domingo, 2 de outubro de 2011

Resposta a uma dúvida recorrente sobre o novo (des)acordo ortográfico

Pergunta: Posso continuar a escrever como aprendi na escola?

Resposta: Sim. O utilizador da língua pode optar por utilizar a nova ortografia ou não, uma vez que não pratica qualquer ilícito contravencional. Manter a ortografia aprendida na escola não tem qualquer consequência legal, mesmo após o período de transição de 6 anos previsto legalmente.

(Transcrição do essencial da resposta avançada em www.priberam.pt/docs/NovaOrtografia.pdf)

A palavra de ordem é desobedecer!

3 comentários:

  1. Não vou fazer um comentário, mas sim, uma pergunta. Já assumi a minha total ignorancia no que diz respeito ao Malfadado Acordo. Quando dei por ela, já estava decidido, por êsse motivo gostaria de saber como isso foi decidido.
    - Houve consulta popular?
    - A classe acadêmica foi ouvida?
    - Os intelectuais deram aval ?
    - Foi uma decisão meramente política?
    Por favor, onde posso obter maiores esclarecimentos ?
    Sou contra êsse monstro a que deram o nome de Acordo Ortográfico.
    Manuel Fernando Dias Oliveira
    Braga/Portugal

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  2. Estimado Fernando Oliveira,

    Antes de tudo permita agradecer-lhe a sua visita a este espaço.
    Quanto às suas questões devemos começar por sublinhar o facto da grande maioria das pessoas ter sido apanhada de surpresa pelo (des)acordo ortográfico. Por mais que o neguem, este foi um processo desenvolvido nas costas de praticamente todos os utilizadores da língua portuguesa, não apenas os portugueses.
    Não houve qualquer consulta popular, daí a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o (des)acordo ortográfico que está a ser levada a cabo, podendo colher mais informações em http://ilcao.cedilha.net. Quanto à consulta da classe académica, não me parece que a discussão tenha sequer chegado a um grau insatisfatório, dado que esta foi praticamente nula. A decisão de implementar o (des)acordo teve mobiles meramente económicos e como tal políticos. A maioria dos nossos intelectuais opõem-se a esta situação, sendo que apenas uma pequena minoria de aproveitadores estéreis e pseudo-pensadores menores defendem a implementação das novas regras ortográficas.
    Para explorar um pouco mais esta problemática ligada ao (des)acordo ortográfico, recomendamos as seguintes obras do Professor de Linguística António Emiliano:

    - "Foi você que pediu um acordo ortográfico", com prefácio de Vasco Graça Moura, editado pela Guimarães Editores;

    - "O fim da ortografia", editado pela Guimarães Editores;

    - "Apologia do Desacordo Ortográfico", com um texto introdutório de Miguel Esteves Cardoso, publicado pela Verbo.

    Esperamos ter conseguido ajudar a esclarecer algumas das suas dúvidas.

    Um abraço português,

    NCP

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