«Conheci Alfredo Pimenta, o homem mais sábio de Portugal. Uma biblioteca esplêndida, 20000 volumes. Baixinho. E como uma criança, sensível, orgulhoso. Mas escreve maravilhosamente. Depressa nos tornámos amigos.»
Mircea Eliade na entrada do dia 19 de Fevereiro de 1942 do seu Diário Português.
Alfredo Pimenta é hoje injustamente esquecido nos anais da Cultura portuguesa do Século XX. Historiador de grande craveira, polemista acérrimo e radical nas suas firmes convicções, foi um importante vulto das nossas letras e estudos humanísticos. Não podemos também descurar um outro lado de Alfredo Pimenta - o de doutrinador político. O seu percurso, aliado à sua complexa personalidade e forte carácter, tornaram-no entre os meios antagonistas ao seu posicionamento político numa figura odiosa e irascível. Em resposta a esses ventos contrários ao seu destino triunfante respondeu sempre com bastante carisma e uma força granítica, típica do seu carácter minhoto e em particular vimaranense. A sua vida influenciou inúmeras gerações de portugueses que nele viram o exemplo da sabedoria e da capacidade hercúlea de manter-se sempre fiel à sua linha e às suas raízes.
António José de Brito foi uma dessas personalidades que viu em Alfredo Pimenta um mestre e orientador doutrinário. A edição do passado dia 5 de Março do semanário O Diabo traz um importante texto deste filósofo portuense, onde partilha o seu testemunho acerca do seu mestre Alfredo Pimenta.
Um texto para ler, reflectir e partilhar.
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