terça-feira, 22 de maio de 2012

Vitória "técnica" contra o (des)acordo ortográfico

A plataforma Desacordo Técnico da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) voltou a merecer o destaque da imprensa escrita nacional, face às mais recentes conquistas alcançadas na luta contra o abjecto (des)acordo ortográfico. Num curto espaço de tempo, os estudantes de um dos mais históricos e prestigiados institutos de ensino superior deste país conseguiram organizar-se, debatendo e agindo livremente, em conformidade com as suas consciências e mais firmes convicções, contra um dos maiores crimes alguma vez perpetrados contra a Língua Portuguesa.  
A Nova Casa Portuguesa congratula a AEIST e todos os estudantes que tomaram parte na decisão de revogar oficialmente o (des)acordo ortográfico, levada a cabo na sua última Assembleia Geral de Alunos, sublinhado-se este acontecimento como um exemplo a ser seguido pelas restantes associações estudantis espalhadas pelo país. 
Esta notícia prova uma vez mais que este acordo, imposto à revelia de uma vontade soberana, não é de modo algum inevitável. 

Pequeno artigo publicado na edição de 21 de
Maio de 2012 do jornal Público.

2 comentários:

  1. Boa Tarde. Sou Absolutamente Solidaria Com Todos os Que Rejeitam o " Acordo" Ortográfico ~ Coloco acordo entre aspas ~ Porque vivo num País, Que se Diz, de Direito Democrático e, eu como milhares como eu ~ Não Fomos Ouvidos Nem Achados ~ Assim sendo !!... Ao que chamam de Acordo, é para a maioria, uma ~ IMPOSIÇÃO ~ À semelhança de outras medidas ditas ~ de ACORDO,Mas de Acordo Nada Têm !!!..... E assim vai andando a " DEMOCRACIA " IMPONDO !!!.....

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  2. Em nome da Língua Portuguesa, quero agradecer a tomada de posição dos Estudantes deste Instituto contra a continuação da mutilação das nossas raízes. Recordo que as reformas anteriores já escalparam demasiado. Mas, não podendo viajar no passado, o que nos resta é evitar que o negócio do escalpe continue a proliferar. Uso escalpe no sentido denotativo. Cortar filamentos de conhecimento é cortar memórias necessárias. E perdermos a ligação familiar é ficarmos perdidos no espaço, ausentes. Alienados.

    Fernando Carvalho Rodrigues, em Convoquem a Alma,Capítulo, a Viagem, p.178 afirma: "sem família andamos algum tempo pelo espaço, depois perecemos." São evidências muito sábias proferidas pela Alma de um Cientista nosso. Estamos no Mundo Inteiro. Somos um povo Maravilhoso. Inteligente.

    Tenho dito que alterar palavras sem um fundamento imaterial é um crime inqualificável. Porque as letras são imateriais, têm uma vibração. Cada uma é uma nota musical que se harmoniza com outras completando-se. Uma palavra é uma Canção. Um texto já é uma sinfonia de sentidos, uma obra de arte, uma invenção, uma re/descoberta.
    O que estamos a ouvir, por aí, são ensaios de uma orquestra, cujo maestro não teve a disciplina de Música, não conhece nem o étimo nem a gramática da música-palavra. Não é sensível. E o ruído é infernal aos olhos de quem vê a barbaridade escrita.
    Todas as Línguas já estão afastadas das suas origens, mas o nossa até já é submetida ao corte radical com a irmã francesa [quando lhe querem decepar o P e o C] o mesmo fenómeno se pretende fazer com a vizinha inglesa.
    A falácia de que a Língua é um organismo vivo e como tal vai evoluindo deixa-me apreensiva. Vejamos como estão os corpos, os humanos e o Corpo Terra. Estão à beira da obesidade-poluição por motivos que conhecemos...É capaz de haver aqui uma relação bem pertinente. Se os cérebros ficarem ficando obesos, a Luz do Discernimento não passará. E os falantes, sem juízo de valor, acreditarão em todas as mentiras sobre as oportunidades de mudança do Português e de outras. Bom, a oportunidade existe! Para quem compra, claro.
    Os Estudantes portugueses são os Embaixadores do Conhecimento. Estão no Mundo inteiro. Acredito nos jovens. Acredito que só os que estão conotados com a rede de interesses não terão a coragem de se assumirem. Calam- a alma.
    Gostaria de vos sugerir que, em nome da grandeza do Português, passem a registar acordo ortográfico com minúscula. A maiúscula dar-lhe-á a supremacia que lhe falta. Ou então sempre entre aspas conforme o comentário anterior. Já que temos Portugal entre aspas, aqui aplica-se e muito bem.
    Nota: a vulgaridade trazida pelo uso e abuso de minúsculas terá um objectivo de diminuir valores. Nomes próprios, estações do ano, meses... devem continuar a dignificar-se. Merecem letra grande. Mesmo que eu não acredite na divisão do tempo. Setembro nunca poderá ser o mês 9, mas sim o 7.
    Por favor. Insistam na interacção com todas as Associações de Estudantes do País. Esta será a vossa maior tomada de Consciência. São Jovens não se esqueçam nunca! Que saudade eu tenho do tempo de Faculdade! O tempo universitário é único. Usem-no pela maior causa neste momento: Obrigar a desvendar a venda da Língua Portuguesa.
    Desmistifiquem, perante a sociedade adormecida, o preconceito de que os Estudantes querem fazer tudo menos estudar.
    Estou Muito Feliz pelo Vossa Atitude!
    Maria Miguel-professora aposentada

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