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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pseudalopex: Arte e inspirações de Haylane Rodrigues

«Pela via de sempre cada passo é novo.»
Rodrigo Sobral Cunha em Visitação dos sóis

Quando a arte e o talento se aliam ao Amor todas as barreiras e fronteiras parecem esbater-se. Os mundos aproximam-se, até os contíguos, e desta cumplicidade nascem sonhos com um espírito de permanente comunhão, criando-se pontes até ao infinito. Enceta-se assim um caminho para a sublimação e superação da própria individualidade, através do qual a Verdade se manifesta pela seguinte tetralogia portuguesa: Saudade, Paixão, Amor e Glória. De resto, isto foi o que aconteceu com a ilustradora brasileira Haylane Rodrigues que, desde a sua aproximação da cultura portuguesa, em finais de 2013, se viu abraçar com a atávica paixão de quem, por intermédio do espírito e do coração, regressa à sua matriz primordial, redescobrindo-se.
Nascida em 1990, Haylane Rodrigues é natural do Estado da Paraíba, no Nordeste do Brasil. Apesar da precocidade com que se manifestou o seu talento, nunca equacionou a possibilidade de um dia poder enveredar por uma carreira artística. Autodidacta de formação, bebeu fortes influências nos domínios da Filosofia, História, Literatura, Poesia, Mitologia, Zoologia e tradições populares. Fortemente enraizada na tradição nordestina e na ideia de um Sertão ideal, através do qual recebeu claros ecos da cultura clássica e portuguesa, consagrou sempre o seu coração e a sua arte ao mais elevado e puro sentido da beleza. A sua arte, “bela, moral e armorial”, reaviva a centelha da tradição e da virtude incluída naquela simplicidade natural, apenas característica entre os que possuem o talento de bem-fazer.
Entre 2014 e o presente ano, Haylane Rodrigues tem vindo a realizar uma série de trabalhos votados à cultura portuguesa, em particular no âmbito do retrato, revisitando personalidades como Sampaio Bruno, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa, Dalila Pereira da Costa, Carlos Eduardo de Soveral, entre outras. A sua notoriedade em Portugal advém desde logo das colaborações regulares com algumas publicações periódicas como, por exemplo, os jornais O Diabo e Diário do Minho, ou a revista Nova Águia, onde tem publicado alguns dos seus trabalhos. Tendo já ilustrado dois títulos do catálogo das Edições Réquila, as suas criações têm também figurado em inúmeros cartazes e convites para encontros ou eventos relacionados com a cultura portuguesa, ou o diálogo filosófico-cultural luso-brasileiro.
O crescente interesse desta artista pela cultura portuguesa, correspondido no interesse dos portugueses pela sua arte, abriu a possibilidade de expor a sua obra em Portugal, ainda durante este ano através da realização de duas exposições diferentes, previstas para as cidades do Porto e Lisboa. Até lá, poderemos acompanhar o trabalho de Haylane Rodrigues ou fazer encomendas, através do blogue do seu projecto Pseudalopex, visitável em http://pseuda-lopex.blogspot.com.

Templo de Diana, aguarela (2015). 

Sampaio Bruno, ilustração com arranjo gráfico de André Henriques (2014).

Teixeira de Pascoaes junto à Fonte dos Golfinhos, desenho a lápis (2014).

Fernando Pessoa, retrato em aguarela (2015).

Dalila Pereira da Costa, retrato em aguarela (2015).

Carlos Eduardo Soveral, retrato em aguarela (2015).


Mariana Alcoforado, retrato inacabado a lápis (2014). 

José Almeida, retrato em esferográfica (2014).

domingo, 26 de abril de 2015

A natureza política do primeiro modernismo português no centenário da revista Orpheu

