«Nunca estive num país em que tivesse de recuar três ou quatro séculos para o perceber.»
Albert Jaeger acerca de Portugal numa entrevista ao semanário Expresso.
Albert Jaeger, representante permanente do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal. |
Para o bem, ou para o mal, as palavras do austríaco responsável pela coordenação, desde Outubro passado, da missão de observação do FMI em Portugal revelam a mais expectável das conclusões para quem acaba de descobrir a nossa Identidade quase milenar. O "general" do exército invasor "troikiano", parece ter-se rendido às evidências histórico-culturais de Portugal, incluindo todos e quaisquer traços, positivos ou negativos, identificadores da personalidade colectiva do Homem Português. Da sua constatação podemos concluir que Portugal é um dos principais baluartes da cultura e identidade ocidentais e, por ventura, o principal obstáculo à criação de uma federação europeia ou, numa perspectiva mais radical, de um Estado global.
Este caso parece reafirmar uma vez mais a ideia de Gilbert Durand, segundo a qual Portugal seria um repositório espiritual da Europa. Mas antes de tornar-se numa reserva espiritual da cultura ocidental, o nosso país é, antes de tudo, um espaço de identificação consigo mesmo. Uma Pátria e uma Nação com raízes bem profundas. Dá que pensar...
Este caso parece reafirmar uma vez mais a ideia de Gilbert Durand, segundo a qual Portugal seria um repositório espiritual da Europa. Mas antes de tornar-se numa reserva espiritual da cultura ocidental, o nosso país é, antes de tudo, um espaço de identificação consigo mesmo. Uma Pátria e uma Nação com raízes bem profundas. Dá que pensar...
Três ou quatro séculos? Experimente talvez dois milénios, dado que já aí se sabia que havia um "povo que não se governava nem deixava governar". Isso já dava para outra discussão, no entanto.
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