«O rei Dionísio de Portugal, julgando necessário conservar no meio-dia da Europa uma instituição cavaleiresca tão útil à cristandade como o era a Ordem do Templo, reuniu, após 1312, os Cavaleiros do Templo, pertencentes aos reinos de Portugal e dos Algarves, aos quais se juntaram alguns Cavaleiros espanhóis, e com eles formou a Ordem de Cristo. Esta nova Ordem de Cavalaria outra coisa não é do que a Ordem do Templo: o Hábito, a Regra, a Comenda, o Instituto, são as mesmas, e os Arquivos da Ordem de Cristo, em Tomar, contêm ainda abundante cópia de documentos templários autênticos e curiosos. A Ordem do Templo sempre reconheceu os Cavaleiros de Cristo, não como a própria Ordem, mas como um ramo legítimo da Ordem, e os Estatutos Gerais de DLXXXVI não exigem mais do que uma simples formalidade ou declaração para regularizar esses cavaleiros e admiti-los no templo.»
Alexandre Ferreira citado por Sampaio Bruno em Plano de um livro a fazer -
Os Cavaleiros do Amor, ou a Religião da Razão.
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Os Templários constituem ainda hoje uma das mais misteriosas ordens militares da história. Não obstante o facto de muito o que se conta a seu respeito ser fruto da fantasia, do mito e da imaginação, é incontestável a notoriedade desta instituição medieval e a sua capacidade de suscitar o interesse junto do grande público para a sua história.
É nessa perspectiva que se realizará no próximo dia 15 de Dezembro, pelas 10:30, o encontro Os Templários em Debate. O programa compreende a apresentação do centro de estudos Studium Cistercium et Militarium Ordinum e o lançamento do livro A extinção da Ordem do Templo. Trata-se de uma edição comemorativa dos 700 Anos da Extinção da Ordem do Templo, cabendo ao Professor Carlos de Ayala Martínez (Universidade Autónoma de Madrid) a honra desta apresentação. No final, haverá uma mesa-redonda seguida de debate com a presença dos autores.
Este evento terá lugar no Convento de Cristo, em Tomar, sendo a inscrição no mesmo gratuita e acessível a todos os interessados.
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