Ao longo do corrente ano celebram-se inúmeros centenários associados a momentos altos da História de Portugal e da cultura portuguesa. Dos incontornáveis 600 anos da Conquista de Ceuta, marcando o início da Expansão Portuguesa, passando pelas efemérides ligadas ao primeiro centenário da morte de Sampaio Bruno, ou os 100 anos da publicação de obras marcantes e definidoras da cultura portuguesa, tais como Arte de Ser Português de Teixeira de Pascoaes e O Valor da Raça de António Sardinha, motivos não têm faltado para a realização de inúmeras publicações, encontro e debates.
Neste contexto, 2015 marca também a passagem dos primeiros 100 anos desde a publicação do primeiro número da revista modernista Orpheu, onde pontificaram os nomes de Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Luís de Montalvor, Ruy Coelho, António Ferro, entre outros. Um marco deveras importante para a cultura portuguesa do século XX, ao nível da arte, do pensamento, da intervenção político-social e da estética. 
A propósito de Orpheu, no passado dia 21 de Abril, na sua crónica habitual no semanário SOL, Jaime Nogueira Pinto destacou a «restauração dos sinais e valores da Memória e da Tradição e a recusa do optimismo e do progressismo» por parte da geração de Pessoa, Almada, Sá-Carneiro e seus companheiros do projecto Orpheu, lembrando que o nosso primeiro modernismo era de inspiração reaccionária, integrando-se num «nacionalismo activista e simbolista, expresso ou subentendido na forma e na inspiração da poesia e da crítica». Alertando-nos para as «lentes deformadoras do ressentimento ideológico», bem como para a falta de seriedade de grande parte dos investigadores actuais que procuram esconder a raiz político-ideológica dos nossos primeiros modernistas, Jaime Nogueira Pinto traçou um percurso bastante interessante da geração de Orpheu. Vale a pena ler.

(Clicar na imagem para aceder ao artigo.)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Biografia de Fernando Pessoa em destaque nas sugestões de livros para 2015 do jornal italiano Il Manifesto

Quando em 1988 Ángel Crespo publicou a sua obra La vida plural de Fernando Pessoa estava longe de adivinhar o sucesso e a importância que a mesma acabaria por alcançar. Para além da versão original, publicada em castelhano, este livro recebeu várias edições em português, alemão, neerlandês, entre outras línguas, revelando-se um marco importante no âmbito dos estudos pessoanos. 
Em Itália, esta biografia de Fernando Pessoa, cujo título foi traduzido como La vita plurale di Fernando Pessoa, foi publicada pela primeira vez em 1997, pela Antonio Pellicani Editore, tendo sido recentemente reeditada pela Bietti, na sua colecção l'Archeometro, dirigida por Andrea Scarabelli. Esta nova edição, uma vez mais organizada pelo conceituado lusitanista e investigador pessoano Brunello Natale De Cusatis, foi revista e aumentada com inúmeras notas que actualizaram e enriqueceram o seminal estudo do autor espanhol.
Depois dos lançamentos no Brasil e em Itália, aguarda-se também por uma apresentação desta edição em Portugal. A temática e a própria personalidade do biografado constituem factores de sucesso que levam, por exemplo, La vita plurale di Fernando Pessoa a ser considerado pelo jornal Il Manifesto como um dos 24 livros de leitura obrigatória em 2015. É exactamente essa nota publicada ontem pelo jornal italiano que hoje aqui partilhamos.  

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Nova Águia n.º 14 apresentada no Ateneu Comercial do Porto

Depois das apresentações de Lisboa e Sesimbra, chegou a altura da cidade do Porto acolher mais um lançamento da revista Nova Águia. Conforme tivemos já possibilidade de referir, o 14.º número desta publicação celebra os 80 anos da obra Mensagem de Fernando Pessoa, bem como os primeiros 8 séculos de Língua Portuguesa. Uma vez mais, a apresentação da revista ficará a cargo de Renato Epifânio, membro fundador e parte integrante da direcção da Nova Águia. 
Organizado pela Delegação Norte do MIL (Movimento Internacional Lusófono), este encontro contará ainda com a intervenção de Pedro Sinde, numa conferência intiltulada Uma mensagem da Mensagem.
O encontro está marcado para a próxima Quarta-Feira, dia 22 de Outubro, pelas 21:00, no Ateneu Comercial do Porto. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. Não percam!

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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Fernando Pessoa no eixo Xangai-Coimbra

De Xangai para Coimbra à procura da língua de Fernando Pessoa é o título de uma breve entrevista com a investigadora chinesa Cristina Zhou Miao, publicada no número 157 da Newsletter da Fundação Calouste Gulbenkian. A sua linha de investigação não-conforme é digna de ser conhecida, pois o seu contributo para a desintoxicação materialista da leitura e interpretação da cultura portuguesa apresenta-se como absolutamente pertinente e essencial, sobretudo ao nível dos estudos pessoanos.
Conheçamos o seu trabalho!

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terça-feira, 25 de março de 2014

É a Hora!

«É esse fraterno despertar da consciência que, emergindo deste "Nevoeiro" que ora somos, pode ser a aurora do (des)cobrimento Sol invicto de um Novo Dia.»
Paulo Borges na introdução da obra É a Hora!

