sábado, 31 de dezembro de 2011

Reflexão final de 2011

Na ressaca de um final de ano marcado pelo desgaste causado em todos nós, eis a altura de erguermos de novo a cabeça, olhando para o futuro sobre as ruínas, com aquele vislumbre de justos e dignos vencedores. 
2011 não foi um ano particularmente fácil para Portugal e os portugueses. Desapareceram importantes nomes da nossa cultura, salientando-se algumas personalidades como Jorge Lima Barreto, Ângelo de Sousa, Júlio Resende, João Maria Tudella ou Zé Leonel.
O (des)acordo ortográfico pareceu ganhar força após ser adoptado pelos organismos de Estado e infestado o nosso mercado livreiro, corrompendo a nossa língua e, consequentemente, a nossa cultura. Felizmente, a esperança num volte-face que passe pela revogação desta asneira-atentado, nado de mais um hediondo acto legislativo pseudo-democrático, mantém-se viva por mérito da acção de alguns intelectuais portugueses e vários grupos de cidadãos anónimos que procuram combater e reverter como podem esta situação, mostrando deste modo a vitalidade do nosso Povo, assim como a vontade subterrânea, telúrica e profunda de garantir a manutenção vital de Portugal.
A subserviência do Estado Português ao Fundo Monetário Internacional e a crescente ingerência da União Europeia da rainha das salsichas nos nossos assuntos internos constituem outras das afrontas que fomos obrigados a superar ao longo de 2011, revelando uma vez mais a realidade de um Portugal a saque, traído pelos bastardos do sistema.
Quando as boas novas que nos tentam apresentar passam pela venda à China de empresas nacionais ligadas a sectores estrategicamente nucleares para a nossa economia e soberania, ou pela elevação do Fado a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, amputando-os um dos traços mais tradicionais e característicos da nossa cultura, transformando-o em mais um mero produto turístico-comercial globalizado, é sinal de que algo vai bastante mal nesta estreita mas perene faixa de território geograficamente localizada no extremo ocidente europeu. 
Ainda assim, o peso da nossa História e a importância da nossa Missão desperta a audácia e o espírito combativo e vencedor encerrado na nossa memória colectiva. Queiram ou não os detractores da cultura lusíada, o nosso fado é vencer! Afinal de contas, temos tudo quando temos Portugal!

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