Mostrar mensagens com a etiqueta Filosofia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Filosofia. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

I Jornadas de Cultura Portuguesa

Criada em 2006, por iniciativa de Arnaldo de Pinho e Sophia de Mello Breyner Andresen, a Cátedra Poesia e Transcendência tem organizado inúmeros encontros, colóquios e conferências, dinamizando o meio académico e cultural português. Afecta ao Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, a Cátedra de Sophia - como também é conhecida -, possui um carácter multidisciplinar, procurando estudar as relações entre a Poesia e o fenómeno da Transcendência, tanto em autores nacionais como estrangeiros.
No próximo Sábado, pelas 10:30, no campus da Foz da Universidade Católica Portuguesa, a Cátedra de Sophia organizará as suas I Jornadas de Cultura Portuguesa. Um evento que se espera poder vir a tomar uma periodicidade anual. Esta primeira edição, dedicada à memória de António Pedro, escritor, encenador e artista plástico falecido em 1966, contará com as participações de Henrique Manuel Pereira, José Rui Teixeira, José Pedro Angélico, Pedro Pereira, Teresa André, Fernando de Castro Branco, Jorge Teixeira da Cunha, entre outros. 
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. 

(Clicar na imagem para consultar o programa.)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Olhares Luso-Brasileiros

Tendo recentemente voltado ao nosso país, onde participou em mais um Colóquio Internacional Tobias Barreto, Constança Marcondes César apresentou, em Lisboa e no Porto, o seu livro intitulado Olhares Luso-Brasileiros. Publicado numa parceria editorial entre o MIL e a DG Edições, este volume reúne perto de 50 artigos escritos ao longo das últimas décadas, prestando um valiosíssimo contributo para a sistematização do estudo e hermenêutica do pensamento e da cultura luso-brasileira. 
Partilhamos aqui a recensão de José Almeida a esta obra, publicada na edição de ontem do semanário O Diabo.

(Clicar na imagem para ampliar.)

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Entre Portugal e Macau: Congresso Internacional de Filosofia e Literatura

«Os nossos homens ganharam tantas batalhas, souberam vencer com tanta valentia, que o Imperador da China os considerou Senhores daquela terra como justa recompensa.»
Hermengarda Marques Pinto em Macau Terra de Lendas

Ruínas de S. Paulo, em Macau, numa gravura da autoria de Wilhelm Heine (1854).

Classificado como um dos mais belos e pitorescos territórios do antigo Império Português, Macau foi o último bastião de Portugal no continente asiático. Entregue às autoridades chinesas em 1999, aquele pequeníssimo pedaço de terra constituiu um importante ponto de encontro entre o Extremo-Ocidente e o Extremo-Oriente. Por ali passaram missionários, escritores, poetas, pensadores, soldados, diplomatas, políticos e aventureiros, bem como homens simples que também deixaram o seu contributo para a perenidade da nossa memória e presença cultural naquela longínqua zona do globo.
No seguimento de outros congressos realizados no passado, fazendo uma ponte entre Portugal, Cabo Verde e Brasil, o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal da Universidade do Porto, em parceria com Universidade de Macau, Universidade de S. José, Instituto Politécnico de Macau e Instituto Internacional de Macau, promove agora um encontro ao qual se propõe levar o debate sobre as relações histórico-culturais entre Portugal e Macau.
O Congresso Internacional de Filosofia e Literatura: Entre Portugal e Macau terá lugar em Portugal e Macau, durante o mês de Maio do próximo ano. Até Dezembro encontra-se aberto o período de apresentação de propostas de comunicação para este encontro. Para mais informações, visite-se a página oficial da organização deste encontro em: http://portugalmacau2017.blogspot.pt.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Nova Águia n.º 18

Há poucos dias atrás foi divulgada a capa do 18.º número da revista Nova Águia, correspondente ao 2.º semestre de 2016. 
Este número inclui uma série de textos dedicados a Ariano Suassuana, resultantes das apresentações levadas a cabo num colóquio promovido em sua homenagem pelo Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, em Abril de 2015. Para além das habituais rubricas, destacam-se também dois blocos evocativos. Um dedicado a Vergílio Ferreira, assinalando o centenário do seu nascimento; outro consagrado a Delfim Santos, no cinquentenário da sua morte.
A capa desta edição conta, uma vez mais, com a colaboração da artista brasileira Haylane Rodrigues, autora do desenho de Ariano Suassuna que figura na capa do 18.º número desta publicação.
A apresentação da Nova Águia está agendada para o próximo dia 21 de Outubro, às 18:00, na BNP (Biblioteca Nacional de Portugal), em Lisboa.