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A publicação da Mensagem de Fernando Pessoa constitui um dos momentos de maior elevação espiritual no contexto da cultura portuguesa no século XX. Obra incontornável na História da nossa poesia, encerra nos seus versos um conjunto de misteriosas cifras associadas ao passado e ao futuro de um Portugal caracterizado por duas dimensões: histórica e anistórica. É a Hora!, o mais recente livro de Paulo Borges, propõe-nos uma chave para a leitura desta enigmática obra.
Indo de encontro às correntes despiritualizadas que caracterizam os actuais poderes instalados e o seu respectivo sistema, muitos intelectuais da nossa praça parecem conscientemente esquecer-se de que a Mensagem foi, efectivamente, o único livro que Fernando Pessoa publicou em vida. Ao contrário do que a cultura dominante afirma, este livro não representa de modo algum uma obra menor dentro do panorama literário nacional e muito menos no contexto geral do universo pessoano. Coroando o seu lado de nacionalista místico, a Mensagem apresenta-nos um Fernando Pessoa mitogenista e profético, revelador de um Portugal perene e arquetípico. O enigma e o mistério dominam assim a natureza desta obra, suscitando as mais complexas leituras e interpretações.
Tendo chegado às livrarias em finais de 2013, na véspera do primeiro centenário da obra Mensagem, o ensaio É a Hora! de Paulo Borges, publicado pela Temas e Debates / Círculo de Leitores, nasce de um profundo contacto desenvolvido e cultivado ao longo de mais de três décadas pelo seu autor face àquela obra de Fernando Pessoa. Um diálogo estreito mas labiríntico que nos leva a meditar acerca das leituras e interpretações profético-mitológicas, simbólicas e histórico-filosóficas levadas a cabo por um dos mais importantes nomes vivos da filosofia portuguesa.
Paulo Borges surge hoje associado a diversas dimensões da nossa vida pública. Conhecido como Professor, activista, político e filósofo, o seu nome inscreve-se nos anais da cultura nacional desde finais dos anos 1970. Desde então o seu percurso tem sido trilhado no sentido de uma demanda pelo saber e o conhecimento, sempre numa perspectiva indissociável da busca e revelação do espírito. Partindo do particular para o universal, é na esteira desta mesma tradição filosófica e sua respectiva operatividade que nasce a obra É a Hora!, reveladora de uma revolucionária interpretação da mensagem da Mensagem. Segundo o autor, «o espírito desta obra visa que, ao lê-la e compreendê-la, sejamos movidos para fazer aqui e agora alguma coisa de essencial, sermos agentes de uma transformação profunda, de nós mesmos, de Portugal e do mundo.» Esta é a essência fundamental deste livro que, para além do desvelamento dos símbolos, mitos e arquétipos que encontramos na Mensagem, impede que os mesmos cristalizem, mantendo-os vivos, através da tentativa da sua renovação.
Sendo É a Hora! uma obra de comentário e interpretação da Mensagem, nela reproduzem-se integralmente os poemas que a constituem, respeitando-se a sua ortografia original, tal como foi publicada em 1934. Outra importante nota quanto à ortografia recai sobre o próprio conteúdo filosófico-ensaístico de Paulo Borges que, naturalmente, não obedece ao novo acordo ortográfico. Um pequeno grande pormenor que contribui para a excelência de um dos mais interessantes livros recentemente publicados no âmbito dos estudos pessoanos.

sábado, 1 de junho de 2013

Porque o melhor do mundo são as crianças...

Retrato de Fernando Pessoa em criança.

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa em Cancioneiro.

Liberdade de Fernando Pessoa, dito por João Villaret.

domingo, 7 de abril de 2013

Ortografia e Aristocracia


Disse-nos Fernando Pessoa acerca das diferenças entre a linguagem falada e a linguagem escrita, num texto inédito publicado por Teresa Rita Lopes na obra Pessoa Inédito de 1993: 
A linguagem falada é popular. A linguagem escrita é aristocrática. Quem aprendeu a ler e a escrever deve conformar-se com as normas aristocráticas que vigoram n'aquele campo aristocrático.
A linguagem falada é nacional e deve ser o mais nacional possível. A linguagem escrita é — ou deve ser — o mais cosmopolita possível. Philosopho deve escrever-se com 2 vezes PH porque tal é a norma da maioria das nações da Europa, cuja ortografia assenta nas bases clássicas ou pseudo-clássicas.

terça-feira, 26 de março de 2013

Fernando Pessoa e o Quinto Império na Casa Fernando Pessoa

«Na nossa interpretação, a concepção de Pessoa sobre o Quinto Império, ao nível do conteúdo místico-messiânico, configura acusar uma certa interlocução com autores e/ou correntes messiânicas, nacionais e estrangeiras.»
Afonso Rocha em Fernando Pessoa e o Quinto Império - Vol. II. 

