial. Existem inúmeros vestígios antiquíssimos da ocupação humana naquela região, sendo um local de bastante interesse para todos os entusiastas da história e da arqueologia. As mentes mais românticas conseguem até vislumbrar um outro tempo, longe da modernidade, onde o Homem e a Natureza trabalhavam lado a lado em incógnita harmonia.
A riqueza do património paisagístico e natural tem um peso enorme na valorização da região. É ainda possível observar as matilhas de lobos selvagens nas encostas desta terra minhota. A presença do lobo está certamente associada ao aparecimento do Castro Laboreiro, uma raça de cães autóctone, tradicionalmente ligada à pastorícia - actividade ali bastante enraizada. Terra de diversidade quanto à sua fauna e flora, Castro Laboreiro apresenta quatro faces de distinta beleza. Uma por cada estação do ano. Podemos por isso afirmar que não existe uma altura melhor ou pior para visitar aquele pedaço de paraíso. Primavera, Verão, Outono e Inverno mostram aos visitantes diferentes aspectos de um tesouro comum.
Relativamente às suas gentes, Castro Laboreiro conserva o tradicional carácter das gentes do Norte de Portugal, sendo que naquela região em particular, subsiste ainda uma reserva espiritual da nossa própria ancestralidade.
Com o escopo de dar a conhecer um pouco da beleza natural desta região, resolveu-se partilhar neste espaço algumas fotografias retiradas da página oficial do Hotel Castrum Villae que ilustram bem a sublimidade intemporal da paisagem natural de Castro Laboreiro. Um destino a visitar algures entre Janeiro e Dezembro.



















quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

I Encontro Ibérico de Jovens Investigadores em Estudos Medievais

Numa época de neblina e obscuridade urge redespertar a luz do conhecimento histórico, pois só a História nos poderá ajudar a alicerçar um forte sentimento pátrio e identitário. Reveste-se por isso da maior das pertinências a organização do I Encontro Ibérico de Jovens Investigadores em Estudos Medievais que se irá realizar durante os dias 23 e 24 de Maio de 2013. Promovido pela Universidade do Minho, este encontro terá lugar na cidade de Braga, encontrando-se já aberto o período de submissão de propostas de comunicação que se prolongará até ao próximo dia 15 de Janeiro de 2013. 
O tema geral deste encontro está subordinado à temática Paisagens e Poderes no Medievo Ibérico, destacando-se ainda os seguintes subtemas: Paisagens urbanas tardo-medievais, Povoamento e fortificaçõesCristianização da Paisagem.   

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Augusto Gomes e o Vitral do Infante

Augusto Gomes é um dos principais nomes da arte portuguesa do século XX a aguardar uma redescoberta por parte do grande público nacional e internacional. Nascido em Matosinhos em 1910, viveu e produziu praticamente toda a sua obra naquela cidade, onde viria a falecer em 1976. A sua obra constituída por várias fases abraça maioritariamente uma estética neo-realista, abrangendo inúmeras formas de expressão. A pintura, a cerâmica, o vitral, a tapeçaria, o mosaico, a ilustração, a litografia, a xilogravura, os figurinos e a cenografia são alguns dos exemplos mais claros da versatilidade artística dos seus trabalhos.
Inserido no ciclo de conferências À conversa com a História, A. Cunha e Silva apresentará amanhã, dia 13 de Dezembro, pelas 18:00, uma comunicação intitulada Augusto Gomes e o Vitral do Infante 50 anos depois: Crónica duma redescoberta. Este encontro terá lugar no auditório do Gabinete Municipal de Arqueologia e História da Câmara Municipal de Matosinhos, sendo a entrada livre e aberta a toda a comunidade.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Tempo de Advento

Alguém tocou à porta. Esperança nova em duas vidas repleta.
Mil crianças nascendo e já leoas em Teu louvor cantando.
Que queres que por nós se faça, Pai nosso desconhecido?
Águas de cima e águas de baixo agora já separadas,
o caos dominado e o mensageiro chegado.
Azul e branco, na cestinha suspensa de sua boca,
tesouros falantes trazendo: sementes douradas
de novo mundo a serem espalhadas
E o que nunca enviou foram cartas amargas ofertadas,
de mundo ido, passado: de territorialidade, sim.
E o verdilhão português canto novo cantou.
Principiará ele a compreender o enorme grau de grandeza
da morte e da renascença portuguesa?
Animadoras esperanças no seu canto havia.