(Clicar na imagem para ampliar.)

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Assinaturas da revista Nova Águia

Fundada em 2008, a revista Nova Águia tem vindo a revitalizar o espírito da histórica revista A Águia que, em inícios do século XX, marcou de forma indelével o panorama cultural e filosófico português.
Assinar a Nova Águia é estar a participar activamente na publicação da «única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português.» Por esse motivo, a Nova Casa Portuguesa apoia este projecto desde a sua primeira hora, sugerindo aos nossos amigos e habituais visitantes a assinatura desta revista, bem como o apoio incondicional a este importante projecto!
Para mais informações visitem http://novaaguia.blogspot.pt, ou www.zefiro.pt/novaaguia.htm.



(Clicar na imagem para aceder à página de assinaturas da editora Zéfiro.)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Cinquentenário da morte de Delfim Santos (1966-2016)

«Delfim Santos foi de facto um pensador que deu atenção à tradição filosófica portuguesa, promoveu-a e reconheceu o seu valor intrínseco... Pensador profundo, dialogou com a filosofia do seu tempo dando atenção, simultaneamente, aos autores portugueses e estrangeiros.»
Maria de Lourdes Sirgado Ganho em Dicionário 
Crítico de Filosofia Portuguesa.

Delfim Santos em Berlim (1938).

Passa este ano meio século desde a morte de Delfim Santos. Filósofo, Professor, crítico, homem de cultura integral, deixou-nos um importante legado materializado nas suas obras, artigos e importantes trocas epistolares. Conhecido e aclamado aquém e além-fronteiras, foi um importante vulto da intelectualidade portuguesa do século XX, devendo ser hoje lembrado e celebrado.
Nesse sentido, estão já agendadas algumas iniciativas para o corrente ano, incluindo colóquios, conferências, exposições e várias publicações. Entre estas, destaque para o quarto número da revista Delfim Santos Studies. A programação de todos estes eventos e acontecimentos encontra-se disponível na página Ler Delfim Santos
Nascido no Porto, a 6 de Novembro de 1907, Delfim Santos faleceu em Lisboa, a 25 de Setembro de 1966. Tinha apenas 58 anos. Não obstante a monumentalidade da sua obra, assim como o alcance das suas acções, esperava-se ainda muito daquele que foi um dos mais carismáticos interlocutores e divulgadores do pensamento português junto das elites estrangeiras da sua época. 

terça-feira, 5 de abril de 2016

A Obra e o Pensamento de Amorim de Carvalho

«Portugal é uma pátria que a vontade dos portugueses dignos deste nome (verdadeiras elites) construiu e sustentou, e que a vontade de uma outra raça moral de portugueses (falsas elites) demoliu.»
Amorim de Carvalho em O Fim Histórico de Portugal

