Completam-se hoje 156 anos desde o desaparecimento de Almeida Garrett, um dos principais intelectuais do século XIX português.
Nascido no Porto a 4 de Fevereiro de 1799, Garrett assumiu-se como um elemento chave da estética romântica em Portugal, encontrando-se a sua personalidade associada a episódios marcantes da nossa vida cultural e política. Não obstante o seu condenável posicionamento liberal, de influência estrangeirada, é inegável o peso do legado de Almeida Garrett nas artes e letras portuguesas. Das reformas do teatro à sua extensa produção intelectual, este vulto da sociedade portuguesa letrada e cultivada do século XIX pautou-se sempre pelo idealismo e princípios pelos quais se regia, não se deixando no entanto cegar pelos dogmas das correntes políticas que perfilhava. Dotado de um extraordinário sentido de justiça, à semelhança de Alexandre Herculano, Almeida Garrett insurgiu-se também contra a forma como parte do clero havia sido votado à pobreza extrema e aos maus tratos generalizados, aquando da extinção das Ordens Religiosas e respectiva nacionalização dos seus bens.
Autor compulsivo, destacou-se pela longa bibliografia que nos legou, destacando-se os seus trabalhos nas áreas da literatura, poesia, dramaturgia, ensaio, política, entre outros.
Almeida Garrett faleceu em Lisboa a 9 de Dezembro de 1854, tendo sido considerado pela crítica literária do século XIX como o maior escritor português depois de Luís Vaz de Camões.
Nascido no Porto a 4 de Fevereiro de 1799, Garrett assumiu-se como um elemento chave da estética romântica em Portugal, encontrando-se a sua personalidade associada a episódios marcantes da nossa vida cultural e política. Não obstante o seu condenável posicionamento liberal, de influência estrangeirada, é inegável o peso do legado de Almeida Garrett nas artes e letras portuguesas. Das reformas do teatro à sua extensa produção intelectual, este vulto da sociedade portuguesa letrada e cultivada do século XIX pautou-se sempre pelo idealismo e princípios pelos quais se regia, não se deixando no entanto cegar pelos dogmas das correntes políticas que perfilhava. Dotado de um extraordinário sentido de justiça, à semelhança de Alexandre Herculano, Almeida Garrett insurgiu-se também contra a forma como parte do clero havia sido votado à pobreza extrema e aos maus tratos generalizados, aquando da extinção das Ordens Religiosas e respectiva nacionalização dos seus bens.
Autor compulsivo, destacou-se pela longa bibliografia que nos legou, destacando-se os seus trabalhos nas áreas da literatura, poesia, dramaturgia, ensaio, política, entre outros.
Almeida Garrett faleceu em Lisboa a 9 de Dezembro de 1854, tendo sido considerado pela crítica literária do século XIX como o maior escritor português depois de Luís Vaz de Camões.
«Se sou feito assim, meu Deus, e assim hei-de morrer!
Viemos para Portugal; e o resto agora da minha história sabes tu.
Cheguei por fim ao nosso vale, todo o passado me esqueceu assim que te vi. Amei-te... não, não é verdade assim. Conheci, mal que te vi entre aquelas árvores, à luz das estrelas, conheci que era a ti só que eu tinha amado sempre, que para ti nascera, que teu só devia ser, se eu ainda tivera coração que te dar, se a minha alma fosse capaz, fosse digna de juntar-se com essa alma de anjo que em ti habita. (...)
Eu sim tinha nascido para gozar as doçuras da paz e da felicidade doméstica; fui criado, estou certo, para a glória tranquila, para as delícias modestas de um pai de família.»
Excerto de Viagens na Minha Terra de Almeida Garrett.
Almeida Garrett, escritor e dramaturgo romântico português, falecido a 9 de Dezembro de 1854, representado numa litografia do século XIX da autoria de Pedro Augusto Guglielmi. |
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