No próximo Sábado celebram-se os 90 anos da Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926. Uma data na qual se evoca também a memória de todos aqueles que, antes e após essa data, se bateram pelos mesmos princípios, valores e ideais inerentes à nossa tradição espiritual, histórica e política. Este ano, para além dos habituais encontros de celebração desta efeméride, serão ainda apresentados dois ensaios publicados pela editora Contra-Corrente.
Ano após ano, a cada 28 de Maio, um conjunto de patriotas e nacionalistas congrega-se em torno de um esforço conjunto de preservação e manutenção de tudo o que constitui o sagrado ideal pátrio. Não o fazem por mera expressão nostálgica do passado, mas pela consciência da importância da sua missão que visa transmitir aos vindouros a chama de uma tradição viva. Neste ponto, não podemos deixar de evocar a memória de António José de Brito que, há quatro décadas, começou a organizar, no Porto, os célebres jantares do 28 de Maio. Encontros que, perpetuando-se no tempo, começam agora a conhecer outras réplicas espalhadas pelo país, nomeadamente, em Lisboa.
Entender o espírito de 1926 implica a compreensão de uma época que antecede os fatídicos marcos de 1789 e 1820, ajudando-nos a perceber o período que precede os trágicos acontecimentos de 1974. À data da Revolução de Maio, Portugal concluía triunfalmente a sua guerra dos cem anos. O esforço e a vontade empregues nessa movimentação política e social
pró-Portugal impôs a derrota a um século de liberalismo estrangeirado e invasor. Uma vitória apenas conseguida graças ao empenho de inúmeros sectores da comunidade patriótico-nacionalista portuguesa. Militares, monárquicos, republicanos, católicos, ateus, integralistas, fascistas e partidários vários de um nacionalismo autêntico, supra-ideológico, consagrado a um amor incondicional à Pátria, todos eles tomaram parte activa na Revolução de Maio.
Despertos para os erros do passado e a necessidade de garantir o futuro, souberam os heróis de 1926 manter o espírito de união que tantas vezes tem fugido ao nosso Povo. Foi graças ao espírito saído da Revolução Nacional que, até hoje, não se conseguiu, entre nós, extinguir o facho que ilumina a chama do altar da Pátria.
Por este motivo, face aos conturbados dias em que vivemos, celebrar o 28 de Maio reveste-se, a cada ano, de uma crescente importância, pelo que a editora Contra-Corrente preparou um duplo lançamento para marcar essa data. Trata-se da reedição de Os que arrancaram em 28 de Maio, de Óscar Paxeco, e da edição de Salazar, António Ferro e Franco Nogueira: Proas e Mastros do Estado Novo, obra póstuma de Rodrigo Emílio. A apresentação deste último livro, a cargo do historiador Humberto Nuno de Oliveira, decorrerá no próximo Sábado, 28 de Maio, pelas 15:00, no Palacete dos Viscondes de Balsemão, no Porto.
Frontispícios das duas recém publicadas obras da editora Contra Corrente, disponíveis ao público a partir do próximo dia 28 de Maio. |
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