Passaram quatro décadas desde a morte de Amorim de Carvalho. Personalidade de invulgar inteligência e erudição, marcou de forma indelével a cultura portuguesa, deixando um importante legado cujo eco e influência ultrapassou as nossas fronteiras, chegando a França e Brasil. Nos próximos dias 6 e 7 de Abril terá lugar, no Porto e em Lisboa, um colóquio que visa evocar e discutir a obra e o pensamento deste intelectual.
Destacando-se como poeta, filósofo e esteta, Amorim de Carvalho nasceu na cidade do Porto em 1904. Bisneto por via materna do poeta romântico António Pinheiro Caldas, foi educado no seio de uma família católica, apesar de ainda bastante jovem se ter afastado da fé religiosa. Na sua formação foram importantes as figuras de Teixeira Rego e Basílio Teles. O primeiro, Professor na primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto, colaborador da revista Águia, era um homem de grande sabedoria, interessado em filologia, línguas, filosofia, antropologia e outras áreas do conhecimento, igualmente, caras a Amorim de Carvalho. O segundo, amigo de família, foi uma das personalidades de maior destaque intelectual junto da elite republicana, destacado helenista, bem como um português e europeu consciente da sua condição.
Não obstante a presença e proximidade de tão cativantes vultos, Amorim de Carvalho trilhou um caminho próprio, afastando-se em alguns aspectos das linhas filosóficas seguidas por estes dois pensadores de quem absorveu, essencialmente, os exemplos ético e humano. A sua forte personalidade, aliada a um espírito combativo e intransigente, fizeram-no ganhar o respeito intelectual e algumas amizades até junto daqueles que se antagonizavam com o seu pensamento. Lembramos, por exemplo, o caso de Álvaro Ribeiro, de quem foi bastante amigo, apesar das diferenças e divergências de pensamento existentes entre ambos os filósofos.
O seu legado foi construído entre Portugal e França, país onde voluntariamente se exilou, em 1965, em resultado do isolamento intelectual sentido na sua Pátria. Fixando residência em Paris, apresentou aí, em 1970, a sua tese de doutoramento intitulada De la connaissance en général à la connaissance esthétique. L’esthétique de la nature. Para além da obra poética e literária de Amorim de Carvalho, destacam-se estudos e ensaios como Deus e o Homem na Poesia e na Filosofia, O Positivismo Metafísico de Sampaio Bruno, Fidelino: Um Filósofo da Transitoriedade, Guerra Junqueiro e a sua obra poética, ou o seu importante Tratado de Versificação Portuguesa” - obra que o poeta Rodrigo Emílio considerava indispensável.
O seu último livro, publicado postumamente, intitulou-se O Fim Histórico de Portugal, tratando-se de uma obra, marcadamente, política. Amorim de Carvalho, não tendo sido um partidário do Estado Novo, jamais sentiu qualquer sedução por ideários políticos anti-patrióticos. Deste modo, insurgiu-se de imediato contra o golpe de Estado de Abril de 1974, considerando o abandono das Províncias Ultramarinas um atentado à soberania da Pátria e uma traição contra o seu Povo.
Amanhã, às 14:30, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, inicia-se um colóquio de homenagem a este pensador, que termina no dia seguinte, no Palácio da Independência, em Lisboa. Entre os oradores convidados encontra-se Júlio Amorim de Carvalho, administrador da Casa Amorim de Carvalho, bem como Pinharanda Gomes, António Braz Teixeira, Paulo Samuel, José Almeida, Artur Manso, Renato Epifânio, Samuel Dimas, Manuel Cândido Pimentel, Filipe Delfim Santos, entre outros.
Organizado pelo Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e a Casa Amorim de Carvalho, este encontro é de entrada livre e aberto a toda a comunidade.

(Clicar na imagem para ampliar.)

domingo, 6 de dezembro de 2015

Eduardo Lourenço e a não-clarividência do politicamente correcto no Portugal democrático

A clareza política do Eduardo Lourenço está ao nível do civismo do Mário Soares. Segundo o filósofo português, a França de hoje tem ainda a imagem de Luís XIV e nós, europeus, devemos muito aos americanos que nos salvaram várias vezes ao longo do século XX, a começar pelo "auxílio" dado na I Guerra Mundial.
Portugal, terra de heroísmo e de génio, encontra-se mais do que nunca amordaçado pelas correntes estrangeiristas. Um mal que hoje se torna bem mais nocivo do que outrora face à ditadura do "politicamente correcto", na qual só singram os medíocres e os alinhados com os detractores da Pátria e falsificadores da História.
Deus nos salve dos "democráticos génios portugueses".

Eduardo Lourenço no programa televisivo O Princípio da Incerteza.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Diálogos de Doutrina Anti-Democrática" conhecem uma nova edição em Espanha