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Conforme foi já aqui descrito, a obra Fernando Pessoa e o Quinto Império, constituída por dois volumes da autoria de Afonso Rocha, marca indirectamente o regresso deste investigador a Sampaio Bruno, através de uma leitura bastante pessoal do pensamento filosófico-esotérico de Fernando Pessoa. Publicada pela UC Editora e recentemente lançada na Universidade Católica do Porto, esta obra será agora apresentada por Manuel Ferreira Patrício na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, na próxima Quinta-Feira, dia 28 de Março, pelas 18:30. Neste evento estará também presente o autor da obra que proferirá algumas palavras acerca desta e do processo que lhe deu origem.
A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Fernando Pessoa e o Quinto Império

«Se se quiser reforçar através da obra de Pessoa, poesia ou prosa, o que se vem dizendo sobre o carácter "iniciático" e "templário" da sua posição religioso-esotérica, constatar-se-á que não é grande a penosidade que inere a uma tal decisão. Com efeito, é sem grandes delongas que se constata que Pessoa exprimiu o seu misticismo esotérico, quer nos seus poemas, quer no seu pensamento em prosa.»
Afonso Rocha em Fernando Pessoa e o Quinto Império - Vol. I

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Em 2011 Afonso Rocha recebeu o Prémio António Quadros, da Fundação António Quadros, pela obra Natureza, Razão e Mistério. Para uma leitura comparada de Sampaio (Bruno), publicada pela INCM (Imprensa Nacional-Casa da Moeda). Com o seu novo livro Fernando Pessoa e o Quinto Império, uma obra em dois volumes, Afonso Rocha regressa indirectamente a Sampaio Bruno, através de uma leitura bastante pessoal do pensamento filosófico-esotérico pessoano.
Recentemente publicada pela UC Editora esta obra será apresentada amanhã por António Braz Teixeira. O Lançamento está agendado para as 18:30, no Auditório das Pós-Graduações da Universidade Católica do Porto. A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fernando Pessoa e o Oriente

«Minha imaginação é uma cidade no Oriente.»
Bernardo Soares em Livro do Desassossego.

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No próximo dia 1 de Março, pelas 14:00, terá lugar na sala Nova Deli do Museu do Oriente, um Seminário Internacional subordinado ao tema Fernando Pessoa e o Oriente.
Esta iniciativa é organizada e realizada em parceria pelo Centro de Filosofia e pelo Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, com a colaboração da Fundação Oriente. O comité científico deste encontro é composto por Duarte Braga, Fabrizio Boscaglia e Rui Lopo que, juntamente com Paulo Borges e Antonio Cardiello, constituem também a lista de oradores.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Trolhamento dos 33 Graus do Rito Escocês Antigo e Aceite

«A Maçonaria compões-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elemento fraternal ; e o elemento que chamarei humano - isto é, o que resulta de ela ser composta por diversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de ela existir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico, perante as quais, de país para país e de época para época, reage, quanto a atitude social, diferentemente.»
Fernando Pessoa em A Maçonaria

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A maçonaria foi sempre tratada com bastante respeito pelo poeta e pensador Fernando Pessoa. O seu interesse levou-o a dedicar muitas páginas de escrita, assim como bastante tempo na leitura de obras dedicadas a esta temática. É hoje praticamente sabido que Pessoa jamais pertenceu a qualquer tipo de loja maçónica, havendo apenas a possibilidade de ter estado ligado a uma das entidades criadas e promovidas por Aleister Crowley, ou ainda, na melhor da hipóteses, ter tentado criar ele mesmo a sua própria loja, inspirada na tradição das ordens Templária e de Cristo. Torna-se por isso fundamental conhecer de perto as leituras e fontes consultadas por Pessoa relativas a este assunto. Só através desta hermenêutica é que podemos ser capazes de acompanhar de perto os trilhos do pensamento maçónico do nosso icónico poeta.
A editora São Rozas, lançou recentemente a obra Trolhamento dos 33 Graus do Rito Escocês Antigo e Aceite, um manual de maçonaria lido, sublinhado e anotado por Fernando Pessoa aquando das suas pesquisas. Publicado agora com um prefácio e organização de Miguel Roza, editor da São Rozas e sobrinho neto do poeta, esta obra veio tornar-se em mais um importante subsídio ao estudo da relação de Pessoa com a maçonaria.
Distribuído pela Documenta, este livro será apresentado por Félix Lopes no próximo dia 13 de Dezembro, pelas 18:30, no El Corte Inglés de Lisboa. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Poesia, Ontologia e Tragédia em Fernando Pessoa

