O jornal Público divulgou há dois dias atrás, numa das
suas secções digitais intitulada Ecosfera,
a existência de um projecto de investigação científica que visa o desvendamento
de alguns segredos relativos a uma das mais características aves marítimas do Arquipélago dos Açores, a calonectris diomedea. Mais conhecido por
cagarro ou cagarra, esta ave, outrora abundante em toda a região açoriana,
encontra-se hoje protegida em virtude das múltiplas ameaças que enfrenta.
De modo a aprofundar os
conhecimentos acerca deste animal, a Sociedade
Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) anunciou a realização de uma
experiência única a nível mundial que consiste na introdução de uma câmara de
filmar num ninho de cagarros captando, 24 horas por dia, imagens do seu
processo de nidificação. Algo até agora praticamente desconhecido por grande
parte da comunidade científica internacional.
Uma das principais curiosidades
desta iniciativa promovida pela SPEA, em parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), Câmara Municipal do Corvo e a Royal Society for the Protection of Birds (RSPB), ao abrigo do programa LIFE - Ilhas Santuário para as Aves Marinhas, destaca-se pelo facto de qualquer pessoa no mundo poder
aceder às imagens desse ninho em tempo real, através de uma simples visita a http://cagarro.spea.pt.
Trata-se de uma excelente
oportunidade para a comunidade científica promover junto do grande público uma
maior sensibilidade e consciência para a protecção ambiental e ecológica, salvaguardando-se de igual modo a enorme biodiversidade existente em Portugal.
Calonectris diomedea, também conhecido por pardela-de-bico-amarelo, cagarro ou cagarra, é uma ave marítima ameaçada, característica das ilhas dos açorianas. |
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