De leitura intemporal e imperativa à boa formação política de qualquer indivíduo, a obra Diálogos de Doutrina Anti-Democrática de António José de Brito continua a ser considerada um anátema para a actual sociedade democrática. Inicialmente publicada em 1975, ano em que Portugal mergulhou no mais profundo dos devaneios "pós-revolucionários", esta obra mostrou desde logo a verticalidade do seu autor, bem patente no modo como este permaneceu fiel aos ideais que sempre defendeu ao longo da vida, assim como a sua coragem e discernimento intelectual.
Autor e pensador incontornável do nacionalismo português e europeu, António José de Brito viu este seu trabalho ser editado também na vizinha Espanha logo em 1978, com o título Diálogos de Doctrina Anti-Democrática. Publicada em Madrid, pela chancela da Aztlan, esta edição teve a tradução para o castelhano a cargo de Antonio Medrano
Hoje, 37 anos após a sua primeira edição em terras espanholas, os Diálogos de Doutrina Anti-Democrática voltam a ser reeditados no país vizinho mostrando, uma vez mais, toda a actualidade da obra e pensamento de António José de Brito. Esta nova edição a cargo das Ediciones Fides encontra-se já disponível para venda através da página oficial da editora: http://edicionesfides.com

Capa da mais recente edição espanhola dos Diálogos de
Doutrina Anti-Democrática
de António José de Brito.

Nota: Aproveitamos para relembrar que esta obra continua disponível na sua segunda edição em língua portuguesa podendo ser adquirida através das Edições Réquila.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Portugal e a Pérsia: Diálogos e Afinidades

«... D. Sebastião podendo ter sido visto posteriormente pelos mouros ainda residentes em Portugal, como o XII Íman esperado, tal Selo da profecia. E ainda por ele, detendo igualmente todo o seu estatuto escatológico. Assim, entre os sebastianistas portugueses e os mouros esperançosos do XII Íman, se realizando uma mesma peregrinação interior salvífica. Assim também, Bandarra, D. João de Castro, Padre António Vieira, Bruno e Teixeira de Pascoaes, surgindo neste enfoque como Amigos de Deus.»
Dalila L. Pereira da Costa em Contemplação dos Painéis.

(Clicar na imagem para ampliar.)

No próximo Sábado, dia 11 de Julho, pelas 21:30, no Ateneu Comercial do Porto, Pedro Sinde, figura maior da mais jovem geração da Filosofia Portuguesa, autor de obras como O Velho da Montanha, A Montanha Mística, Terra Lúcida, O Canto dos Seres, Sete Sábios Portugueses, entre outras, irá apresentar uma conferência subordinada ao tema Portugal e a Pérsia: Diálogos e Afinidades. Da experiência colhida numa longa viagem ao Irão levada a cabo em 2014, o pensador português conduzirá os presentes através de um itinerário inscrito num espaço situado para lá dos meros domínios histórico-geográficos. Partindo de um pensamento próprio, revisitando e apoiando-se também nas teses de outros autores que se inscrevem na mesma tradição filosófica e espiritual, como é o caso de Sampaio Bruno, Fernando Pessoa, Garcia Domingues, António Telmo, Dalila Pereira da Costa, ou Pinharanda Gomes, Pedro Sinde analisará sob várias perspectivas esta incontornável e indiscutível afinidade existente entre Portugal e a Pérsia.
Esta sessão contará ainda com a participação especial do colectivo poético Maldizentes que se encarregará de fazer algumas leituras relacionadas com a ambiência deste encontro. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Visite o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal no Facebook

O Facebook, sendo uma das mais poderosas ferramentas de divulgação e promoção na actual sociedade de informação, levou o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto a criar uma página oficial naquele serviço.
Com o escopo de fazer chegar as suas actividades a um público cada vez mais vasto e diversificado, aproximando-se ainda mais dos seus objectivos - investigar, promover e divulgar a cultura e o pensamento portugueses -, este grupo de investigação conta desde já há algum tempo com uma âncora nessa importante rede social. Assim, se é utilizador do Facebook, não deixe de visitar a página oficial deste Grupo de Investigação. Para isso, basta clicar na imagem abaixo publicada podendo, posteriormente, adicioná-la às suas páginas preferidas.

(Clicar na imagem para aceder à página de Facebook.)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Lição sobre o conceito de monarquia

«Embora nem sempre assim se proceda, devemos empregar a expressão monarquia como a firme antítese da mitologia democrática. (...) A monarquia não pode ser senão anti-democrática se for a monarquia a valer e não a pseudo-monarquia.»

Publicado em 1996 pela extinta editora Hugin, esta obra
compila uma série de reflexões sobre o pensamento
contra-revolucionário, entre as quais a famosa Carta
Aberta ao Príncipe da Beira
.