«Fernando Pessoa (1888-1935), uno de los creadores literarios más importantes, del siglo XX, no és sólo un literato. Su pluralidad creadora y sus múltiples facetas hacen de él un creador múltiple ligado a la Ciencia, la Religión, la Política, el Esoterismo y cómo no a la Filosofia. Estudiante de Filosofía en su "tercera adolescencia", recién llegado a Lisboa desde Durban, su pásion por la filosofía permanecerá siempre en él ligada primero al deseo de verdad metódica y posteriormente a un ímpetu filosófico, asistemático y literario, pero no por ello menos valioso.»

Capa do mais recente trabalho do investigdor
espanhol Pablo Javier Pérez López.

Apresentada na capital catalã em vésperas do colóquio internacional Fernando Pessoa en Barcelona, ocorrido no passado mês de Outubro, a obra Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa de Pablo Javier Pérez López convida-nos a uma curiosa análise crítico-interpretativa do poeta e pensador português. Com um prefácio de Jerónimo Pizarro, este livro encontra-se disponível pela Editorial Manuscritos, apontando interessantes proximidades entre Fernando Pessoa, Friedrich Nietzsche, Jorge Luis Borges, entre outros.
O crescente interesse em Fernando Pessoa, não apenas na sua obra, mas também na sua própria vida, tem vindo a alicerçar o carácter icónico deste nosso autor e pensador. Sendo hoje uma referência mundial dentro das várias correntes literárias modernistas do século XX, torna-se natural a multiplicação dos estudos críticos que se têm registado um pouco por todo o mundo. Pessoa, para além de figura cimeira da cultura nacional é hoje um autor cosmopolita e universal. Uma personalidade essencial e incontornável para a compreensão da esfera poético-literária e filosófico-cultural do mundo ocidental contemporâneo.
Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa, dá-nos a conhecer mais um Fernando Pessoa, através da análise à forma como o autor português conjugava o pensar com o poetizar, rompendo com as aparentes fronteiras existentes entre a Filosofia e a Poesia. O autor desta obra procura também demonstrar o modo como Pessoa aceitou alegremente “a tragédia de ter que fingir para dizer a verdade e conquistar o impossível”. Dividido em doze capítulos, este livro aborda questões como o pensamento poético português e peninsular, a inspiração filosófica do pensamento pessoano e o amor à verdade, a superação do lirismo através de uma metafísica poética, a categorização de Fernando Pessoa enquanto “poeta-pensador”, o sensacionismo, o pensamento trágico, as chaves filosóficas para o fenómeno heteronímico, o pessimismo, cepticismo e tristeza, o pensar poético, a metafísica e a loucura, a matriz ontológica do universo pessoano, ou a vontade de infância. Fruto de um minucioso trabalho de análise e investigação, Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa reflecte todo o cuidado e rigor do seu autor, resultando num dos mais interessantes ensaios pessoanos publicados durante o corrente ano.
Pablo Javier Pérez López é natural de Valladolid, cidade onde estudou e se doutorou em Filosofia. O seu interesse pela investigação levou-o a passar alguns períodos na Universidade de Lisboa e na UNICEN, na Argentina, acabando por adoptar como suas áreas temáticas de eleição a dialéctica poético-filosófica, a questão da infância, a vontade, o pensamento trágico e a filosofia da Cultura Portuguesa. Acerca deste tema aprofundou essencialmente a vida e obra de Fernando Pessoa, sendo membro da equipa que edita as obras do autor português publicadas pela Ática. Juntamente com Fernando Calderón Quindós foi também organizador de El pensar poético de Fernando Pessoa, uma antologia de ensaios pessoanos prefaciados por José Saramago. Como podemos observar em Poesía, Ontología y Tragedia en Fernando Pessoa, Pablo Javier Pérez López, é um nome a reter e considerar dentro do panorama internacional dos novos investigadores pessoanos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Colóquio internacional sobre Fernando Pessoa terá transmissão online

O colóquio internacional Fernando Pessoa en Barcelona, dos próximos dias 8 e 9 de Outubro, será transmitido em directo através do serviço Ustream. Todos os interessados em assistir às comunicações que compõe os vários painéis deste encontro e que não tiverem oportunidade de deslocar-se a Barcelona, poderão desta forma acompanhar as sessões de trabalho!