Tua última vontade é uma palavra ansiosa de véus encoberta.
 Dalila L. Pereira da Costa em Portugal Renascido.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

27 anos de destruição da nossa economia

Foi há 27 anos atrás que, no dia 10 de Dezembro de 1985, abriu portas o Continente de Matosinhos, ficando para a história como o primeiro hipermercado de Portugal. Nascido da parceria da portuguesa Sonae e da francesa Promodès, este hipermercado tinha inicialmente uma área de venda de aproximadamente 9864 m2,  apoiados por 72 caixas de pagamento. Um verdadeiro colosso para a realidade de então.
O aparecimento desta superfície deu início a uma verdadeira revolução dos hábitos de consumo nacionais, alterando irreversivelmente o panorama comercial português, assistindo-se ao rápido fortalecimento da grande distribuição em detrimento do comércio tradicional. Fenómeno este que contribuiu para o progressivo enfraquecimento dos centros das cidades em prol das periferias, onde este e outros estabelecimentos que lhe seguiram se acabaram por fixar.
Não deixa de ser curiosa a forma como as ilusões de modernidade e desenvolvimento de ontem se possam tornar na miséria real de hoje. Convém não esquecer que durante os primeiros anos que se seguiram à abertura do Continente de Matosinhos, foram inúmeras as escolas que ali acorreram em patéticas visitas de estudo, querendo mostrar às crianças as maravilhas modernas que chegavam do estrangeiro, onde tudo era aparentemente melhor e mais evoluído. Sem reparar, estava-se a assinar uma certidão de óbito à nossa economia, deixando-se entrar um enorme cavalo de Tróia que haveria de conquistar-nos e submeter. 

Inaugurado em Dezembro de 1985, o Continente de Matosinhos foi o primeiro
hipermercado de Portugal.

domingo, 9 de dezembro de 2012

II Congresso de Heráldica Militar

Realiza-se no próximo dia 11 de Dezembro, pelas 9:30, na Sala da Grande Guerra do Museu Militar de Lisboa, o II Congresso de Heráldica Militar. Organizado pela Direcção de História e Cultura Militar, este encontro visa dar a conhecer o estado da arte em matéria da heráldica marcial, estando previstas as seguintes comunicações: A Heráldica do Exército Português no Séc. XXI, A Heráldica Militar, A Emblemática Militar e A Falerística Militar. Após o encerramento deste congresso será ainda inaugurada a exposição José Colaço - Iluminador do Exército.  
A entrada é livre e aberta a todos os interessados. 

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Os Templários em debate no Convento de Cristo

«O rei Dionísio de Portugal, julgando necessário conservar no meio-dia da Europa uma instituição cavaleiresca tão útil à cristandade como o era a Ordem do Templo, reuniu, após 1312, os Cavaleiros do Templo, pertencentes aos reinos de Portugal e dos Algarves, aos quais se juntaram alguns Cavaleiros espanhóis, e com eles formou a Ordem de Cristo. Esta nova Ordem de Cavalaria outra coisa não é do que a Ordem do Templo: o Hábito, a Regra, a Comenda, o Instituto, são as mesmas, e os Arquivos da Ordem de Cristo, em Tomar, contêm ainda abundante cópia de documentos templários autênticos e curiosos. A Ordem do Templo sempre reconheceu os Cavaleiros de Cristo, não como a própria Ordem, mas como um ramo legítimo da Ordem, e os Estatutos Gerais de DLXXXVI não exigem mais do que uma simples formalidade ou declaração para regularizar esses cavaleiros e admiti-los no templo.»
 Alexandre Ferreira citado por Sampaio Bruno em Plano de um livro a fazer -
Os Cavaleiros do Amor, ou a Religião da Razão.