Há 40 anos atrás, António José de Brito dirigiu a D. Duarte Pio, herdeiro da Casa Real Portuguesa, a célebre Carta Aberta ao Príncipe da Beira. Documento riquíssimo do ponto de vista doutrinal, mas com o qual D. Duarte e os monárquicos "democratas", infelizmente, nada aprenderam.
Hoje, tão actual como quando foi redigida em Agosto de 1974, importa que esta carta seja lembrada, lida e compreendida. Os monárquicos da "pluralidade partidária", bem como os pobres tolos que abundam entre nós julgando-se monárquicos, deveriam retirar desta leitura a melhor lição e os mais altos ensinamentos acerca do sentido autêntico da monarquia.
Este texto encontra-se publicado na íntegra no blogue Prometheo Liberto. Por este motivo, a partir de agora, não existe desculpa para o seu desconhecimento, nem para a ignorância doutrinal relativa ao conceito de monarquia.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Agostinho da Silva, o capitalismo e o Estado Novo

Certa ocasião, no programa de televisão Conversas Vadias, ao perguntarem a Agostinho da Silva se o capitalismo seria a exploração do Homem pelo homem, a resposta do filósofo português foi tão célere quanto categórica: «É a guerra do Homem contra o Homem.»
Curiosamente, nessa mesma entrevista, conduzida pelo comunista Baptista Bastos, Agostinho da Silva acabou por ser acusado de fazer apologia ao "fascismo", após afirmar que, àquela data, transpostos vários anos desde o 25 de Abril, ele percebia, finalmente, a política do Estado Novo e de Salazar. Era a sua famosa "teoria do gesso", segundo a qual Portugal teria saído cedo demais da ditadura. Não se enganava...

Fotograma extraído da entrevista feita por Baptista Bastos a Agostinho da Silva,
integrada nas doze emissões do programa Conversas Vadias.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sessão dupla na sede do Círculo António Telmo

De regresso com mais uma actividade, o Círculo António Telmo promove, no próximo dia 18 de Outubro, pelas 18:00, uma sessão dupla com Pedro Sinde e Renato Epifânio. Os oradores propõem-se apresentar, respectivamente, o livro Sete Sábios Portugueses e o 14.º número da revista Nova Águia.
Publicada pela editora Tartaruga, a obra Sete Sábios Portugueses - da autoria de Pedro Sinde -, constitui uma das publicações mais interessantes dos últimos tempos, no âmbito da Filosofia Portuguesa. Centrado nas personalidades de António Telmo, Agostinho da Silva, Álvaro Ribeiro, José Régio, Teixeira de Pascoaes, Guerra Junqueiro e Sampaio Bruno, este livro aborda o coração e a alma da Filosofia Portuguesa na sua maior pureza, longe da corruptibilidade do academismo imposto pela universidade e pelos investigadores que se pautam por um pensamento marcadamente anti-português.
Quanto à Nova Águia, trata-se de uma publicação semestral que dispensa qualquer tipo de apresentações, sendo desde 2008, «a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português.» Neste 14.º número o destaque vai para os 80 anos da Mensagem de Fernando Pessoa, uma das obras mais marcantes do século XX português. 
Este encontro terá lugar na Casa do Bispo, sede do Círculo António Telmo, em Sesimbra, sendo a entrada livre e aberta a toda a comunidade. Não percam!

(Clicar na imagem para ampliar.)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Ariano Suassuna (1927-2014): A fantástica vida do último grande sebastianista

Falecido no passado dia 23 de Julho, Ariano Suassuna foi um guardião do inexpugnável bastião da lusitanidade em terras brasileiras. Encontrando uma forma perfeita de ligar a modernidade e a vanguarda à herança ancestral da nossa tradição e seus respectivos mitos e arquétipos, conseguiu não só recuperar o espírito daquela que seria a mais óbvia das extensões ultramarinas da portugalidade, como também contribuir para a definição do ethos e da identidade real do povo brasileiro, em particular dos nordestinos.
Da autoria de José Almeida, o artigo Ariano Suassuna: A fantástica vida do último grande sebastianista, originalmente publicado na edição de 29 de Julho do semanário O Diabo, foi agora reeditado no Suplemento Cultural do Diário do Minho. Uma vez mais acompanhado pela belíssima ilustração da artista brasileira Haylane Rodrigues
Vale a pena ler e conhecer a vida e obra daquele que, seguramente, poderemos considerar o último grande sebastianista.

