segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Definição da Nação Portuguesa hoje, como há 80 anos

Numa altura de difícil compreensão quotidiana para todos os que ainda merecem ser chamados de Portugueses, devemos relembrar as sábias palavras do último dos líderes providenciais, Dr. António de Oliveira Salazar. Assim, em forma de parábola afirmamos a viva voz nesta época de nevoeiro que, no tempo do nosso saudoso Presidente do Conselho, a Pátria e a sua Essência Sagrada não eram passíveis de discussão, os interesses Nacionais imperavam sobre todo e qualquer tipo de pressões, Portugal responsabilizava-se pela sua Sagrada Missão, o Povo aspirava a viver e realizar os seus sonhos, o Estado era um Bom Pai e não um mau padrasto, existia justiça, rigor, crescimento e desenvolvimento sustentável. Portugal era, acima de tudo, um Estado livre e soberano. 
Hoje, entregues às mãos sujas de mercenários assassinos, ladrões, proxenetas e agiotas de baixo calibre, assistimos à subversão de valores e princípios ancestrais segundo os quais nos edificamos. Acompanhamos em directo a venda de Portugal a retalho, numa tentativa desesperada de encobrir 76 anos de tirânica incompetência governativa, mutilação Pátria e castração do que lhe é mais valoroso, ou seja, as suas gentes.
Chegou o momento derradeiro. Há que calar as venenosas vozes da mentira, despertar o povo adormecido e reerguer Portugal. 

Dr. António de Oliveira Salazar.
«Na nossa ordem política, a primeira realidade é a existência independente da Nação Portuguesa, com o direito de possuir fora do Continente europeu, acrescendo à sua herança peninsular, por um imperativo categórico da História, pela sua acção ultramarina em descobertas e conquistas, e pela conjugação e harmonia dos esforços civilizadores das raças, património marítimo, territorial, político e espiritual abrangido na esfera do seu domínio ou influência.
Desta forte realidade e desta primeira afirmação outras derivam imediatamente: a primeira é que estão subordinados aos supremos objectivos da Nação, com seus interesses próprios, todas as pessoas singulares e colectivas que são elementos constitutivos do seu organismo; em contraposição e garantia da eficácia superior deste sacrifício afirma-se também que a Nação não se confunde com um partido, um partido não se identifica com um Estado, o Estado não é na vida internacional um súbdito mas um colaborador associado. Em palavras mais simples: temos obrigação de sacrificar tudo por todos, não devemos sacrificar-nos todos por alguns.
Tão evidentes e naturais são estes princípios que defini-los pode parecer uma superfluidade. Mas a quem considerar algumas das ideologias que estão tendo o favor do nosso tempo, tais pontos de partida hão-de aparecer como a primeira necessidade do nosso direito público. São-no na vida interna como princípio informador da nossa actividade e clara afirmação de todo o nosso destino, perante nós próprios, enfraquecidos na unidade nacional pelo espírito do partido, roídos nos interesses materiais pelo espírito do parasitismo e de favor. São-no diante do mundo em época de intensa vida e colaboração internacional e eivada de vários internacionalismos e cosmopolitismos, e são-no ao menos nos momentos decisivos em que daí possam provir ameaças, restrições, negações dos nossos títulos jurídicos.
Formou-se o País quase num jacto, desde que se fez a reconquista deste canto da Península, e as nossas fronteiras, inalteráveis desde séculos, não foram fixadas a expensas de qualquer outra nação europeia. Subtrai-nos este facto às competições históricas das conquistas e desforras, permitindo se afirme mais pura a força moral da nossa independência e também da nossa expansão, desde que, firmada a base peninsular, passámos os mares para o alargamento do nosso domínio e manifestação mundial do nosso génio civilizador. Está aí, ingénua, natural, a substância deste nacionalismo, que tem de ser a alma da conservação, renascimento e progresso de Portugal.
» 
Extracto de um discurso de António de Oliveira Salazar, proferido a 30 de Julho de 1930.

1 comentário:

  1. Há quem diga que a história se repete, outros que não, prefiro a primeira e oxalá que sim. Aquando do bambúrrio da 1ª República Portugal não estivemos bem, nem poderíamos estar, com tanta indigência intelectual dos seus mentores, até governos de cinco minutos tivemos, mas teve um fim. Foi quando apareceu Salazar, o homem que disse; SEI MUITO BEM O QUE QUERO E PARA ONDE VOU, e foi mesmo, Portugal mostrou ao mundo, progresso e prosperidade. Foi então uma mudança na mais de duas décadas de insanidade e despotismo. Foi, digo eu, a enclítica República, denominada Estado Novo, porque quando se coloca a sabedoria e a competência ao serviço do bem comum os bons resultados emergem.
    Se de facto a história se repetir, o que eu espero, este suceder de (in) governos deve estar a chegar ao fim. Já são três décadas. Ai, se não fossemos um povo de brandos costumes. Então, creio, aparecerá alguém (providencial) que levará Portugal a brilhar como outrora (Serei visionário?) mas, não será alguém destes partidos nem neles enfeudado, (penso eu), é só ouvir o que dizem e as soluções que apresentam para se ver que não se preocupam pela forma como está o país, mas sim pelos seus interesses, falam para eleitor ouvir. Não é tempo de propaganda, agora é tempo de apresentar soluções, mas soluções e não atribulações. Sendo este governo mau, a oposição não é melhor.
    Aquilo que no teu texto, parece imprecações, se, fizermos atenta análise e vendo a forma em que encontramos, conclui-se que é a melhor maneira de adjectivar a situação actual,
    A todas estas infelizes realidades é preciso RAZALAS.
    Para que depois possamos dizer. Na nossa ordem política, a primeira realidade é a existência independente da Nação Portuguesa.
    Isto não é saudosismo ou sebastianismo nem tão pouco acreditar que alguém ressuscite
    como dizia António Vieira sobre de D. João IV, é apenas a ânsia de um futuro melhor para o nosso país.

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