terça-feira, 4 de novembro de 2014

Entre António José de Brito e Slavoj Žižek

Cada vez mais se tem falado na importância e pertinência do valor da intransigência enquanto condição fundamental para uma sobrevivência honrada na sociedade contemporânea. Democratas, liberais, marxistas e pós-marxistas procuram justificar estas suas aparentes novas posições com leituras dedicadas a autores como o filósofo-pop e pós-marxista Slavoj Žižek. Desta maneira, impõe-se a defesa do legado do Professor António José de Brito que, há trinta e nove anos, num momento bastante negro e sensível da nossa História, numa altura muito pouco dada a galanteios face às formas de pensamento totalitárias, corajosamente, do ponto de vista físico e intelectual, fez publicar uma obra fundamental sobre este tema, mas intencionalmente esquecida e abafada pelos interesses então estabelecidos. Referimo-nos, claro está, aos Diálogos de Doutrina Anti-Democrática.
É curioso constatar que em Portugal certos postulados apenas passem a ser considerados universais após receberem o timbre de pensadores estrangeiros de matriz internacionalista. Mais do que um simples acto de má-fé, este parece-me um claro exemplo de ignorância sectária: Reds don’t read!

À esquerda o pensador esloveno Slavoj Žižek, à direita o filósofo português António José de Brito.

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