O canal de Ustream Pessoa BCN en directo transmitirá online todas as sessões
do colóquio Fernando Pessoa en Barcelona.

sábado, 15 de setembro de 2012

Fernando Pessoa em Barcelona: Programa final do Colóquio

Conforme foi anteriormente anunciado neste espaço, a capital da Catalunha irá receber, nos próximos dias 8 e 9 de Outubro, o colóquio internacional Fernando Pessoa en Barcelona, dedicado ao autor e pensador português. Assim, aproveitamos hoje para divulgar o programa final deste evento que se adivinha bastante produtivo no que concerne ao desenvolvimento e divulgação dos estudos pessoanos. 
Relembramos que participação neste encontro é livre e aberta a todos os interessados!

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8 de Outubro
 Faculdade de Filologia da Universidade de Barcelona - Sala de Professores

09:30 - Recepção aos participantes. 
10:00 - Discursos de boas-vindas e cerimónia de abertura.

Sessão 1: Pessoa en la actualidad (Modera Elena Losada) 
10:30 - Perfecto Cuadrado & Jordi Cerdà & Jerónimo Pizarro - La actualidad de Pessoa.

Sessão 2: Pessoa en España, Desasosiego y Fausto (Modera Isabel Soler)
12:30 - María Rosell - Pessoa en su tradición hispánica: los otros heterónimos. 
12:45 - Diego Giménez - Edición y deconstrucción en el Livro del desassosssego. 
13:00 - Gisele Batista Candido - O desdobrar do mistério e o pensar fundo em Fausto - Tragédia Subjetiva. 
13:15 - Debate.

Sessão 3: Pessoa y Oriente (Modera Diego Giménez) 
16:00 - Duarte Braga - Álvaro de Campos chega a Calecute: Opiário e o Sensacionismo. 
16:15 - Fabrizio Boscaglia - Notas sobre a presença arábico-islâmica em Fernando Pessoa. 
16:30 - Rui Lopo - Presenças do budismo na obra em prosa de Fernando Pessoa.
16:45 - Debate.

Sessão 4: Epopeya, Mito, Hermetismo y Libertad en Pessoa (Modera Jordi Cerdà) 
17:30 - Silvia Annavini - “Mensagens Marítimas”: Epic Intertextuality and Intratextuality in Mensagem and Álvaro de Campos’s Odes. 
17:45 - Giancarlo de Aguiar - A Literatura Pessoana e os Arquétipos do Inconsciente Coletivo no Rito e Mito Messiânico.
18:00 - José Almeida - Fernando Pessoa e o «Círculo Hermético». 
18:15 - Antonio Cardiello - Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade.
18:30 - Debate.

9 de Outubro
Faculdade de Filosofia da Universidade de Barcelona - Aula Magna

10:00 - Discursos de boas-vindas à Faculdade de Filosofia. 

Sessão 6: Pessoa y la fenomenología y Heidegger (Modera Paulo Borges & Pablo Javier Pérez López) 
10:30 - Anibal Frias - «Meu corpo deitado na realidade»: Pessoa e a fenomenologia.
10:50 - Dirk-Michael Hennrich - Eu e Si mesmo; Deus e Ser. Algumas considerações sobre Heidegger e Pessoa.
11:10 - Debate.

Sessão 7: Pessoa lector (Modera Paulo Borges & Pablo Javier Pérez López) 
12:00 - Pauly Ellen Bothe - El Parnaso de Fernando Pessoa.
12:20 - Maria do Céu Estibeira - A «marginalia» pessoana – «um segundo espólio»?
12:40 - Daniel Moreira Duarte - ¿Pessoa lector de Nietzsche? 
13:00 - Jorge Uribe - La importancia de leer Wilde.
13:20 - Debate.

Sessão 8: Ser o no ser Pessoa (Modera Daniel Moreira Duarte) 
16:00 - Paulo Borges - «O mytho é o nada que é tudo». O poema «Ulysses» na «Mensagem» de Fernando Pessoa.
16:20 - Pablo Javier Pérez López - Fernando Pessoa, Emil Cioran y Carlo Michaelstedter: no haber nacido, no ser, ser nada.
16:40 - Bruno Béu de Carvalho - «More than this»: o discurso tautológico como procedimento apofático na poesia de Alberto Caeiro.
17:00 - Debate.

Sessão 9: Fragmentos y personas de Pessoa (Modera Pablo Javier Pérez López) 
18:00 - Raquel Nobre Guerra - A fragmentariedade como programa estético, modalidades e nexos – aproximações.
18:20 - Miguel Morey - F. Pessoa: Voces, nombres, personas…
18:40 - Debate.

