«A paisagem portuguesa parece esperar por nós há muitos séculos», escreveu o poeta presencista Carlos Queiroz (1907-1949) em Paisagem Portuguesa, obra que será amanhã, terça-feira, dia 24, apresentada ao público numa nova edição. E se, como recorda o poeta, «Montesquieu disse que os portugueses descobriram o Mundo mas desconhecem a terra onde nasceram», dar-lhes a conhecer a essência dessa terra foi um desígnio que Carlos Queiroz assumiu como missão.
A beleza com que ele no-la descreve é sublime: «O perfume balsâmico dos fenos e das resinas dos pinheiros, a própria maresia - que chega a ser sensível em pontos longínquos do litoral - dão à atmosfera da paisagem portuguesa encanto extraordinário, talvez inigualável.» Ou ainda: «Brando e harmonioso, fulgente de Sol e refrescado por suaves brisas, o litoral português possui estâncias para todas as estações do ano, climas para todos os temperamentos, quadros e costumes para todos os gostos e curiosidades.»
A presente edição está enriquecida com um ensaio do filósofo e escritor Rodrigo Sobral Cunha. A apresentação, marcada para as 18:00 de amanhã no Palácio de Seteais, em Sintra, estará a cargo do cineasta António Pedro Vasconcelos, do filósofo Joaquim Domingues e do próprio Rodrigo Sobral Cunha que, em 2014, organizou o Colóquio Nacional sobre Raul Lino.
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