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Os Templários constituem ainda hoje uma das mais misteriosas ordens militares da história. Não obstante o facto de muito o que se conta a seu respeito ser fruto da fantasia, do mito e da imaginação, é incontestável a notoriedade desta instituição medieval e a sua capacidade de suscitar o interesse junto do grande público para a sua história.  
É nessa perspectiva que se realizará no próximo dia 15 de Dezembro, pelas 10:30, o encontro Os Templários em Debate. O programa compreende a apresentação do centro de estudos Studium Cistercium et Militarium Ordinum e o lançamento do livro A extinção da Ordem do Templo. Trata-se de uma edição comemorativa dos 700 Anos da Extinção da Ordem do Templo, cabendo ao Professor Carlos de Ayala Martínez (Universidade Autónoma de Madrid) a honra desta apresentação. No final, haverá uma mesa-redonda seguida de debate com a presença dos autores.
Este evento terá lugar no Convento de Cristo, em Tomar, sendo a inscrição no mesmo gratuita e acessível a todos os interessados.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Trolhamento dos 33 Graus do Rito Escocês Antigo e Aceite

«A Maçonaria compões-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elemento fraternal ; e o elemento que chamarei humano - isto é, o que resulta de ela ser composta por diversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de ela existir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico, perante as quais, de país para país e de época para época, reage, quanto a atitude social, diferentemente.»
Fernando Pessoa em A Maçonaria

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A maçonaria foi sempre tratada com bastante respeito pelo poeta e pensador Fernando Pessoa. O seu interesse levou-o a dedicar muitas páginas de escrita, assim como bastante tempo na leitura de obras dedicadas a esta temática. É hoje praticamente sabido que Pessoa jamais pertenceu a qualquer tipo de loja maçónica, havendo apenas a possibilidade de ter estado ligado a uma das entidades criadas e promovidas por Aleister Crowley, ou ainda, na melhor da hipóteses, ter tentado criar ele mesmo a sua própria loja, inspirada na tradição das ordens Templária e de Cristo. Torna-se por isso fundamental conhecer de perto as leituras e fontes consultadas por Pessoa relativas a este assunto. Só através desta hermenêutica é que podemos ser capazes de acompanhar de perto os trilhos do pensamento maçónico do nosso icónico poeta.
A editora São Rozas, lançou recentemente a obra Trolhamento dos 33 Graus do Rito Escocês Antigo e Aceite, um manual de maçonaria lido, sublinhado e anotado por Fernando Pessoa aquando das suas pesquisas. Publicado agora com um prefácio e organização de Miguel Roza, editor da São Rozas e sobrinho neto do poeta, esta obra veio tornar-se em mais um importante subsídio ao estudo da relação de Pessoa com a maçonaria.
Distribuído pela Documenta, este livro será apresentado por Félix Lopes no próximo dia 13 de Dezembro, pelas 18:30, no El Corte Inglés de Lisboa. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Fim de Império

Na edição de ontem do semanário O Diabo podemos ler um interessante ensaio literário de Bruno Oliveira Santos relativo ao mais recente livro de Jaime Nogueira Pinto - Novembro. Publicado pela Esfera dos Livros, este romance tem suscitado uma enorme curiosidade e interesse por parte do grande público, da crítica literária e, em particular, de todos aqueles que se revêem no enredo desta obra. Vale a pena ler, tanto o livro, como o artigo que hoje partilhamos. 