Sessão 10: Cultura Entre Culturas y O Piano em Pessoa (Modera Daniel Moreira Duarte & Pablo Javier Pérez López) 
19:30 - Apresentação da revista Cultura Entre Culturas a cargo de Paulo Borges.
19:50 - Saudação a Álvaro de Campos, anónimo, recitado por Bruno Béu de Carvalho
20:00 - Encerramento do colóquio com a apresentação do recital O Piano em Pessoa.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Fernando Pessoa em Barcelona

Decorrerá nos próximos dias 8 e 9 de Outubro mais um colóquio internacional dedicado a Fernando Pessoa. O prestígio e crescente interesse pelo autor português levam a discussão da sua obra literária e filosófica às Faculdades de Filologia e Filosofia de Barcelona, onde durante dois dias se reunirão investigadores pessoanos de várias nacionalidades. 
Fernando Pessoa en Barcelona é Co-organizado pelo Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, pelo Departamento de História da Filosofia, Estética e Filosofia da Cultura e pelo Departamento de Filologia Românica da Universidade de Barcelona, sendo o comité organizador constituído por Elena Losada, Isabel Soler, Miguel Candel, Paulo Borges, Daniel Duarte, Diego Giménez e Pablo Javier Pérez López. O comité científico, formado por Perfecto Cuadrado, Jerónimo Pizarro, Paulo Borges e Jordi Cerdà, asseguram a qualidade deste colóquio que prevê ainda uma programação cultural paralela, cuja programação será divulgada em breve, juntamente com os nomes de todos os participantes e respectivas comunicações. 
A entrada será livre e aberta a todos os interessados na vida e obra do poeta e pensador português. Para mais informações, recomenda-se uma visita a http://fernandopessoabarcelona.wordpress.com.

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pensamento, Cultura e Lusofonia na FLUP

A Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) organiza este Verão, entre as suas acções de formação contínua, um curso de 30 horas subordinado ao tema Pensamento, Cultura e Lusofonia: os exemplos de Fernando Pessoa e de Agostinho da Silva. Trata-se de uma formação que surge num momento bastante oportuno, no qual urge redescobrir e projectar alguns aspectos da nossa cultura e identidade.
Fernando Pessoa e Agostinho da Silva são dois nomes incontornáveis da cultura nacional. Pessoa dispensa qualquer apresentação nos quatro cantos do mundo, sendo um ícone da literatura portuguesa e mundial do século XX. Agostinho da Silva, pensador universal, é provavelmente a personalidade de maior consenso dentro do mundo lusófono, começando agora a conquistar também outros públicos e horizontes. Não é por isso de modo algum despropositada a iniciativa da FLUP de organizar um curso sobre estas duas figuras cimeiras da cultura e pensamento portugueses.
Esta acção de formação encontra-se a cargo de Celeste Natário e Renato Epifânio, membros do grupo de investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal, do Instituto de Filosofia da FLUP. Tendo uma duração de 30 horas, distribuídas por sessões teórico-práticas, com início já no próximo dia 18 de Junho, este curso prevê ainda a visita a alguns espaços marcantes na vida dos dois autores, nomeadamente à última residência de Fernando Pessoa, hoje Casa Fernando Pessoa (Lisboa), assim como à localidade Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), onde Agostinho da Silva passou parte da sua infância, logo após ter nascido na cidade do Porto.
O programa deste curso encontra-se dividido em duas partes distintas. A primeira será dedicada a Fernando Pessoa, abordando temas como o seu pensamento poético e filosófico, a problemática heteronímica, as múltiplas “mensagens” da sua obra, bem como a actualidade do seu pensamento; a segunda, consagrada a Agostinho da Silva, versará sobre matérias ligadas à questão do activismo cultural e cívico, à sua experiência no Brasil, ao reencontro com a portugalidade e a problemática da lusofonia.
Com o seu término calendarizado para 16 de Julho, esta formação confere ainda um total de 3 ECTS (European Credit Transfer System) a todos os participantes que a concluam com aproveitamento positivo. Para mais informações e inscrições consulte-se https://sigarra.up.pt/flup/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=FCPCL

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

D. Sebastião e o Quinto Império em Fernando Pessoa

«Reactivar o mito ou os mitos profundos do povo português, eis o objectivo de Fernando Pessoa, que na Mensagem se faz o profeta (mas um profeta angustiado, torturado e saudoso) do regresso de D. Sebastião e da instauração do Quinto Império, embora um D. Sebastião e um Quinto Império muito diferentes da tradição comum.»


