«Eu, porém, não defendo - nem, presumo, defender alguém - o critério de que o Estado, onde tem ingerência, admita variações ortográficas. Como o indivíduo, o Estado - que em certo modo é também um indivíduo - adopta a - e uma só - ortografia, boa ou má, que entende, e impõe-a onde superintende.»
Fernando Pessoa em A Língua Portuguesa.
«Vamos desobedecer! Nunca foi tão fácil ignorar impunemente um acordo feito atrás das nossas costas, enquanto dormíamos, por quem estava sempre a acordar.»
Miguel Esteves Cardoso sobre o novo (des)acordo ortográfico.
«A elaboração, aprovação e aplicação do Acordo Ortográfico é um escândalo nacional. Um verdadeiro case study sobre a falta de transparência e democraticidade com que dossiers da Cultura, da Educação e da Ciência são sistematicamente tratados em Portugal.»
António Emiliano em Apologia do Desacordo Ortográfico.
Foi com uma sentida tristeza e um profundo pesar que recebemos hoje a confirmação da sentença de morte da língua portuguesa às mãos do novo (des)acordo ortográfico. A Presidência do Conselho de Ministros determinou a aplicação do novo (des)acordo ortográfico da língua portuguesa no sistema educativo já no próximo ano lectivo de 2011-2012. Este culturicídio estender-se-á ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na sua dependência, bem como à publicação do Diário da República, a partir do dia 1 de Janeiro de 2012. Não obstante, a própria Rádio Televisão Portuguesa começou já a contaminar os seus espectadores, pelo que incitamos e apoiamos o seu boicote.
Ao longo do último ano fomos assistindo de uma forma lamentável à gradual adopção da nova ortografia por grande parte dos jornais e revistas portuguesas, com as notáveis excepções de publicações como Público e O Diabo, os únicos periódicos que a partir de hoje passarão a merecer o nosso carinho e respeito pela sua patriótica posição.
Ao longo do último ano fomos assistindo de uma forma lamentável à gradual adopção da nova ortografia por grande parte dos jornais e revistas portuguesas, com as notáveis excepções de publicações como Público e O Diabo, os únicos periódicos que a partir de hoje passarão a merecer o nosso carinho e respeito pela sua patriótica posição.
Aos que insistem em classificar esta mudança como irreversível e fruto do progresso, gostaríamos de lembrar que após perdermos todos os resquícios de soberania que ainda detínhamos, a língua era a única riqueza segura, um tesouro que não nos parecia alienável. Infelizmente, também ela foi vendida aos interesses económicos, por (des)governantes mercenários, incompetentes, vis, sem carácter, honra ou dignidade, gananciosos, abjectos, obtusos, ignorantes, analfabetos, cornudos, bastardos, brutos, feios, porcos e maus. A este grupo de criaturas inferiores, quase humanas, juntamos autores como Mia Couto ou a gentalha de movimentos como o MIL que, aproveitando-se da confusão, procuram conseguir alguma projecção ou razão de ser para as suas ignóbeis existências.
Jamais postulámos que o português era uma língua morta e inorgânica, pelo contrário. Sempre defendemos a língua lusíada como um organismo vivo e em constante mutação. Contudo, esta mutação processa-se de forma natural e não de um modo artificial, por decreto político-económico, completamente alheio aos princípios fundamentais da linguística.
É caso para pensar se institucionalmente fará algum sentido continuar-se a celebrar o 10 de Junho como dia de Portugal, em homenagem Luís Vaz de Camões. Quanto à Nossa Alma, desígnio maior desta Pátria mutilada, essa continuará para sempre orgulhosamente Portuguesa. De hoje em diante, mais do que nunca, ou connosco ou contra nós!
Jamais postulámos que o português era uma língua morta e inorgânica, pelo contrário. Sempre defendemos a língua lusíada como um organismo vivo e em constante mutação. Contudo, esta mutação processa-se de forma natural e não de um modo artificial, por decreto político-económico, completamente alheio aos princípios fundamentais da linguística.
É caso para pensar se institucionalmente fará algum sentido continuar-se a celebrar o 10 de Junho como dia de Portugal, em homenagem Luís Vaz de Camões. Quanto à Nossa Alma, desígnio maior desta Pátria mutilada, essa continuará para sempre orgulhosamente Portuguesa. De hoje em diante, mais do que nunca, ou connosco ou contra nós!
Apesar da tristeza com que recebi esta notícia, não vou desistir. Faremos frente a este (des)acordo, montando uma resistência diária. A língua portuguesa não se muda por decreto.
ResponderEliminarQuanto aos jornais, existem outras excepções para além das que referiste. É o caso do jornal i e do desportivo A Bola.
Obrigado por mais essas referências. Tinha ideia de que o i e A Bola também tinham aderido ao dito acordo que alguém celebrou por nós...
ResponderEliminarPor estes lados também não encolheremos os braços. Esta sim, é a nossa luta.
Há que resistir. Sem dúvida.
ResponderEliminarConcordo com tudo !Absolutamente !Fui um dos que iniciou o MIL , de que não me orgulho absolutamente nada ...já saí há mais de um ano não sem antes lançar o mote do DESACORDO Hortogáfico e ter imensas discussões que com o tempo mais feias se tornaram , com energúmenos e energúmenas tugas... Faço aqui , e em todo o lado, a abismal diferença entre o tuga e O PORTUGUÊS... o tuga , simplório , ou armado em intelectualóide, é uma criatura rasteira , escura , truculenta , hipócrita , cínica , traiçoeira , invejosa , frustrada , odienta e odiosa, sebosa , maldosa ...enfim , mas não por fim ,os mêsmos que traíram e traem Portugal todos os dias , alguns (uma mão de 5 dêdos), bem intencionados ,talvez ingénuos, parece-me(fico pois admirado por ainda lá estarem)...O Português / A Portuguêsa , Simples ou mais complexo(a) , é aquêle e aquela que levam na Alma e no Coração o mêsmo sentimento que os nossos Maiores e Ancestrais levavam . Mas voltando ás discussões feias cheias de insultos e ameaças com que me confrontei no MIL , aguentei até onde pude , e depois saí de cabeça levantada . Confrontei-me também com vários(as) brasucas(também estabeleço a diferença abismal entre brasuca e Brasileiro ,nos mêsmos têrmos que o tuga e O(A) Português(a)), dos mais simplórios armados em intelectualóides , aos nacionalistas da Academia brasileira... para mim , já é um passado para esquecêr e sei que no Futuro de Portugal , que prevejo Enorme , este momento escuro da nossa História será dificilmente recordado como o tempo dos escroques, medíocres de tôdas as classes que dominaram Portugal , felizmente para , para sempre desaparecerem nos quintos dos infernos e nunca mais voltarem ! Julgo que Essa Reviravolta de Portugal já começou ...sinto-a , vejo-a !...Há que têr Fé ! A mêsma do Grande D Nuno Álvares Pereira ! A nova Batalha de Aljubarrota já começou e , apesar de sêrmos mênos , com a Graça de Dêus , que nunca nos abandonou , Vencerêmos !Portugal Vencerá ! Viva o Porto do Graal !
ResponderEliminarps.:Publico no meu blogue (http://ouniversodemaciel.blogspot.com/) com a devida vénia e indicação de proveniência , este vosso artigo .Obrigado.
Não necessita agradecêr . O prazêr é todo meu . Há que acrescentar que também a SIC e a TVI mantém o Desacôrdo Hôrtográfico .
ResponderEliminarUm Abraço Lusitano
Uma vez mais, muito obrigado pelas suas palavras e pela referência ao nosso espaço. Bem haja!
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