(Clicar na imagem para ampliar.)

(Clicar na imagem para ampliar.)

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Salazar e Maurras na Argentina

«Diante de tanta traição, tanta apostasia, tanta ignomínia, tanta passividade e tanta dissolução do carácter nacional, cumpre inquirir se o consulado de Salazar não foi - "somente" - uma barragem temporária contra o declínio inelutável da Nação Portuguesa.»
Marcos Pinho de Escobar em Salazar, Antologia de Depoimentos.

(Clicar na imagem para ampliar.)

Perfiles maurrasianos en Oliveira Salazar é o título do último livro de Marcos Pinho de Escobar. Um conhecido investigador português que, recentemente, concluiu na Argentina uma tese de doutoramento dedicada à influência de Charles Maurras no pensamento político de António de Oliveira Salazar. 
No próximo dia 24 de Julho, a poucos dias do 44.º aniversário do falecimento do estadista português, esta obra será apresentada em Buenos Aires, na Argentina. Para além da presença do autor, esta cerimónia de lançamento contará ainda com a participação de Luis María Bandieri, Antonio Caponnetto, Vicente Massot e o convidado de honra, Alfredo Sáenz. 
Resta apenas saber para quando estará agendada a publicação entre nós deste interessante estudo de Marcos Pinho de Escobar. Impõe-se uma edição desta obra na língua de Salazar. 

sexta-feira, 28 de março de 2014

António José de Brito e Rodrigo Emílio, uma evocação conjunta

O semanário O Diabo publicou no passado dia 25 de Março um artigo de Bruno Oliveira Santos, homenageando António José de Brito e Rodrigo Emílio. Esta evocação conjunta surge numa altura em que se cumprem, aproximadamente, seis meses sobre o desaparecimento do filósofo e uma década sobre a morte do poeta, falecido a 28 de Março de 2004. Deste modo, aproveitando-se a efeméride que marca o dia de hoje, partilhamos esse mesmo texto, numa clara demonstração de saudade perante estas duas figuras ímpares da cultura portuguesa. 

(Clicar na imagem para ampliar.)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Evocação de Sampaio Bruno

«A sabedoria foi a qualidade suprema de Sampaio Bruno, que se torna assim numa figura quase religiosa, intérprete dos sonhos do homem, enviada à nossa dolorosíssima ansiedade.»
Teixeira de Pascoaes em A Águia, vol. VIII. 

(Clicar na imagem para ampliar.)

Vulto maior da cultura nacional e autor de importantes obras como O Brasil MentalA Ideia de DeusO EncobertoPlano de Um Livro a Fazer (Os Cavaleiros do Amor ou A Religião da Razão)Teoria Nova da Antiguidade, entre outras, Sampaio Bruno foi, juntamente com Guerra Junqueiro, nos anos que marcaram a transição do século XIX para o XX, uma das personalidades intelectuais dominantes na cidade do Porto e no país.
Prestes a entrarmos no ano que antecede o centenário do seu desaparecimento, o MIL Norte anuncia uma evocação à memória deste importante intelectual português, a ter lugar na sua sede do Porto, já no próximo dia 4 de Dezembro, pelas 21h. O orador convidado será Afonso Rocha, autor da obra A Gnose de Sampaio Brunopublicada em 2009 pela editora Zéfiro
A entrada é livre!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Evocação de António José de Brito

Recentemente desaparecido, António José de Brito, filósofo e antigo professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), será alvo de uma evocação na próxima Quarta-Feira, dia 23 de Outubro, pelas 21h, na sede do MIL Norte, localizada na cidade do Porto, na rua do Monte Cativo, n.º 324 – R/C. 
Bruno Oliveira Santos e Alberto Corrêa de Barros serão os oradores nesta justa homenagem ao saudoso mestre e doutrinador político, tão importante para sucessivas gerações de portugueses, e um dos últimos titãs da nossa alta cultura.
Durante esta sessão será igualmente apresentado por Renato Epifânio o 12.º número da revista de referência Nova Águia. Um número dedicado a António Quadros, outra importante personalidade ligada ao pensamento filosófico nacional e à Cultura Portuguesa.
Para além da revista, estarão à venda alguns livros da autoria de António José de Brito, editados pelas Edições Réquila. Este evento é de entrada livre, sendo aberto a toda a comunidade.

