No seguimento de alguns comentários menos próprios que, através de alguns blogues e contas de Facebook, procuraram atentar contra o bom nome e memória do Professor José Hermano Saraiva, somos obrigados a sair em defesa do nosso grande comunicador e divulgador de história.
Esses ataques procuraram diminuir a personalidade e intelecto da pessoa em questão pelo simples facto de ter servido o seu país enquanto Ministro da Educação ainda antes da revolta de 25 de Abril de 1974, bem como por ter permanecido fiel aos seus princípios e convicções políticas até ao final de vida. No entanto, a vã tentativa de o procurarem tornar um anátema na sociedade portuguesa não vem de agora. É sabida a forma vil como José Hermano Saraiva e outras personalidades portuguesas associadas ao Estado Novo foram tratados nos anos que se seguiram ao golpe de Estado abrilista.
Apaixonado pela História, nomeadamente pela História de Portugal, o Professor José Hermano Saraiva conseguiu ultrapassar todas as contingências e contrariedades, conquistando o amor, carinho, simpatia e reconhecimento do povo português. Afinal, sempre foi a este que dedicou a sua vida, o seu trabalho, a sua paixão e o seu amor incondicional. Rejeitado por vários académicos sob a acusação de ser um mero contador de histórias e não um historiador, José Hermano Saraiva teve a capacidade de descer de um certo Olimpo dos intelectuais, descendo à terra, procurando o contacto com as massas, cultivando-as, dando-lhes a conhecer o seu passado, ensinando-lhes o caminho do reencontro com o orgulho e o amor-próprio. Assim, podendo não ser o mais científico dos historiadores, ele era indubitavelmente o rei dos comunicadores. Era, sem dúvida alguma no nosso principal divulgador de história, responsável pela enriquecimento cultural e histórico de milhares de portugueses.
Cientes do exemplo que representava para todos os portugueses, sem distinção de raça, sexo, credo ou convicção política, partilhamos um outro texto da edição desta semana do semanário O Diabo. E para que não nos acusem de revisionismo histórico, ou de apologia ao "fascismo", lembramos o seu autor, uma outra figura pública de boa memória para todos os portugueses. Trata-se de Cândido Mota, distinto locutor de rádio, famoso pelos anos que trabalhou na RTP em várias produções de Herman José, comunista assumido e responsável pela voz off nos tempos de antena da CDU... Leiam-se as suas palavras!
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