sexta-feira, 17 de junho de 2011

Portugal e o XIX governo constitucional

«Tomar consciência de si mesmo, das suas virtualidades e do sentido que preside à identidade própria é condição para que um povo se torne protagonista do seu destino.»
Joaquim Domingues em De Ourique ao Quinto Império.


Foi hoje oficialmente apresentado o XIX governo constitucional, seja lá isso o que for. Uma vez mais o poder político encontra-se desajustado e desfasado dos verdadeiros interesses nacionais, como um cadáver que há muito apodrece entre os vivos, envenenando-os, alastrando os seus malefícios aos vários órgãos vitais de um corpo espiritual comum.
Os princípios positivistas e materialistas impostos por este actual regime republicano jacobino, triste herdeiro dessa vil I República que quase nos destruiu, impede a realização espiritual dos portugueses, enganados, iludidos, enxovalhados e escravizados por um sistema que os consome a mente, corpo e espírito. A mentira capitalista, longe de ser melhor do que o embuste comunista, absorve todas as energias à Pátria, cansando-a, fustigando-a, pilhando-a, roubando-a e humilhando-a, estrangulando o acesso a outros mundos, localizados para lá dos domínios da percepção, conforme referiu António Telmo em 1963 na sua primeira obra, intitulada Arte Poética.
O desaparecimento do Ministério da Cultura e a entrega, uma vez mais, da tutela de importantes ministérios como Saúde ou Educação às mãos de tecnocratas mercenários ao serviço da banca e finança internacional reflecte bem o estado de sítio a que Portugal chegou, sem que a maior parte das pessoas sequer se apercebesse que o seu presente e o seu futuro foi há muito substituído pelo lucro de terceiros. Portugal não é, nem nunca foi um conjunto de números ou estatísticas, muito menos uma pátria de escravos, pelo que nos cabe a nós legar um idêntico futuro aos vindouros. Recordado que triste do país que descura a sua Cultura, a sua História, a sua Arte, a sua Tradição e o bem-estar dos seus concidadãos, apelamos, uma vez mais, ao esforço dos vivos, isto é, dos autênticos e verdadeiros portugueses, para a realização dessa missão sagrada de devolver a Portugal esse escol, capaz de desbloquear o infinito potencial encerrado no nosso inconsciente colectivo, esse relicário da alma do Homem Português.

Portugal, desperta!

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