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sábado, 1 de dezembro de 2012

Portugal, a terra e a sua beleza primordial

Em dia de Restauração, nós que amámos incondicionalmente Portugal, propomos uma redescoberta das nossas raízes mais profundas e matriciais. Aquelas que nos alimentaram através dos tempos, permitindo-nos endurecer e fortalecer o carácter, as vontades e o querer de sermos um povo, uma cultura, uma civilização. 
Portugal teve um berço esculpido pela mão do Criador. A natureza. Por isso mesmo, devemos hoje redescobrir esse legado, preservando-o e tomando-o como o mais sagrado de todos.
No vídeo que partilhamos podemos observar a beleza natural de alguns locais do nosso Portugal. Em particular a Serra de Sintra, Serra da Lousã, Serra de Montesinho, Serra da Estrela, Rio Zêzere, Rio Tuela, Rio Douro, Tejo Internacional, Reserva da Faia Brava, Estuário do Tejo e Costa Vicentina. Esta é obviamente apenas uma pequena amostra da nossa diversidade, beleza e riqueza natural, ficando muito mais ainda por mostrar. Ainda assim, estas imagens permitem-nos redespertar para a nossa maior riqueza e o nosso mais valioso património - a nossa terra. 

Vídeo promocional do património natural português realizado
pelo colectivo aidnature.org.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

'Operação Outono', um olhar sobre a conspiração

John Ventimiglia, actor da famosa série Sopranos é o General Humberto Delgado. 

Num espaço de aproximadamente dois meses, estrearam nas salas de cinema nacionais, três filmes portugueses dedicados a temas ligados à nossa história. Operação Outono, dirigido por Bruno de Almeida, mais conhecido do âmbito do cinema documental, foi o último a chegar às salas, relatando-nos uma das perspectivas mais comummente aceites acerca dos acontecimentos que envolveram a morte do General Humberto Delgado.
Independentemente de gostar-se ou não do enredo, criado segundo uma das interpretações feitas a partir dos factos históricos, este filme, não sendo uma obra-prima da sétima arte, contém alguns aspectos e momentos de altíssimo nível. Referimo-nos nomeadamente às representações de José Nascimento, no papel de Barbieri Cardoso, Diogo Dória, encarnando Mário de Carvalho e, por fim, o fadista Camané, numa surpreendente actuação enquanto António Semedo, um guarda fronteiriço com ligações à rede de informadores da PIDE. Claramente evidentes, os parcos recursos para a realização deste filme são em certa medida colmatados através de uma conseguida ambiência de inspiração conspirativa, decorrente ao longo de toda a acção e para a qual muito contribuiu a participação dos Dead Combo, responsáveis pela interessantíssima banda sonora que nos recorda os míticos compositores dos clássicos do cinema italiano de máfia e conspiração.
A escolha de John Ventimiglia para o papel de Humberto Delgado parece-nos uma escolha menos conseguida. O conhecido actor da série Sopranos aparenta ser bastante mais novo do que o general português era na realidade aquando dos factos retratados, sendo que a dobragem feita por cima da sua voz também não abona muito em favor da qualidade da sua prestação. Já Carlos Santos que interpreta o papel de Rosa Casaco é caracterizado de forma inversa, ou seja, aparentando ser mais velho do que aquilo que o controverso inspector era na realidade.
Não obstante a forma clara como transparece a incompatibilidade ideológica de Delgado com os traidores de Argel – socialistas e comunistas – Operação de Outono acaba por os ilibar da morte do general, sendo as culpas inteiramente atribuídas a uma célula independente da PIDE. Organização cujos funcionários são neste filme estigmatizados e politicamente apresentados de forma tendenciosa e pouco abonatória como rudes, mal-educados, incompetentes e, em geral, muito pouco inteligentes.

