quinta-feira, 18 de junho de 2015

Um exemplo sobre como manipular a História e manter as massas na ignorância

«Se, até aqui, o fanatismo disputou à hipocrisia e à corrupção moral o primeiro plano, vê-lo-emos nessa tela, cuja vastidão duplica, alongar-se para o fundo do quadro.»
Alexandre Herculano em História da Origem e Estabelecimento
da Inquisição em Portugal

À esquerda, Árpád Szenes e Vieira da Silva. À direita, uma fotografia de Paris
após os bombardeamentos norte-americanos, em 1944.

A manipulação e falsificação em História representam dois factores que detonam e inviabilizam qualquer possibilidade de vivermos em comunidade de acordo com os princípios da sã convivência e harmonia, em plena preservação da nossa saúde mental. Porém, todos sabemos a forma ardilosa como os poderes instalados depois do trágico desfecho da II Guerra Mundial, em 1945, projectaram nos olhos dos menos vigilantes as fantasias cinematográficas subordinadas a uma determinada opinião política e a um pseudo-conhecimento histórico. A grande golpada, levada a cabo com a ajuda imprescindível da psicanálise e outras democráticas "artes encantatórias", contribuiu desta maneira para a criação de um mundo ocidental doente, triste, revoltado consigo mesmo, auto-destruidor, penitente, alucinado, absolutamente decadente e mergulhado nas mais lúgubres trevas da incultura e profunda imbecilidade.
Ontem, no Forte de S. João Baptista, na Foz do Douro, enquanto assistíamos a uma apresentação de um tal de Renato Santos - sujeito irritante que se auto-denominou por três vezes historiador de arte -, apercebemo-nos até onde se tinha enraizado toda uma decadência alimentada pelos mesmos cancros mal-pensantes de sempre: os democráticos, os liberais e os marxistas. Todo cheio de si, o dito historiador de arte enfadou os presentes com as suas extenuantes masturbações pseudo-intelectuais ao longo de uma penosa apresentação acerca da pintora Vieira da Silva. Patranhada atrás de patranhada, o rapazote de bigodaço catita e trejeitos bastante suspeitos lá foi debitando os seus palpites a propósito do que, do alto da sua douta ignorância, via e lia nos quadros de Vieira da Silva.
Não haveria mal algum caso, inerente à ignorância e a uma sofrível apresentação, não estivesse o figurão desde logo a incorrer em erros históricos gravíssimos, caindo de forma voluntária, ou involuntária, na criação de mais preconceitos e desvios àquilo a que, numa perspectiva positivista da História, poderemos chamar de factos. Assim, interpretando um dos quadros de Vieira da Silva, o douto historiador de arte afirmou ver nele representado o metro de Paris durante os bombardeamentos alemães. Sim, foi mesmo isso que ele afirmou: os bombardeamentos alemães da cidade de Paris. Uma mentira que hoje em dia se cola, facilmente, junto dos mais incautos e mal preparados, contribuindo para a legitimação de mais uma instituição de fundo pró-judeu e sionista como é a Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva.
Acontece que, de facto, a capital francesa foi bombardeada em 1944, mas não pelos alemães. Os bombardeamentos foram levados a cabo pelos norte-americanos, entre os dias 20 e 21 de Abril de 1944. E não, os alemães não incendiaram as livrarias de Paris durante o período da ocupação. Curiosamente, aquela cidade conheceu até grande vitalidade cultural durante o período da ocupação nacional-socialista.  
O tal Renato Santos, o historiador de arte, não é propriamente um curioso sobre a obra da pintora Vieira da Silva, nem tampouco alguém não familiarizado com a artista de origem portuguesa. Na verdade, ele trabalha para a Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, tendo sido na qualidade de representante daquela instituição que o mesmo se apresentou ontem naquele encontro. Ora, tratando-se estes erros de desconhecimento histórico, ou mera filha da putice, preocupa-nos enquanto portugueses o estado a que chegaram a nossa Educação e Cultura, bem como a incúria e o propositado desmazelo intelectual, notório nas pessoas que são arregimentadas nas fileiras do “politicamente correcto” para ocuparem funções em instituições culturais nesta pérfida e democrática III República.

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