D. Sebastião e o Quinto Império em Fernando Pessoa é o nome da comunicação apresentada no próximo dia 6 de Junho, por Paulo Borges, na nona sessão do ciclo de conferências Fernando Pessoa: Filosofia, Religião e Ciências do Psiquismo Humano. Organizado pelo próprio Paulo Borges, juntamente com Nuno Ribeiro e Cláudia Souza, esta sessão terá lugar, como de costume, pelas 18:30, nas instalações da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.
A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

sábado, 19 de maio de 2012

Estranhar Fernando Pessoa em Coimbra

«Um dos malefícios de pensar é ver quando se está pensando. Os que pensam com o raciocínio estão distraídos, os que pensam com a emoção estão dormindo, os que pensam com a vontade estão mortos. Eu, porém, penso com a imaginação, e tudo quanto deveria ser em mim ou razão, ou mágoa, ou impulso, se me reduz a qualquer coisa indiferente e distante, como este lago morto entre os rochedos onde o último do sol paira desalongadamente.»
Bernardo Soares em Livro do Desassossego.
 
(Clicar na imagem para ampliar.)

Realiza-se no próximo dia 25 de Maio, na sala do Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), o colóquio Estranhar Pessoa com as Materialidades da Literatura. Organizado em parceria com o Laboratório de Estudos Literários Avançados (ELAB), este encontro prevê adiantar novos subsídios aos mais recentes estudos pessoanos, estando ainda agendada a apresentação do projecto Nenhum Problema Tem Solução: Um Arquivo Digital do Livro do Desassossego.
Este colóquio é livre e aberto a toda a comunidade, sendo facultados certificados de presença a quem os solicitar.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Encontro sobre Fernando Pessoa e a experiência esotérica

«O conhecimento foi para Pessoa uma experiência vivida. Conhecer foi para ele uma modalidade de ser, actividade não separável da sua existência, pois que fazendo parte do seu ser integral, e possuindo uma finalidade soteriológica, toda a sua vida e obra são demandadas de redenção pelo conhecimento, poético, contemplativo, os dois assuntos tomados, assumidos, como exemplares exercícios espirituais.»
Dalila L. Pereira da Costa em O Esoterismo de Fernando Pessoa.  

Fernando Pessoa em discussão no European Society for the Study of Western Esotericism.

Fernando Pessoa é unanimemente aceite como um dos principais vultos da literatura do século XX. Após a sua morte em 1935 constatou-se, através do imenso espólio que deixou por publicar, um imenso interesse e envolvimento deste poeta e pensador com o esoterismo. Um aspecto importante do pensamento pessoano que carece ainda de um estudo e sistematização de fundo, indispensáveis para conhecermos um pouco melhor uma das mais intrigantes figuras da cultura portuguesa e europeia da última centúria.
Sendo que o esoterismo pessoano se integra numa tradição ancestral, cuja origem é praticamente impossível de assinalar, mas cujo trajecto acompanha uma série de importantes personalidades em todo o mundo, assiste-se a um crescente interesse no estudo desta dimensão do pensamento do autor português. Assim, o European Society for the Study of Western Esotericism (ESSWE), sediado na Holanda, organiza no próximo dia 23 de Maio um encontro subordinado ao tema Fernando Pessoa and the Esoteric Experience, contando com a participação de vários investigadores, nacionais e internacionais .
Este encontro terá lugar na Sala de Conferências do Instituto Holandês de Estudos Avançados (NIAS), em Wassenaar (www.nias.nl). A entrada é livre, mas condicionada pela lotação do espaço.
Para mais informações sobre este evento, por favor, consulte: http://www.esswe.org/#archief/fernando-pessoa-and-the-esoteric-experience.html.

Participantes 

Onésimo Almeida (Brown University), Pessoa’s conception of myth and truth 

Marco Pasi (NIAS/Universiteit van Amsterdam), Fernando Pessoa and the study of western esotericism: problems and perspectives

Jerónimo Pizarro (NIAS/Universidad de los Andes, Bogotá), Editing the occult

Steffen Dix (ICS/Universidade de Lisboa), Fernando Pessoa between Theosophy and Rosicrucianism 

Pedro Sepúlveda (ELAB/Universidade Nova de Lisboa), May 29, 1928, and Pessoa’s reformulation of his work 

Jorge Uribe (Universidade de Lisboa), Fernando Pessoa’s readings of the shoemaker-prophet: Gonçalo Anes Bandarra 

Patricia Silva McNeill (University of London), Sacred geometry of being: esoteric imagery in Pessoa’s poetic and aesthetic writings 

Pauly Ellen Bothe (Universidade de Lisboa), Mysticism and poetry in Fernando Pessoa