quinta-feira, 25 de agosto de 2011

D. Aleixo Corte Real, um exemplo de fidelidade e patriotismo

«Resta-me citar os indígenas, quer chefes, quer simples habitantes da colónia, que, durante o período dos acontecimentos a que este relatório se refere, deram pelo seu procedimento para com a Pátria e para com os portugueses provas irrefutáveis da sua dedicação, da sua lealdade, do seu absoluto patriotismo.
Avulta entre eles, como estrela de primeira grandeza, o liurai de Ainaro, circunscrição do Suro, D. Aleixo Corte Real. Para esse tive já a honra de fazer uma proposta especial, relatando sucintamente o que foi a acção desse grande chefe e como se manifestou, em termos excepcionalmente vincados, o seu extraordinário patriotismo. E o Governo da Nação premiou já condignamente, com o grau de comendador da Ordem Militar de Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, esse grande português.»
Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho em Relatório dos
Acontecimentos de Timor (1942-1945)
. 


Defendia e bem Teixeira de Pascoaes, em Arte de Ser Português, que a superioridade da raça não assenta em pressupostos biológicos, materialistas ou positivistas, mas sim num carácter puro, nobre e distinto, baseado na incorruptibilidade do espírito e de toda a essência metafísica do indivíduo. A Educação dos dias de hoje, bastante distinta daquela apregoada por Pascoaes em inícios do séc. XX, suprimiu por completo a noção de raça, desvirtuando e criminalizando o conceito, substituído pela vacuidade de um paradigma vazio, alheio a valores, identidades e princípios, alimentado pela adaptabilidade do ser humano, em jeito de darwinismo social, aos interesses da ordem vigente, mesmo quando esta desrespeita todos e quaisquer pressupostos éticos, culturais e até humanitários.
Talvez por esta razão, figuras como D. Aleixo Corte Real se tenham tornado tão incomodas e por isso remetidas para um confortável esquecimento. Contudo, a fidelidade e sacra memória que devemos aos nossos antepassados, faz-nos hoje invocar a lembrança deste grande herói português.
D. Aleixo Corte Real nasceu em 1886 na cidade de Ainaro, localizada e 78 km de Díli, capital do Timor Português. Inicialmente chamava-se Nai-Sesu, tendo adoptado o nome pelo qual ficaria conhecido apenas em 1931, ano em que se converteu ao catolicismo e foi baptizado.
A sua fidelidade à pátria-mãe cedo começou a expressar-se quando, entre 1911 e 1912, combateu ao lado dos portugueses na sublevação de Manufahi. O seu papel de régulo conferiu-lhe um importante estatuto em toda a região, sendo um importante embaixador de Portugal naquele território. Porém, não foi devido ao seu relevante papel  político-militar que o régulo timorense se destacou, mas sim pelo carácter e nobreza demonstrados ao revelar-se incorruptível aquando da invasão japonesa daquele território português, durante a II Guerra Mundial.
Apesar da neutralidade portuguesa, o território do Timor Português foi inicialmente invadido por um contingente holandês e australiano, com a desculpa de que Portugal não defendia aquele espaço, estando desse modo vulnerável a uma ocupação nipónica. Este facto acabou por verificar-se, provavelmente devido à invasão preventiva perpetrada pelas tropas australianas e holandesas. Durante aproximadamente três anos o terror espalhou-se naquela província ultramarina. Descontentes com a presença proselitista e declaradamente hostil do imperialismo japonês, a maioria da população timorense colocou-se do lado da resistência a estes invasores, apoiados também por uma pequena franja de milícias autóctones, designadas de Colunas Negras. D. Aleixo Corte Real foi, tal como o seu irmão, um dos líderes da resistência contra a ocupação nipónica, tendo acabado cercado e capturado em 1943 pelas tropas japonesas e membros dessas milícias pró-nipónicas.
Foi com sua captura e consequente sacrifício que o régulo alcançou a sua maior glória, mitificando-se, após enfrentar os seus algozes, negando-lhes a legitimidade sobre aquelas terra, depois de lhes negar a entrega da bandeira portuguesa. Este heróico e nobre acto custou-lhe a vida a si e à sua família que foi executada por um pelotão de fuzilamento japonês.
Mesmo destino teve o seu irmão e outros chefes locais que se uniram na defesa dos interesses das suas gentes e da sua pátria: Portugal. D. Aleixo Corte Real tornou-se rapidamente um símbolo do patriotismo nacional e da união entre os diversos povos portugueses. A sua honra e fidelidade foram justamente lembrados pelo Estado Português, tornado-se D. Aleixo Corte Real uma personificação da heroicidade e ferocidade da alma portuguesa, fiel de si mesma e absolutamente incorruptível... em qualquer circunstância!

Régulo D. Aleixo Corte Real junto da sua família. 

6 comentários:

  1. Esse tal Aleixo Corte Real é tão português quanto eu sou Bantu... patético.
    Os responsáveis pela invasão imigrante que estamos a ser alvo é a mesma escumalha que apela extra-europeus como irmãos, é ridiculo e é o mais abjecto sinal de traição nacional e á estirpe.
    Quando daqui a 50 anos tiveram uma nação de pretos e mestiços, conseguiram o objectivo, mataram Portugal.

    RESISTIR É VENCER

    http://imageshack.us/photo/my-images/249/juventudeleo1143.jpg/

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  2. Fez mais por aquilo que infelizmente é também a "tua" Nação do que andar a vender droga, trazer prostitutas de alem mar, importar modelos de nacionalismo da televisão, brincar aos gangsters de bairro social ou aos hooligans de clubes de fundação estrangeira .

    Haja paciência que a corda não há de faltar .

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  3. Ao "Portugal SSempre",

    Este homem e a sua família morreram a defender a bandeira portuguesa, ou seja, aquele é provavelmente o mais sagrado dos símbolos nacionais. Sua excelência o que fez pelo seu país? Apoiou o Sporting Clube de Portugal em jogos de futebol, envergando faixas com alusões patrióticas a uma Alemanha Nacional Socialista e defende um racismo primário completamente estranho à tradição portuguesa. Das duas uma, ou não sabe do que fala, ou então tem a mente muito confusa. Reveja as suas orientações antes de falar de Portugal ou dos Portugueses.

    De qualquer modo fica já o aviso de que esta não é a sua casa... Aqui não se trata mal a Pátria, nem os seus filhos.

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  4. Apenas fanáticos, ou idiotas, podem ignorar que o amor dos leste-timorenses por Portugal e os portugueses é genuíno, profundo e já de longa data. Reconhecer esta evidência não implica alinhar com qualquer ponto de vista histórico, filosófico, ou ideológico, antes releva da mais pura lucidez e honestidade intelectual.


    E mesmo não estando totalmente sintonizado com o posicionamento político nem com a linguagem deste Artigo, não deixar de saudar este espaço blogosférico são, educado e pertinente e de lhe desejar as maiores venturas nessa sua proclamada Nova Utopia...

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  5. Ao Conde de Oeiras e Mq de Pombal,

    O nosso sincero agradecimento pelas suas palavras. Esperamos poder contar com mais visitas e participações suas.

    Um abraço português,

    NCP

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  6. Ver foto dos restos mortais em:
    http://www.awm.gov.au/collection/125289/

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