Trailer de Operação Outono, um filme de Bruno de Almeida sobre
o assassinato do General de Humberto Delgado.

domingo, 25 de novembro de 2012

Pensamento, Memória e Criação no Primeiro Centenário da Renascença Portuguesa (1912-2012)

«Renascer é regressar às fontes originárias da vida, mas para criar uma nova vida (...) O passado é indestrutível ; é o abismo, a treva, onde o homem mergulha as raízes do seu ser, para dar à nova luz do futuro a sua flor espiritual.»
Teixeira de Pascoaes em Renascença

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O Movimento da Renascença Portuguesa – que este ano celebra o seu centésimo aniversário – representou um dos principais esforços para uma refundação cultural de Portugal durante a primeira metade do século XX. A vasta intervenção deste movimento na sociedade portuguesa reflectiu, sobretudo através do seu órgão de expressão oficial, a histórica revista A Águia, a crença e a vontade expressa por uma significativa parte da elite intelectual nacional, de encontrar o caminho para uma outra república, distinta daquela implantada em 1910. Já então entendida como estrangeirada e longe de representar a tradição, os valores e desígnios históricos da pátria e raça portuguesas. O crescente interesse verificado por este movimento, assim como pelos inúmeros autores a ele associado, têm levado vários investigadores a estudá-lo, tanto em Portugal, como no estrangeiro, nomeadamente no Brasil e em Espanha, em particular na região da Galiza.
De modo a comemorar esta efeméride, terá lugar o Congresso Internacional Pensamento, Memória e Criação no Primeiro Centenário da ‘Renascença Portuguesa’ (1912-2012), a realizar-se entre os dias 29 e 30 de Novembro e o dia 1 de Dezembro, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Universidade Católica do Porto e, por fim, na Casa das Artes de Amarante. Organizado pelo Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, este colóquio é apoiado por uma ilustre comissão de científica, apresentando uma lista de oradores constituída por nomes tão distintos como António José de Brito, Pinharanda Gomes, António Braz Teixeira, Paulo Borges, Joaquim Domingues, Celeste Natário, Ernesto Castro Leal, António Cândido Franco, Manuel Cândido Pimentel, Isabel Ponce de Leão, Miguel Real, José Almeida, Samuel Dimas, Renato Epifânio, Duarte Braga, entre outros.
Para inscrições, mais informações ou esclarecimentos, dever-se-á contactar o secretariado do congresso através do endereço de correio electrónico geci@letras.up.pt, ou através do telefone 22 60 77 105.

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Rio da Memória: Arqueologia no Território do Leça

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Decorrerá no próximo dia 24 de Novembro, pelas 15:30, no Auditório Irene Vilar do Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, a apresentação da obra O Rio da Memória: Arqueologia no Território do Leça. Publicado pela Câmara Municipal de Matosinhos, este livro serve de catálogo à grande exposição itinerária sobre a arqueologia nas margens do Leça que percorreu todos os concelhos com ligação histórico-geográfica àquele rio. Esta apresentação ficará marcada pela realização de uma mesa-redonda constituída por Assunção Araújo, Armando Coelho Ferreira da Silva, Álvaro Brito e Ricardo Teixeira, aproveitando-se ainda para inaugurar a exposição O Castêlo de Guifões: um porto comercial há 2000 anos e abrir a Feira do Livro Municipal de Matosinhos de 2012.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Homenagem a Dalila L. Pereira da Costa

«Ó nostálgicas ilhas perdidas, que enigma nos propõe vossos altos cones verdes na terra espalhados, moradas de mortos antigos e sua sabedoria calada?»
Dalila L. Pereira da Costa em Portugal Renascido

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O Instituto de Filosofia da FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), em parceria com o CNC (Centro Nacional de Cultura), organiza no próximo dia 20 de Novembro, pelas 18:00, no Palacete Visconde de Balsemão, no Porto, uma homenagem a Dalila L. Pereira da Costa, figura maior do Pensamento e Cultura pátrias, desaparecida no início do corrente ano. O Professor Paulo Ferreira da Cunha ficará encarregue do discurso de homenagem que será antecedido pela intervenção de Guilherme Oliveira Martins, presidente do CNC, a propósito da criação da Associação de Filosofia e Culturas de Língua Portuguesa. Este encontro será realizado no âmbito das celebrações do centenário do Movimento da Renascença Portuguesa.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Aristides de Sousa Mendes: uma fraude histórico-consular!

