quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Recordando Rodrigo Emílio

Cripta: in nomine Filii

Pai-Menino que estás na terra,
exumado seja o teu nome, seja feita a tua guerra,
satisfeita a tua fome,
e não ligues às ofensas
sem nome que tens sofrido, 
porque eu, por mim, não perdoo
a quem te tem ofendido.

Rodrigo Emílio.

Rodrigo Emílio (1944 - 2004).

Perfazem-se hoje exactamente três anos sobre o concerto de José Campos e Sousa em homenagem ao nosso poeta-soldado Rodrigo Emílio, levado a cabo na sede da Sociedade Histórica para a Independência de Portugal. Combatente pela Pátria em todas as frentes, Rodrigo legou-nos essencialmente duas coisas: o exemplo e a sua obra poética. Propositadamente esquecido e negligenciado pelas esferas de influência da cultura nacional pós-25 de Abril, conserva-se na memória e nos corações de todos aqueles que, alheios ao medo e aos interesses pessoais, insistem antes de tudo em amar Portugal.
José Campos e Sousa, amigo e camarada do nosso Rodrigo, ciente da justiça das várias homenagens que lhe têm vindo a ser prestadas nos últimos tempos, não só se prontificou de imediato a participar nas mesmas, partilhando os seus testemunhos, como musicou também alguns dos seus poemas, dando origem ao álbum Rodrigamente Cantando.   
Este concerto cuja memória hoje evocamos e partilhamos sob a forma de vídeo foi antecedido pela apresentação de uma antologia poética de Rodrigo Emílio, lançada pela editora Areias do Tempo, contando com a organização  de Bruno Oliveira Santos e um prefácio da autoria do saudoso António Manuel Couto Viana. Uma obra absolutamente incontornável que consegue ser, simultaneamente, um excelente ponto de partida para todos os que ainda não se iniciaram na obra de Rodrigo Emílio. Há leituras que, apesar de fundamentais, nunca chegam demasiado tarde.   

José Campos e Sousa ao vivo na Sociedade Histórica para a
Independência de Portugal a 20 de Fevereiro de 2010.

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