«A existência de Portugal é, em si mesma, um milagre, quer na sua fundação por Afonso Henriques, quer no contexto histórico da Península Ibérica ao longo dos séculos. Desde logo, a dedicação do Infante Afonso à Virgem Maria pelo milagre de Nossa Senhora de Cárquere, depois da vitória de Ourique (1139) na qual se levantou a aparição de Jesus Cristo ao rei Fundador. O brasão de Portugal nas suas cinco quinas disso manifesta sinal. Podemos dizer que nesta Terra de Santa Maria, sempre a Virgem foi medianeira excelsa da edificação nacional, da conservação e da recuperação da Independência, enfim, da esperança do Reino dos Céus.»
Carlos Aurélio em Ó Glória da Nossa Terra
A 8 de Dezembro os portugueses celebram o Dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal. Trata-se de uma data especial que, durante muito tempo, foi também associada às mães portuguesas. Por esse motivo, existem ainda muitas famílias que comemoram o Dia da Mãe nesta data.
Se a relação do nosso Povo com a Virgem remonta a tempos pré-fundacionais, não podemos esquecer o modo como essa devoção e afinidade se desenvolveram desde os períodos mais remotos da nossa História. Entre nós, a ligação a Nossa Senhora foi sempre tão forte que podemos mesmo afirmar que o dogma da Imaculada Conceição era já dogma entre os portugueses antes que a própria Igreja se posicionasse definitivamente sobre esta matéria.
A 25 de Março de 1646, D. João IV organizou uma cerimónia solene, em Vila Viçosa, com o propósito de agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência. O monarca português foi até a igreja de Nossa Senhora da Conceição, depositando a sua coroa aos pés de Nossa Senhora, aclamando-a padroeira e Rainha de Portugal. Desde então, mais nenhum rei português voltou a usar coroa, reservando esse privilégio apenas para à Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
A 25 de Março de 1646, D. João IV organizou uma cerimónia solene, em Vila Viçosa, com o propósito de agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência. O monarca português foi até a igreja de Nossa Senhora da Conceição, depositando a sua coroa aos pés de Nossa Senhora, aclamando-a padroeira e Rainha de Portugal. Desde então, mais nenhum rei português voltou a usar coroa, reservando esse privilégio apenas para à Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Em Setembro último, o pintor e pensador Carlos Aurélio publicou através da Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição um livro intitulado Ó Glória da Nossa Terra. Tendo como objectivo criar um pequeno guia para o Santuário de Vila Viçosa, o autor não pôde deixar de fazer alguns apontamentos sobre esta relação sagrada entre Portugal e a Mãe de Deus. Trata-se de um livro não só importante, como fundamental para a compreensão da História Sagrada de Portugal.
Recorda-se que esta obra tem um custo de apenas 10 euros, sendo que a totalidade do dinheiro reverte para a compra de um paramenteiro que se destina a guardar e conservar as roupas da imagem do Santuário de Vila Viçosa. Os interessados poderão encomendar esta obra através do seguinte endereço de correio-electrónico: regiaconfrariansraconceicao@sapo.pt.
Capa do livro. |
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