Vítor Norte representa o papel de Aristides de Sousa Mendes.

Rodado em 2011, Aristides de Sousa Mendes – O Cônsul de Bordéus, foi pela sua temática um filme bastante aguardado pelo público nacional. A recente “criação” desta personalidade histórica, apelidada em boa-fé como o “Schindler português”, despertou o interesse para aquela obscura figura que, da noite para o dia, saltou para a ribalta em virtude de ter, supostamente, salvo a vida a 30000 almas durante a II Guerra Mundial, não obstante ter colocado em risco a neutralidade portuguesa naquele conflito, ou a própria sobrevivência de Portugal enquanto nação soberana.
Realizado por João Correa e Francisco Manso, este filme acabou por ver a sua estreia adiada durante a primeira metade deste ano, chegando só agora às salas portuguesas. As filmagens centraram-se sobretudo na região do Minho, nomeadamente na cidade de Viana do Castelo. A publicidade feita a alguns dos espaços nobres da cidade é bastante evidente, como se a justificar uma base de apoios e patrocínios à semelhança do que acontece com as produções de telenovelas mais amadoras, ou de baixo orçamento. O modo como surgem certos planos, mostrando locais como a Pousada de Santa Luzia, Praça da República, Teatro Municipal Sá de Miranda e até o famoso restaurante 3 Potes, leva este filme a roçar os limites do mau telefilme.
Acerca das representações e caracterizações das personagens pouco de bom poderemos acrescentar. Assemelhando-se a uma transposição do filme A Lista de Schindler para um teatro de escola, o enredo ficcional que abraça esta fantasia histórica é notoriamente fraco e pouco elaborado, tornando-se previsível e quase infantil.
Tudo parece pequeno e medíocre no Cônsul de Bordéus, um filme de fugir que em nada prestigia o cinema português contemporâneo.


Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Recordar Amadeo de Souza-Cardoso nos 125 anos do seu nascimento

Amadeo de Souza-Cardoso foi um dos mais influentes artistas do modernismo português. Apesar da sua carreira ter sido temporalmente curta, a obra que o pintor e desenhador amarantino nos legou conquistou uma larga notoriedade nacional e internacional. Tento acompanhado as várias vanguardas artísticas emergentes na sua época, foi capaz de nunca deixar de surpreender a crítica. O seu reconhecimento internacional reflecte-se não apenas pelas inúmeras obras que o artista nunca teve problemas em vender, mas também pelas várias exposições internacionais em participou, tanto na Europa, como nos Estados Unidos da América e Canadá. Hoje, no 125.º aniversário do nascimento de Amadeo de Souza-Cardoso, o Google decidiu comemorar o nome desta importante figura da arte portuguesa e mundial com mais um belíssimo doodle.

Doodle evocativo do 125.º aniversário do nascimento de
Amadeo de Souza-Cardoso.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Percurso pedestre pelos trilhos da beata Mafalda

«Em terras dos vales do Sousa, Tâmega e Douro, no coração do Norte de Portugal, ergue-se um importante património arquitectónico de origem românica. Traços comuns que guardam lendas e histórias nascidas com a fundação da Nacionalidade e que testemunham o papel relevante que este território outrora desempenhou na história da nobreza e das ordens religiosas em Portugal.»
Excerto do texto de apresentação da Rota do Românico.

(Clicar na imagem para ampliar.)

O pedestrianismo é uma modalidade em franca expansão entre os portugueses. Aliando a actividade física ao contacto com o património natural e cultural, constitui hoje uma inteligente forma das autarquias darem melhor a conhecer todas as suas potencialidades e ofertas, tanto às populações locais como a outras pessoas exteriores à comunidade. Pensando nesta realidade, a Rota do Românico decidiu organizar mais uma caminhada temática, revisitando uma parte do património que a constitui. Este passeio pedestre de dificuldade moderada, a realizar a partir do concelho de Penafiel, levará os participantes a percorrerem vários períodos históricos, entre a Pré-História e a Idade Média, pelos trilhos da beata Mafalda, filha de D. Sancho I - uma personalidade da maior importância para a região durante o período da fundação da nacionalidade.
Para mais informações e inscrições nesta caminhada, visite-se a página oficial da Rota do Românico em: www.rotadoromanico.com.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Um quebra-cabeças chamado (des)acordo ortográfico