(Clicar na imagem para ampliar.)

sábado, 12 de outubro de 2013

Noemas de Filosofia Portuguesa

«Mas a todos os que sabem que o noema é possível, a Filosofia Portuguesa saúda fraternalmente e reafirma: todo o noema é vidência ou audiência, em suma, acto da consciência dado pela Graça Divina. Não se alcança pela Vontade, mas recebe-se pelo Amor.»
João Seabra Botelho no prefácio ao livro Noemas de Filosofia Portuguesa

(Clicar na imagem para ampliar.)

A operatividade da Filosofia Portuguesa é tantas vezes contestada, como a sua própria existência. No entanto, engana-se quem desdenhosamente questiona a nossa tradição filosófica, remetendo-a, como que complexadamente, para uma falsa condição de “parente pobre da Filosofia”. Denunciando esta situação, Miguel Bruno Duarte demonstra de que forma nomes como Leonardo Coimbra, Álvaro Ribeiro, ou Orlando Vitorino, representaram uma linhagem filosófica nacional, absolutamente coadunável com as necessidades políticas e identitárias do Portugal contemporâneo.
Recentemente publicado no Brasil, através da editora É Realizações, Noemas de Filosofia Portuguesa é o primeiro livro de Miguel Bruno Duarte, um dos mais acérrimos defensores da Filosofia Portuguesa da actualidade. Nesta obra, assistimos a uma pertinente revisitação do velho problema da Universidade em Portugal. Uma instituição que, segundo o autor, se transformou durante o período pombalino no «maior inimigo da Cultura Lusíada», tornando-se num foco de infiltração de correntes estrangeiradas contrárias à nossa tradição, tais como o iluminismo, o positivismo e o socialismo.
Advogando a tese de Álvaro Ribeiro, segundo a qual Deus, Filosofia Portuguesa, escola portuguesa e política portuguesa constituem realidades que se devem interligar entre si, Miguel Bruno Duarte confia a sua esperança no futuro nacional a Aristóteles e à tradição portuguesa. Desse modo, abraça a Filosofia Portuguesa como uma porta para a vida e para o espírito, invocando o aristotelismo de inspiração arábica de Pedro Hispano, o pensamento neoescolástico conimbricense, ou os princípios filosóficos patentes em obras como a Arte de Filosofar de Álvaro Ribeiro. Dividida em duas partes distintas – Queda Vertical e Esperança – a obra de Miguel Bruno Duarte comprova a operatividade da Filosofia Portuguesa, questionando a «cultura inculta dos poderes institucionalizados», denunciando a planificação do ensino em Portugal, nomeadamente, da Filosofia. Esse ramo do saber sem o qual «a razão humana decai, numa primeira instância, no vício positivista para, finalmente, sucumbir perante as destruições morais, políticas e económicas do socialismo».
O autor, assumindo-se como um discípulo do nosso saudoso filósofo Orlando Vitorino, mantém-se fiel a uma linha combativa, dura e militante, incapaz de permitir qualquer concessão ao inimigo por detrás da sua linha de fogo. Ao longo da leitura desta obra, é notório o valor da coragem e da intransigência no espírito guerreiro do seu autor, revelados pela forma como este não se compadece face aos adversários e detractores da Cultura Lusíada. Detentor de uma prosa à qual os alinhados pelo sistema apelidam de "politicamente incorrecta", ele não cede jamais à ideologia dominante, nem a qualquer tipo de preconceitos e estereótipos históricos, filosóficos, ou políticos, advindos daquilo a que Orlando Vitorino chamou um dia de «cultura triunfante».
Actual e incisivo nas críticas e soluções que aponta, este livro desvenda caminhos, propondo algumas orientações práticas para o reerguer de Portugal, tendo por base o reencontro com a nossa tradição. Assim, a sua leitura estabelece-se como essencial num contexto de luta contra o pensamento materialista e o marxismo cultural.
Publicada com a ortografia brasileira, esta obra não tem ainda distribuição no nosso país, pelo que se impõe, urgentemente, uma edição portuguesa.