quarta-feira, 8 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
Portugal e a Pérsia: Diálogos e Afinidades
«... D. Sebastião podendo ter sido visto posteriormente pelos mouros ainda residentes em Portugal, como o XII Íman esperado, tal Selo da profecia. E ainda por ele, detendo igualmente todo o seu estatuto escatológico. Assim, entre os sebastianistas portugueses e os mouros esperançosos do XII Íman, se realizando uma mesma peregrinação interior salvífica. Assim também, Bandarra, D. João de Castro, Padre António Vieira, Bruno e Teixeira de Pascoaes, surgindo neste enfoque como Amigos de Deus.»
Dalila L. Pereira da Costa em Contemplação dos Painéis.
(Clicar na imagem para ampliar.) |
No próximo Sábado, dia 11 de Julho, pelas 21:30, no Ateneu Comercial do Porto, Pedro Sinde, figura maior da mais jovem geração da Filosofia Portuguesa, autor de obras como O Velho da Montanha, A Montanha Mística, Terra Lúcida, O Canto dos Seres, Sete Sábios Portugueses, entre outras, irá apresentar uma conferência subordinada ao tema Portugal e a Pérsia: Diálogos e Afinidades. Da experiência colhida numa longa viagem ao Irão levada a cabo em 2014, o pensador português conduzirá os presentes através de um itinerário inscrito num espaço situado para lá dos meros domínios histórico-geográficos. Partindo de um pensamento próprio, revisitando e apoiando-se também nas teses de outros autores que se inscrevem na mesma tradição filosófica e espiritual, como é o caso de Sampaio Bruno, Fernando Pessoa, Garcia Domingues, António Telmo, Dalila Pereira da Costa, ou Pinharanda Gomes, Pedro Sinde analisará sob várias perspectivas esta incontornável e indiscutível afinidade existente entre Portugal e a Pérsia.
Esta sessão contará ainda com a participação especial do colectivo poético Maldizentes que se encarregará de fazer algumas leituras relacionadas com a ambiência deste encontro. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.
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segunda-feira, 6 de julho de 2015
Acerca da certeza no triunfo e do valor das coisas
Numa época de máscaras e de ilusões, na qual impera também a ditadura do relativismo, importa regressarmos aos pensadores maiores desta nossa hora de vigília. Nada como recuperar velhos mestres, tão queridos nesta casa, como é o caso de João Ameal, hoje novamente aqui citado a partir da sua obra Rumo da Juventude, publicada em 1942 pela Editorial Acção:
«No entanto, apesar de tudo, o triunfo é seguro. Triunfo inevitável dos factos sobre as palavras, das realidades autênticas sobre as abstracções caducas. Triunfo necessário do verdadeiro sobre o fictício, do permanente sobre o transitório, da ordem humana sobre a desordem anti-humana.
Só podem duvidar ainda aqueles que não viram o problema tal qual é - ou que, tendo-o visto, duvidem de tudo, por maior que seja a luz da evidência. Mas esses não contam: a lógica deverá conduzi-los, inexoravelmente, a duvidar sobretudo (e com razão) de si próprios...»
João Ameal (1902-1982). |
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