Volvida mais de uma década sobre a introdução em Portugal das imbecilidades televisivas conhecidas por reality shows, eis que pela primeira vez um desses programas degenerativos mostra algo de interessante e útil a toda a comunidade. Ainda que breve, durando menos de dois minutos, este histórico momento de lixo-televisivo contemporâneo aconteceu no programa Secret Story 3, quando quatro dos seus concorrentes resolveram discutir o malfadado (des)acordo ortográfico. A desenvoltura intelectual dos participantes do concurso televisivo, praticamente nula, parece ainda assim sobrepor-se à dos "doutos senhores da língua", vendilhões do templo, infiéis pregadores do culturicídio linguístico levado a cabo por este (des)acordo ortográfico. Vale a pena ver e partilhar. 
Agradecemos à plataforma Desacordo Técnico pela divulgação deste vídeo. 

Secret Story 3, um quebra-cabeças chamado (des)acordo ortográfico.

sábado, 10 de novembro de 2012

Sétima Legião - Porto

«O caminho faz-se caminhando, costuma dizer-se. E foi exactamente isso que os Sétima Legião fizeram: criaram de raiz um património num terreno ermo onde antes nada existia.»
Gonçalo Frota em Bandas Míticas: Sétima Legião

Pedro Oliveira num dos concertos que
marcaram o regresso dos Sétima Legião.

Os Sétima Legião tornaram-se numa das bandas mais influentes do chamado "rock português". Apesar de terem surgido já na segunda fase deste "movimento", o colectivo lisboeta cedo acabou por conquistar um lugar na história da pop nacional. Conjugando elementos tradicionais com o então designado "som da frente", os Sétima Legião calcorrearam os trilhos de outras bandas como os Heróis do Mar, ou os GNR, acabando por desbravar os seus próprios caminhos, conquistando o seu lugar na História. 
Mesmo sendo originários de Lisboa, os Sétima Legião mantiveram sempre uma excelente relação com a Invicta. Assim, inspirado neste laço, surge agora o livro Sétima Legião - Porto. Esta obra, da autoria de João Francisco Vilhena, contendo textos de Nuno Miguel Guedes, será hoje apresentada na FNAC de Santa Catarina, no Porto, pelas 18:00 e, poucas horas depois, às 21:30, na FNAC do GaiaShopping, em Vila Nova de Gaia. Este evento contará ainda com a presença do autor e de alguns elementos da banda. Não perca! 


Sétima Legião numa apresentação televisiva do tema Reconquista.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Poesia, Ontologia e Tragédia em Fernando Pessoa

«Fernando Pessoa (1888-1935), uno de los creadores literarios más importantes, del siglo XX, no és sólo un literato. Su pluralidad creadora y sus múltiples facetas hacen de él un creador múltiple ligado a la Ciencia, la Religión, la Política, el Esoterismo y cómo no a la Filosofia. Estudiante de Filosofía en su "tercera adolescencia", recién llegado a Lisboa desde Durban, su pásion por la filosofía permanecerá siempre en él ligada primero al deseo de verdad metódica y posteriormente a un ímpetu filosófico, asistemático y literario, pero no por ello menos valioso.»

Capa do mais recente trabalho do investigdor
espanhol Pablo Javier Pérez López.

Apresentada na capital catalã em vésperas do colóquio internacional Fernando Pessoa en Barcelona, ocorrido no passado mês de Outubro, a obra Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa de Pablo Javier Pérez López convida-nos a uma curiosa análise crítico-interpretativa do poeta e pensador português. Com um prefácio de Jerónimo Pizarro, este livro encontra-se disponível pela Editorial Manuscritos, apontando interessantes proximidades entre Fernando Pessoa, Friedrich Nietzsche, Jorge Luis Borges, entre outros.
O crescente interesse em Fernando Pessoa, não apenas na sua obra, mas também na sua própria vida, tem vindo a alicerçar o carácter icónico deste nosso autor e pensador. Sendo hoje uma referência mundial dentro das várias correntes literárias modernistas do século XX, torna-se natural a multiplicação dos estudos críticos que se têm registado um pouco por todo o mundo. Pessoa, para além de figura cimeira da cultura nacional é hoje um autor cosmopolita e universal. Uma personalidade essencial e incontornável para a compreensão da esfera poético-literária e filosófico-cultural do mundo ocidental contemporâneo.
Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa, dá-nos a conhecer mais um Fernando Pessoa, através da análise à forma como o autor português conjugava o pensar com o poetizar, rompendo com as aparentes fronteiras existentes entre a Filosofia e a Poesia. O autor desta obra procura também demonstrar o modo como Pessoa aceitou alegremente “a tragédia de ter que fingir para dizer a verdade e conquistar o impossível”. Dividido em doze capítulos, este livro aborda questões como o pensamento poético português e peninsular, a inspiração filosófica do pensamento pessoano e o amor à verdade, a superação do lirismo através de uma metafísica poética, a categorização de Fernando Pessoa enquanto “poeta-pensador”, o sensacionismo, o pensamento trágico, as chaves filosóficas para o fenómeno heteronímico, o pessimismo, cepticismo e tristeza, o pensar poético, a metafísica e a loucura, a matriz ontológica do universo pessoano, ou a vontade de infância. Fruto de um minucioso trabalho de análise e investigação, Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa reflecte todo o cuidado e rigor do seu autor, resultando num dos mais interessantes ensaios pessoanos publicados durante o corrente ano.
Pablo Javier Pérez López é natural de Valladolid, cidade onde estudou e se doutorou em Filosofia. O seu interesse pela investigação levou-o a passar alguns períodos na Universidade de Lisboa e na UNICEN, na Argentina, acabando por adoptar como suas áreas temáticas de eleição a dialéctica poético-filosófica, a questão da infância, a vontade, o pensamento trágico e a filosofia da Cultura Portuguesa. Acerca deste tema aprofundou essencialmente a vida e obra de Fernando Pessoa, sendo membro da equipa que edita as obras do autor português publicadas pela Ática. Juntamente com Fernando Calderón Quindós foi também organizador de El pensar poético de Fernando Pessoa, uma antologia de ensaios pessoanos prefaciados por José Saramago. Como podemos observar em Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa, Pablo Javier Pérez López, é um nome a reter e considerar dentro do panorama internacional dos novos investigadores pessoanos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Novembro

«Novembro não é um livro de História, é um romance que se lê como um romance, um xadrez de personagens, lugares, paixões, segredos, intrigas. E também a memória de um Portugal desaparecido. Em Novembro tudo acaba: O Império, a Revolução e os sonhos dos que, dos dois lados, não ficaram no meio e deram tudo por tudo.»
Excerto da nota de imprensa da obra Novembro

(Clicar na imagem para ampliar.)


Novembro é o título do recém-publicado romance de Jaime Nogueira Pinto que agora, pela primeira vez, embarca também na grande aventura da literatura. Nesta obra de ficção, o seu autor reporta-nos para um outro Portugal, perdido nos idos dos anos 1970, contando-nos uma história com a qual muito certamente se identificarão algumas pessoas que, tal como Jaime Nogueira Pinto, estariam na casa dos vinte anos por ocasião do fatídico 25 de Abril de 1974. Publicado pela Esfera dos Livros, este livro terá o seu lançamento oficial amanhã, dia 8 de Novembro, pelas 18:30, no Café Império, em Lisboa, ficando a sua apresentação a cargo de Vasco Graça Moura.
Um livro e um evento a não perder.